Terça-feira, 10 de julho de 2018 - 19h56
DANIEL FALA EM COERÊNCIA E COMPROMISSO E
REAFIRMA QUE NÃO SERÁ CANDIDATO Á REELEIÇÃO
Pressionado, Daniel Pereira saiu pela tangente, ao não confirmar – e, pelo contrário, negar - uma eventual candidatura à reeleição. Apesar da intensa boataria e até da forçação de barra de algumas notícias de que ele se encontraria com dirigentes de sindicatos para confirmar que entraria na corrida pela própria sucessão, nada disso ocorreu. Daniel ouviu apelos – alguns até exagerados – de companheiros de muitos anos da vida sindical, para que aproveitasse o momento, que não deixasse o cavalo passar encilhado (como diz um ditado gaúcho) e que, enfim, tomasse a decisão de tentar a reeleição. Durante sua fala, Daniel Pereira deixou claro que se sentiu homenageado e até emocionado com os pedidos, mas, no final da história, tudo ficou como exatamente estava, há dias atrás. Reafirmou seu compromisso político e pessoal com o senador Acir Gurgacz. E também disse, pela enésima vez, que seu partido, o PSB , deve caminhar mesmo com o projeto de Acir, que, segundo ele, vai concorrer ao Governo em nome do grupo político a que Daniel pertence. O Governador, contudo, não fechou todas as portas e disse também, à certa altura, que “deixo o futuro nas mãos de Deus”, mas não se aprofundou no assunto. Os pedetistas – Gurgacz à frente – foram imediatamente informados do resultado do encontro do Governador com sindicalistas e comemoraram o resultado do evento. Não foi o que aconteceu entre importante parte da equipe palaciana, que continua pressionando Daniel para que ele entre no jogo
Durante o encontro com os sindicalistas, num hotel de Porto Velho, segunda à noite, Daniel Pereira deixou muito claro que poderia, mas não quer ser candidato, para manter o que destacou como questões de “coerência, compromisso e companheirismo”. Lembrou que tem a palavra empenhada no sentido de apoiar Gurgacz ao governo, lembrando, segundo suas próprias palavras, que “para me lançar como candidato eu romperia com alguém com quem estou junto nas últimas eleições”. Concluiu dizendo que Acir Gurgacz foi importante no contexto da participação dele, Daniel, como vice na chapa de Confúcio Moura e que “eu não quero virar as costas às pessoas que me ajudaram a chegar aqui, como Governador”! Pelo lado dos tucanos, o que se ouve é que Expedito Júnior vai esperar apenas mais alguns dias por alguma eventual mudança na decisão de Daniel. Caso ele, o Governador, decida não concorrer mesmo, Expedito deve então oficializar a própria candidatura. Se nada mudasse, até a eleição (mas, acreditem, vai mudar!), então, os candidatos principais seriam Maurão de Carvalho (MDB), Acir Gurgacz (PDT), Expedito Junior (PSB), Vinicius Miguel (Rede); o empresário José Jodan (PSL) e Paulo Benito (PT). O jogo de xadrez está em andamento. Mas é bom se saber que muita água ainda vai rolar embaixo dessa ponte, até as convenções e as definições finais...
CORRIGIU O ACERTO PARA ERRAR
O governo do Estado cometeu o erro de tentar criar ainda mais áreas de proteção em Rondônia, exilando pequenos produtores e causando graves prejuízos a centenas de famílias. A Assembleia Legislativa corrigiu o erro, não aprovando o projeto que lhe foi enviado pelo Executivo. Agora, o Tribunal de Justiça do Estado corrigiu o acerto e errou de novo, considerando que a decisão do Parlamento não tem validade. E assim vamos vivendo, também por aqui, ignorando a situação de milhares de pessoas que foram chamadas a Rondônia e à região amazônica para ocupar a terra e produzir e que, anos depois de instaladas, trabalhando, deixando seu suor na terra, são consideradas invasoras e ocupantes de áreas ilegais. Em nome de questões ambientais, algumas das mais justas, mas, na maioria dos casos utilizando uma legislação que existe apenas para agradar ONGs internacionais e minorias, causa grave prejuízo a toda a estrutura econômica e a muitas famílias. É lamentável, mas são causas e decisões como essas, extremamente discutíveis, que impedem, por exemplo, que estejamos ligados por terra a Manaus, já que BR 319 não sai mesmo do projeto, por motivos inacreditáveis. Pobre dessa gente trabalhadora, que vive sob o tacão da ditadura ambiental!
A BARBÁRIE ATACA A BARBÁRIE!
A barbárie toma conta de algumas regiões do país, porque a população começa a reagir com a mesma violência da qual é vítima. Os criminosos atacam com crueldade, matam, mutilam, queimam, estupram, destroem. Pouco tempo depois, a maioria deles está solta novamente, nas ruas. Para cometer outros crimes horrorosos. Como não há reação do governo e nem do Congresso, impondo leis mais duras no combate ao crime e acabando com a facciosa impunidade, parte da sociedade se revolta e comete também suas crueldades contra criminosos. Mais um caso dantesco aconteceu nesta semana, na pequena cidade de Borba, no Amazonas, a cerca de 150 quilômetros de Manaus. Ali, o populacho incontrolável invadiu o quartel a Polícia Militar, retirou da cela o jovem Gabriel Cardoso, acusado de estuprar e matar uma menina de 14 anos e o linchou. As cenas que viralizaram nas redes sociais e nos sites, são horripilantes. O suspeito foi morto a socos, pontapés, pauladas e depois ainda jogado no fogo de pneus, ali colocados exatamente para essa lamentável finalidade. Mas de 50 pessoas participaram da barbárie. Todas devem responder pelo crime que cometeram. É um caso de terror, mas muitas pessoas dizem que se o bandido, caso não tivesse sido criminosamente justiçado, estaria, sem dúvida, sob as asas das benevolentes leis brasileiras de proteção ao crime.
AMERON DEFENDE SEGURANÇA JURÍDICA
A Associação dos Magistrados de Rondônia – Ameron, - é uma entidade das mais respeitadas no país, até por ter em seus quadros uma imensa maioria de Juízes que honram a toga e têm sido exemplo para o Judiciário. Por isso, não foi surpresa a nota oficial da entidade, assinada pelo presidente, o Desembargador Alexandre Miguel, em defesa da democracia e das decisões tomadas no caso da prisão do ex Presidente Lula. Parte da nota oficial diz que “a Ameron apoia o Exmo. Presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, que agilizou a solução para a definição das decisões judiciais naquele Tribunal, ao reconhecer a competência para o relator desembargador João Paulo Gebran Neto. Como efeito desta decisão houve a garantia da segurança e da estabilidade no ordenamento jurídico, pautado por decisões técnicas, fundamentadas e objetivas, sem influência político-partidária no âmbito judicial, como de regra age a magistratura de carreira”. Em outro trecho, afirma que “a decisão do Magistrado plantonista do TRF-4 ao conceder habeas corpus ao ex-Presidente vai de encontro à decisão do mesmo Tribunal que o Magistrado integra, concluindo que pedidos desta natureza, por ofender à segurança jurídica, não deveriam ser formulados ou apreciados em plantões judiciais”. E conclui: “a Ameron reforça o compromisso com a sociedade, respeito às instituições republicanas e à segurança jurídica, assegura a transparência no exercício da jurisdição”. Perfeito!
FAVRETO E OS SEUS PADRINHOS
Abundam, nas redes sociais, fotos do Desembargador Rogério Favreto com o ex Presidente Lula e com outros integrantes do PT. Ora, Favreto é petista de carteirinha, fez carreira dentro do partido, foi assessor de José Dirceu e é amigo pessoal também da ex Presidente Dilma Rousseff, por quem foi indicado, pelo Quinto Constitucional, para fazer parte do TRF 4, de Porto Alegre. Obviamente que nunca houve segredo nisso e nem deveria. Por que alguém não pode militar em algum partido político ou ter relacionamentos políticos, pessoais e profissionais com seu grupo? Quanto a isso, querer imputar algum erro ou crime é coisa absurda. O problema é daí para a frente. Ao não se considerar impedido de julgar um caso envolvendo um amigo e ex chefe durante quase duas décadas, Favreto deixou exposta a fratura da suspeita. Qualquer Magistrado experiente, que conhece os meandros do Judiciário e que entende que cada ato seu será público e causará intensos debates – ainda mais na complexidade do caso Lula – se daria por impedido. Ao tomar uma decisão considerada absurda, Favreto apenas deu munição aos que dizem que houve um conluio, que tudo foi preparado e que há suspeita de que ele tenha participado disso. Ingenuidade ou gratidão? Não se sabe. Mas o resultado da discutível decisão dele, todos sabemos..
OS TÁXIS E OS ÔNIBUS
A questão dos ônibus e do táxi compartilhado continua mexendo com Porto Velho. De um lado, taxistas querem autorização, via lei municipal, para que possam transportar passageiros com preço especial, concorrendo com os ônibus. De outro, o Consórcio Sim pode simplesmente desaparecer, acabando com o transporte coletivo, caso a concorrência, desleal (porque os táxis não teriam todos os compromissos sociais e obrigações dos ônibus e nem poderiam ter seus preços controlados, com a Prefeitura o faz com a tarifa dos coletivos). A legislação federal impede que táxis sejam usados como transporte coletivo. Mas os taxistas precisam sobreviver. Então, são as autoridades responsáveis que precisam encontrar formas para que ambos os serviços existam e possam coabitar perfeitamente, como em tantas outras capitais do país. Não pode-se tratar o assunto com lava mãos, como muitos vereadores estavam tratando até agora, já que a maioria é de candidatos em outubro e não quer ficar mal nem com uma nem com outra categoria. Nesse conflito todo, cada um tratou dos seus interesses, mas foram poucos os que se preocuparam com o usuário, vítima de toda essa falta de respeito com os direitos dele. Nesta terça, uma greve dos ônibus pegou os passageiros de surpresa, enquanto os taxistas comemoravam a aprovação, em primeira votação, do táxi compartilhado. A situação do transporte na Capital pode se transformar num caos, caso não haja ônibus para transportar a grande maioria da população. Por enquanto, ninguém ganhou. Mas o povo perdeu, como sempre!
FLÁVIO ROCHA TEM CHANCE?
Lula só será candidato se o Supremo e o TSE rasgarem as leis. Portanto, as chances dele disputar a Presidência são de uma em 1 milhão. Mas, como aqui é Brasil...Tudo leva a crer, contudo, que na reta final da corrida Presidencial, que os principais candidatos serão mesmo Jair Bolsonaro, que tem um eleitorado cativo e sólido; Ciro Gomes, o nome do PDT, que mesmo sendo pavio curto, tem sim apoio de setores importantes da sociedade; de Marina Silva, que nunca se sabe até onde poderá ir, já que nas tentativas anteriores ela fracassou e talvez algum, entre os novos nomes, como o do empresário dono das lojas Riachuelo, Flávio Rocha, tenha alguma chance. O nome do Planalto, o ex ministro da Fazenda, Henrique Meireles e o tucano Geraldo Alkmin, só crescerão por milagre. Ambos não têm a simpatia da grande maioria do eleitorado e, portanto, se não forem substituídos, seus partidos não terão chance alguma. Quem mais? Não há, a pouco mais de 90 dias da eleição, um só nome que mexa mesmo com as estruturas da atual política brasileira. Pobres de nós!
PERGUNTINHA
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