Quinta-feira, 1 de março de 2012 - 11h02
NÃO EXISTE ESPAÇO VAZIO NA POLÍTICA.
POR ISSO, CONFÚCIO PRECISA SE DECIDIR
O governador Confúcio Moura precisa começar a deixar bem claro o que pretende, daqui para a frente. Uma das questões diz respeito à sua decisão de pensar em reeleição em 2014. Não se ouviu, nem dele e nem de seus principais assessores, uma só palavra sobre se ele está trabalhando para ter um mandato de quatro anos ou de oito. É muito cedo? Não é. Como Confúcio não se define sobre o assunto, seus adversários – Ivo Cassol à frente - já estão a postos, para ocupar o espaço que, ao menos até esse momento, está livre para daqui a menos de três anos. Como Confúcio chegou a escrever, recentemente, que não quer pensar em reeleição, esse hiato abre todo o caminho não só para adversários declarados, mas também para os que, ao menos em teoria, deveriam estar ao seu lado. Não existe na política espaço em branco. O que se abre, mesmo que só uma fresta, é ocupado imediatamente pelo próximo pretendente. Em Rondônia, então, essa é uma verdade por demais clara. Confúcio precisa dizer quais são seus planos futuros, para manter agregados os que o apoiam, não permitir debandadas mais à frente, por indecisão e, mais que isso, para não deixar que seus oponentes ocupem todos os espaços em relação à disputa de 2014.
Confúcio vem dando duro para organizar o governo como pretende, realiza obras importantes e conseguiu vitórias politicas positivas, como a recente, em que o empréstimo do BNDES foi aprovado por unanimidade na Assembleia. Tem andado no caminho certo. Mas, se deixar uma fração que seja de dúvida sobre suas intenções para 2014, poderá ter problemas lá na frente. Nos meandros da política, ninguém espera até a vigésima quinta hora para pular para outro barco, caso se sinta inseguro onde está. E os adversários, então, não dão a mínima chance. Por isso, Confúcio tem que se envolver também nas questões políticas. E começar a, ao menos nas entrelinhas, dizer que 2014 está nos seus planos. Senão...
OPORTUNIDADE IDEAL
Confúcio terá uma oportunidade clara de se posicionar sobre 2014 exatamente nas eleições municipais deste ano. Poderá sair dela candidatíssimo a reeleição, se quiser. Ou pode optar por não se envolver e manter seus predadores ávidos pelo espaço politico. O 2012 é o fiel da balança nessa questão. Quem está próximo ao governador, acha que ele não ficará de fora.
COMEÇANDO...
A coluna passa a ser publicada, a partir deste 1° de março, num dos veículos de comunicação mais importantes e tradicionais da região norte do Brasil. Esperamos que os leitores do ESTADÃO a acompanhem, opinem, façam críticas, sugestões e questionamentos. Mensagens podem ser enviadas para o email: ibanezpvh@yahoo.com.br. Todas serão respondidas.
ESTÁ MANDANDO
O secretário chefe da Casa Civil, Juscelino Amaral, está mandando. Tem o poder, dado a ele pessoalmente pelo governador Confúcio Moura. Agora sim, a Casa Civil tem poder de fogo. Até antes da posse de Juscelino, havia uma batalha interna pelo poder no Palácio. Confúcio bateu o martelo e deu carta branca ao seu novo secretário linha de frente. Desde o início da atual administração, é a primeira vez que a Casa Civil está realmente fortalecida.
LIBERDADE TOTAL
Conta-se como verdadeira a história que teria ocorrido num supermercado do interior de Rondônia. Um homem, na fila, era atormentado por um carrinho que batia forte nos seus calcanhares. Era uma criança que atacava o pobre coitado. O homem reclamou com a mãe do menino. Se deu mal, porque a mãe avisou que criava seu filho com liberdade e que ele podia brincar como quisesse.
SERÁ VERDADE?
Na mesma fila, atrás da mulher, outro cidadão não se conteve. Abriu uma embalagem de ovos, tirou um deles e amassou contra a cabeça da mãe que defendia liberdade para seu filho. Ela, é claro, reclamou e chamou o homem do ovo de doido. Ele retrucou: “Mas dona, a senhora não pode reclamar. Eu também fui criado com total liberdade”. Juram que é verdade. Se não é, pelo menos a historinha é interessante.
FÁTIMA E RAUPP
Conversas do PT com o PMDB para a sucessão municipal em Porto Velho sempre houveram. Mas o que se tem de informação, nos bastidores, é que no primeiro turno, os dois partidos lançarão nomes próprios. Só repetiriam a aliança das duas últimas disputas na Capital no turno decisivo da eleição. Ouve-se, contudo, que há uma aproximação entre a ex-senadora Fátima Cleide e o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp. O PT municipal diz não saber do assunto.
SÓ COINCIDÊNCIA
Apenas para reflexão: será que o poeta Antônio Aleixo tinha razão quando dizia que “há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando se a burrice não será uma ciência”?. Qualquer semelhança com algum país da América Latina será, apenas, uma enorme coincidência.
PERGUNTINHA
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