Sábado, 31 de março de 2018 - 20h09
É JUSTO PAGAR 46.800 REAIS POR UMA PALESTRA
DE UMA HORA? O TCE-RO ACHA QUE SIM!
“Barroso foi, sim, contratado por R$ 46.800,00 pelo TCE de Rondônia. Ele negou o fato em conversa com jornalista. Quem está mentindo?” Esse texto faz parte do comentário do respeitado jornalista Reinaldo Azevedo, em seu Blog, nesta sexta. Reinaldo exige explicações claras sobre o assunto e a mídia em geral questiona como um ministro, contratado a peso de ouro, não sabe que vai receber e nem que, numa hipótese em que seu nome esteja sendo usado indevidamente, não tenha tomadas as duras medidas necessárias. A verdade é que o assunto tomou dimensões nacionais. O Tribunal de Contas do Estado, sempre preocupado com o dinheiro público, incluindo mandando paralisar obras, mesmo que em grave prejuízo à população, apenas por suspeitas de superfaturamento ou desvios, contratou um palestrante para falar apenas uma hora, no dia 18 de maio deste ano (o aviso de que a licitação é desnecessária está publicada no Diário Oficial), recebendo 13 reais por cada segundo em que abrir a boca. Imagine você aí, leitor, contando 1 e recebendo 13 reais. Contando 2 e recebendo 26 reais. Em cada minuto dos 60 que duraria a palestra (será que ela ainda vai ser realizada?), o poderoso ministro Luís Roberto Barroso, do TSE, que nega saber do valor que receberia e diz também que não faz palestra em órgãos públicos, por isso não sabia que a iniciativa do evento era do TCE-RO, conforme afirmou à jornalista Mônica Bergamo, receberia nada menos do que 780 reais. Com esses 46.800, conforme cálculo feito pelo site Rondônia Dinâmica, o Estado poderia pagar, num mês, o piso nacional para 19 professores, esses mesmos que estão em greve, tentando ganhar algo mais do que os minguados salários que recebem. A Procuradoria Geral do Estado, ao analisar o pedido do TCE para a palestra com pagamento exorbitante, considerou que está tudo bem, em termos legais. Aliás, o único erro no processo, segundo o procurador Fábio Sousa Santos, é que o TCE não apresentou Negativa de Tributos Municipais. Já pagar 46.800 reais por uma hora de palestra, para a PGE, foi considerado absolutamente normal.
São essas excrescências, numa amálgama sem fim de todos os tipos de órgãos públicos, cada um utilizando nosso dinheiro como bem entende, que deixa a população brasileira de cabelos em pé. Um país como o nosso, rico e produtivo, poderia ser outra Nação, muito mais justa e desenvolvida, caso os cofres públicos não fossem tratados como terra de ninguém, eventualmente, como é o caso ocorrido aqui mesmo em Rondônia, mas que se repete, à semelhança, todos os dias, em todos os recantos do país. Numa hora dessas, é sempre bom lembrar a frase histórica da ex primeira ministra britânica Margareth Tatcher, que deveria nortear nosso TCE, o ministro Barroso e todas as autoridades deste país: “Não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”.
FICA NO MDB, MAS ESTÁ INDECISO
Uma decisão já foi tomada: o governador Confúcio Moura decidiu que ficará que MDB, embora tenha sido cortejado e recebido convites de vários partidos para mudar de casa e concorrer ao Senado por outra sigla. A que ele esteve mais perto foi o DEM, comandado no Estado pelo deputado federal Marcos Rogério e que tem entre suas estrelas o ex governador José Bianco. Contudo, numa conversa com membros do seu partido, incluindo o presidente regional Tomás Correia, Confúcio reafirmou que não pretende deixar o partido em que está há mais de três décadas. Com relação à sua saída do governo para concorrer, o Governador teria ainda deixado no ar a decisão definitiva, avisando que somente nesta próxima terça, dia 3 ou no máximo na quarta dia 4,, é que deve definir se vai mesmo renunciar para entrar na disputa eleitoral. O que se sabe é que a agenda oficial dele está composta somente até a quarta-feira, dia 4. Mas, ao que parece, a decisão final do Governador será anunciada na última hora, ou seja, pouco antes do prazo final de 7 de abril. Há quem diga que ele mesmo está em dúvida se deve sair ou não. Qual, enfim, será o caminho de Confúcio? Certamente até meados desta próxima semana saberemos.
INSEGURANÇA PALACIANA
Todas as decisões futuras, no entorno do Governo, dependem do que Confúcio Moura vai anunciar, essa semana. Se ele for candidato mesmo, que é o caminho mais lógico, nos próximos dias já começam as mudanças que Daniel Pereira fará, tão logo assuma o Poder. Ele vai trocar alguns nomes na equipe central do Governo e no comando da estrutura de segurança pública. Quanto a isso não há dúvidas. O que não se sabe, ainda, é se ele buscará apenas nomes do seu partido, o PSB, além de aliados, como gente do próprio PT, por exemplo, para compor as assessorias de primeiro e segundo escalões. A pressão desesperada por futura participação na fatia do poder, por parte de nomes conhecidos, ligados aos aliados de Daniel Pereira, aliás, foi o que causou o quase rompimento entre o Governador e seu vice, crise dias depois, contornada por ambos e por vários bombeiros, que apagaram o incêndio. Entre os grupos palacianos, embora ninguém fale oficialmente, há sim total insegurança, principalmente entre os mais próximos a Confúcio. Como o chefe não se decide, esse pessoal também não pode sequer começar a pensar em seus próprios caminhos, caso eles não fiquem onde estão. A partir do meio dessa semana, provavelmente todas as perguntas terão suas respostas. Confúcio vai decidir...
A GUERRA DAS COLIGAÇÕES
Enquanto os prazos para a formação das coligações se aproximam da hora da definição, há uma verdadeira guerra de cálculos, troca de partidos, conversas, “você vai aqui, que eu vou ali!”, na busca desesperada de aumento de chances de eleição. Todos os partidos estão vivendo essas situação. Os maiores, como o MDB, querem entrar na briga pela Assembleia Legislativa, por exemplo, para conquistar pelo menos seis cadeiras, além de eleger aliados. Nomes muito fortes perante o eleitorado estão na relação. O grupo do PP e do PR, ligado ao ex governador Ivo Cassol, também vem com uma nominata muito forte e cheia de planos de ganhar bom espaço no parlamento rondoniense. Outros dois partidos, o PDT e o DEM, também peneiram nomes e fazem análises para ver qual o melhor caminho a uma coligação que lhes dê mais chance de eleger representantes. Os nanicos também correm atrás de possibilidades, embora eles tenham cada vez menos chance, por falta de dinheiro e de nomes políticos de peso. Os pequenos, contudo, apostam que essa eleição será diferente e o eleitor vai procurar caras novas. Será mesmo que isso vai acontecer?
OS CARDÍACOS E A DISPUTA FEDERAL
Em relação à disputa pelas oito cadeiras da Câmara Federal, a situação é muito mais complexa. Dos atuais representantes rondonienses, somente o deputado Nilton Capixaba corre o risco de não concorrer, por ter condenação em segundo grau e, portanto, estar inserido na Lei da Ficha Limpa. As duas mulheres da bancada, Mariana Carvalho e Marinha Raupp, não necessariamente nessa ordem, aparecem muito bem colocadas em todas as pesquisas. Numa delas, feita apenas em Porto Velho e encomendada por um importante partido político, uma surpresa: o primeiro nome da lista entre os eleitores ouvidos é o do jovem deputado Léo Moraes, do PTB, que está prestes a trocar de partido, antes da eleição. No interior, destacam-se Luiz Cláudio da Agricultura, Lúcio Mosquini e Marcos Rogério, também não em ordem de intenções de votos. Expedito Neto e Lindomar Garçon igualmente aparecem bem em várias pesquisas, sinal que ambos têm chances reais de reeleição. Mas vem muita gente nova para entrar na briga. Um dos nomes que mais se ouve, em praticamente todas as regiões do Estado, é o de Jaqueline Cassol, irmã do senador e ex governador Ivo Cassol. Ainda vem com tudo o empresário e ex deputado Tiziu Jidalias, de Ariquemes. E isso que há ainda muitas surpresas chegando por aí. Será daquelas eleições em que os cardíacos terão que acompanhar a contagem de votos no hospital, sob cuidados especiais!
MUITOS NOMES, DUAS VAGAS!
A questão do Senado ainda está em aberto, até porque não há ainda definição final sobre se Confúcio Moura vai mesmo concorrer, embora tudo indique que sim. Se ele for, o quadro é um. Se não for, é outro totalmente diferente. Valdir Raupp tenta mais uma reeleição, respaldado num trabalho de duas décadas, com resultados extremamente positivos para o Estado. Tem uma oposição muito forte, que tenta colocá-lo seguidamente no rol dos réus, mas a verdade é que até agora houve muito barulho, mas nada que tenha podido atingi-lo de morte, politicamente. Confúcio já entraria na briga com pesquisas que o colocam entre os dois primeiros. Outro nome fortíssimo é o de Expedito Júnior, ex senador, que há pelo menos dois anos aparece como nome de destaque entre o eleitorado, com altos percentuais de intenção de voto. Entre os quatro com maiores chances, surge o prefeito de Ji-Paraná e um dos políticos mais respeitados do Estado, Jesualdo Pires, que deixa o cargo na próxima semana para entrar na briga. Um quinto personagem e a quem não se pode ignorar pelo potencial de votos que tem em Porto Velho, é o professor Aluízio Vidal, da Rede. Ele vem com possibilidades reais, embora não tenha bases eleitorais na maioria das cidades e com possibilidades financeiras muito menores que os outros concorrentes. Virão ainda, correndo por fora, vários candidatos de pequenos partidos, como Bosco da Federal e o advogado Caetano Neto. Nomes não faltarão, para a boa escolha do eleitor rondoniense.
AO GOVERNO, QUADRO NEBULOSO
Também em relação à corrida pelo Governo, o quadro está mais que nebuloso, quase sem visibilidade. Dois dos principais nomes, Ivo Cassol e Acir Gurgacz, estão com pendências legais, que não se sabe se serão superadas, para lhes garantir o aval do TSE para concorrer. A situação de Cassol, que lidera praticamente todas as pesquisas, seria muito menos complicada do que a de Gurgacz, mas tudo isso só se saberá um pouco mais à frente, na hora dos registros junto a Justiça Eleitoral. Daniel Pereira entra nessa corrida com chances reais apenas num cenário: a de que Confúcio Moura renuncie e ele, Daniel, assuma o Governo pelos próximos nove meses. Há ainda outra dificuldade no caminho de Daniel. Ele tem um acordo político com o pedetista Acir Gurgacz e só concorreria caso Acir não pudesse legalmente fazê-lo ou se, lá na frente, decidisse romper o que está acertado. Como Daniel não é de faltar com a palavra, imagine-se então que ele iria apenas na condição de que o senador Gurgacz estivesse fora do páreo. Por enquanto, o nome mais sólido, o que está há mais tempo com sua pré candidatura posta e crescendo em todas as regiões, é o do presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho. Ele corre, até agora, numa pista livre, ao menos até o momento; está sempre presente na mídia; tem aprimorado seu discurso e seu trabalho e se torna sim, um nome sólido e cheio de possibilidades para outubro. O quinto elemento, um cara nova, que poderia surgir no cenário, é o do procurador do Ministério Público, Héverton Aguiar. Ele ainda não decidiu se entra na disputa, mesmo com todos os apelos que tem recebido de partidos e admiradores. Os demais partidos ainda não se definiram e os que o fizeram têm chances muito menores, como o PT, que lançou o nome do jornalista Paulo Benito, profissional competente, mas cujo partido está em baixa no Estado.
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