Sábado, 9 de junho de 2018 - 20h11
COMBUSTÍVEIS CUSTARIAM METADE DO PREÇO, SE A
PETROBRAS NÃO NOS TRATASSE COMO ESTRANGEIROS
A Petrobras é realmente nossa? Nossa de quem, cara pálida? Aqueles que gritam que a estatal é do povo brasileiro, não conhecem a verdadeira face da empresa, que está se recuperando de uma enorme roubalheira praticada nos governos petistas (mas com apoio, aval e participação de dezenas de políticos de todas as cores partidárias), exatamente às custas dos consumidores brasileiros. Para se ter ideia do que está fazendo conosco, jogando o preço do óleo diesel e da gasolina para cima, dilacerando o bolso do pobre consumidor, a política de preços da Petrobras trata os brasileiros como se fôssemos estrangeiros. Explica-se: um barril de petróleo extraído da terra ou do mar, pela Petrobras, custa entre 35 e 40 dólares. Com o dólar, nesta final de semana, batendo na porta dos 4 reais, o valor na moeda nacional seria algo em torno de 140 a 160 reais por barril. É esse o preço que nosso petróleo, aquele que é do povo brasileiro, é vendido pela estatal às refinarias? Nada disso. Para tentar se recuperar do rombo, num curtíssimo prazo, às nossas custas, a política de preços adotada pela diretoria comandada por Pedro Parente (que já foi tarde!), impôs os preços do mercado internacional, na faixa dos 80 dólares, ou algo em torno de 320 reais o barril. O dobro do custo nacional. Ou seja, o consumidor, que acaba pagando tudo, poderia ter óleo diesel e gasolina, por cerca da metade do preço que paga hoje, incluindo-se aí todos os pornográficos impostos, que somos obrigados a suportar.
Tiradentes não aceitou os 20 por cento que os portugueses cobravam de nossas riquezas e por isso foi morto e esquartejado. Nós somos esquartejados diariamente nos nossos bolsos, por uma estatal que domina o mercado, não tem concorrência e faz de conta que pertence a todos nós. Ela pertence, na verdade, aos poderosos acionistas e só a eles presta contas. Para se ter ideia da real situação, perto de 80 por cento do combustível consumido no Brasil, é feito com petróleo nacional. Só 20 por cento são importados. Mas pagamos a conta como se todo o petróleo fosse importado. Se a Petrobras considerasse apenas os custos nacionais de produção, poderia vender gasolina e diesel por um preço bem abaixo do atual, segundo os especialistas, mantendo margens de lucro bastante significativas. A verdade é que a Petrobras possui mais de 600 mil acionistas, entre grandes investidores estrangeiros e fundos de investimentos, além de pessoas físicas. O governo é detentor de 63 por cento das ações e tem o poder de definir a política de preços. Toda a política da empresa é voltada aos acionistas, como se ela fosse uma instituição privada. Não é. Se fosse, teria que concorrer no mercado e seu preço, cobrado hoje, a destruiria. Então, somos nós, os otários, que temos que manter uma estatal para nos explorar, para que alguns políticos mantenham seu discurso de que “o petróleo é nosso!”. Uma ova que é!
OS CAMINHOS DE EXPEDITO
Num encontro recente do PSB em Ji-Paraná (o partido tem como principal seu filho, o jovem deputado federal Expedito Neto), o ex senador Expedito Júnior manteve o mistério se vai concorrer ao Senado ou ao Governo. Convidado a discursar como autoridade convidada especial, representando o aliado PSDB, Expedito insinuou, contudo, que quando chegar a hora H, poderá optar pela disputa ao Governo. Ele, ao menos por enquanto, está numa posição bastante cômoda. Tem um eleitorado cativo e se disputasse uma cadeira ao Senado, suas chances de chegar a uma das duas cadeiras a que Rondônia tem direito, as pesquisas apontam que suas chances seriam muito grandes. Espera, calmamente, que todo o quadro se desenhe, para só então anunciar sua decisão. Expedito tem um acordo com Ivo Cassol, em que, caso o ex governador consiga registrar sua candidatura, ele, Expedito, entraria na briga pelo Senado. Mas como até agora não há clareza nessa situação, o ex senador fica apenas aguardando os acontecimentos, para, em meados de julho, bater o martelo. Partidários tucanos de alta plumagem, acham que, mais à frente, Expedito vai optar pela disputa ao Governo. Depende agora apenas dos acordos que ele mantém com Cassol e seu grupo. O caso ainda está enrolado, mas desenrola nos próximos 60 dias....
DANIEL PENSANDO NA REELEIÇÃO
Enquanto isso, até que haja decisões da Justiça Eleitoral, Ivo Cassol e Acir Gurgacz continuam mantendo suas pré candidaturas. Ambos andam percorrendo o Estado, apresentando-se aos rondonienses como postulantes ao Palácio Rio Madeira/CPA. Cassol, inclusive, está em vantagem, na medida em que aparece como o principal nome de opção da maioria dos eleitores consultados em praticamente todas as pesquisas eleitorais. Junto com os dois, o único pré candidato que já está confirmadíssimo, já que não tem pendência legal para enfrentar, Maurão de Carvalho surge como um nome em crescimento junto à população do seu Estado. Outro nome sem qualquer problema a enfrentar, mas menos conhecido em todo o Estado, é o do jovem Vinicius Miguel, da Rede, que conta praticamente apenas com as redes sociais para tocar sua campanha em frente. O que falta definir ainda é a questão sobre Daniel Pereira. Ele assumiu o governo recentemente, mas é um nome dos mais quentes para entrar na corrida palaciana, já que está apto a disputar a reeleição. Daniel continua dependendo da situação de Acir Gurgacz para entrar na briga, mas já há quem diga que ele vai mesmo que a candidatura do senador do PDT seja confirmada pela Justiça Eleitoral. O quadro continua ainda muito complicado e só será mais clareado dentro de algumas semanas.
DIAS DE TRISTEZA; DIAS DE VIOLÊNCIA
O final de semana mal começou e já vivemos dias de grande violência e mortes. Além de assassinatos, trocas de tiros, as tragédias de sempre, o trânsito causou também várias vítimas. Três rondonienses pereceram em acidentes, dois deles em Rondônia e um no Mato Grosso. A morte na Capital foi de um pastor, pilotando uma moto, que bateu num buraco da Rua Jatuarana, no bairro Lagoa e voou, caindo de cabeça contra carros que estavam estacionados. Outro buraco, dessa vez na BR 364, próximo ao acesso a Guajará Mirim, tirou a vida de um jovem funcionário do IFRO. O carro dele capotou várias vezes, matando-o na hora. No Mato Grosso, um servidor da Sedam de Vilhena morreu na hora e a esposa dele ficou gravemente ferida em colisão na BR 070. Até o final do sábado, a polícia já tinha registrado dezenas de ocorrências. À noite, nas tradicionais blitz contra bêbados no trânsito, também houve várias prisões. Além de todos os dramas e dificuldades que estamos vivendo, a violência dos criminosos e a do transito continua ceifando vidas, em toda a Rondônia. Lamentável!
OS BANDIDOS MANDAM E COMANDAM
Bloqueadores de celulares começaram a ser colocados nos presídios de Minas Gerais. Fim da farra dos presos, comandando o crime nas ruas, lá de dentro das cadeias? Nada disso. Eles reagiram à altura. Determinaram que seus comandados fora das grades começassem a implantar um reino de terror, com ataques a policiais, tiroteios, violência e ainda a queima de perto de 70 ônibus, em diferentes cidades do Estado. Todos sabem de onde vêm as ordens e quem as está cumprindo. Mas, é claro, tudo é tratado como se fosse uma guerra de cavalheiros de um lado, contra os celerados sanguinários de outros. A polícia prende, novos bandidos vão para as cadeias, mas de lá continuam mandando no crime fora delas. Criminosos desse naipe, que comandam toda a violência neste nível, deveriam ser todos colocados em prisões de segurança máxima, bloqueada de celulares, sem contato com ninguém e com penas longas. Mas claro que isso é apenas teoria. No Brasil, daqui a pouco corremos o risco de ter um presidiário como Presidente da República. Esperar o que então?
MARCOS ROGÉRIO E SEUS PROJETOS
Afinal de contas, o jovem deputado Marcos Rogério vai buscar a reeleição ou aventurar-se em busca de uma candidatura ao Senado? O assunto anda aparecendo em várias informações envolvendo as muitas possibilidades que a eleição de outubro ainda oferece. Com um bom conceito entre o eleitorado da região central do Estado; com aceitação bastante positiva entre os evangélicos, por seus discursos em defesa da família e contra projetos como a criação do Conselho de defesa dos Gays e outras minorias, Marcos Rogério tem chances reais de se reeleger. Já em relação ao Senado, o buraco é mais embaixo. Ele teria que enfrentar pesos pesados da política que já estão na lida, como Confúcio Moura, Valdir Raupp e Jesualdo Pires, ex prefeito da sua cidade, Ji-Paraná e cuja aceitação da pré candidatura ao Senado tem crescido bastante; a petista Fátima Cleide, que volta a disputa e, ainda, nomes emergentes, como o do professor e pastor Aluízio Vidal, entre vários outros. Até agora, Marcos Rogério não falou oficialmente sobre o assunto. Tem deixado o assunto correr pelas redes sociais e nos comentários políticos, ocupando um bom espaço, mas sem se posicionar se a informação sobre o Senado é real ou ficção. Há algumas semanas, e em várias ocasiões, ele tem dito que quer mesmo é permanecer na Câmara Federal. Mas como em política nada é definitivo....
FIM DA SAÍDA DE MATADORES DOS PAIS?
Será que pelo menos uma vez as vitimas serão homenageadas e os bandidos devidamente punidos? A questão vem ao caso por causa de um projeto do senador Pedro Chaves, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que quer impedir que a cara da sociedade brasileira seja gozada por assassinos, que recebem benefícios inacreditáveis. Pelo projeto do parlamentar, matadores de pai ou mãe (ou ambos), não terão mais direito a saída temporárias nas datas comemorativas, como ocorre agora. O caso mais famosa é da assassina Suzane Von Richthofen, que organizou e preparou o assassinato dos pais, praticada por seu namorado e o irmão dele. Todos os dias das Mães, Suzane é beneficiada com saída temporária para “comemorar” a data, um verdadeiro acinte da legislação atual. O parlamentar do MS quer acabar com esse tétrico benefício. Na justificativa de seu projeto, Pedro Chaves cita como exemplo exatamente o caso de Suzane, sentenciada em 2006 a 39 anos de prisão, pelo assassinato dos próprios pais, ocorrido em 2002. De acordo com o senador, Suzane já usufruiu por várias vezes do “saidão” do Dia das Mãe, o que causa indignação nos brasileiros de bem. O projeto tramita ainda na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.
PERGUNTINHA
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