O empresário Edson Gazoni, homem forte da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), de Porto Velho, anda pessimista sobre a economia. Numa longa entrevista à TV Candelária (VÍDEO AQUI), ele fez previsões bastante nebulosas, com reflexos, é claro, em nossa Estado. Gazoni disse que o governo federal tem maquiado os números da economia, criando expectativas que não se concretizam, porque a crise internacional está chegando aqui com mais força. Disse que os lojistas são os primeiros a sentir nas vendas, quando as coisas não vão bem no geral. E que, para sobreviver, o comércio terá que apertar os cintos, cuidar muito bem no que vai gastar e se profissionalizar cada vez mais. Os prudentes conselhos de Gazoni somam-se também à boas notícias, em relação à área comercial do centro da Capital. Segundo ele, o prefeito Mauro Nazif já comprou a ideia de mudanças profundas, que incluem a troca de mão da avenida Sete de Setembro, que descerá em direção ao rio Madeira e não mais ficará de costas para ele. Acrescentou que o sistema de estacionamento pago, rotativo, vai resolver de vez a questão de falta de vagas para os carros.
Gazoni lembrou que os comerciantes têm grandes desafios, como sempre tiveram. E que a chegada do shopping center e de outros que virão, no futuro, ao invés de prejudicar os lojistas de rua, na verdade os ajudam. Para concorrer, o comerciante tem que melhorar sua loja, sua vitrine, qualificar seu pessoal, se profissionalizar cada vez mais. Então, a concorrência com os shoppings é salutar. Vindo de um líder do setor, onde muitos lojistas debitam aos shoppings sofisticados a queda nas vendas, o raciocínio é realmente interessante. Enfim , nosso comércio enfrenta dificuldades. Mas também é verdade que sempre sobrevive e, no final, sai mais fortalecido das crises.
HORA DE RESOLVER
Notas para cá, notas para lá; cartas abertas de um lado e outro e...nada. Enquanto milhares de grevistas estão há longo tempo sem trabalhar - mas, até decisão posterior, todos recebendo religiosamente seus salários - quem os paga está abandonado. Quem não é servidor público estão há semanas sem serviços importantes, principalmente nas áreas de educação e segurança. Está na hora de dar um basta a essa situação. Governo e categorias precisam chegar a um acordo. Passou da hora.
NOVAS CIDADES
A Ponta do Abunã (Extrema, Fortaleza do Abunã e Nova Califórnia), está prestes a se tornar um município. Cumpriu todos os preceitos legais. Tarilândia, distrito de Jaru, também se encontra a um passo desta nova realidade. Ambos os distritos cumpriram todos os requisitos exigidos pela legislação para se tornarem cidades. Já poderiam ser municípios há pelo menos duas décadas. Agora, com a lei que autoriza novos municípios no Brasil aprovada no Congresso, Rondônia está prestes a ter 54 cidades. Até que enfim!
TRISTES LEMBRANÇAS
Os mais velhos, que viveram o início dos anos 60, andam se lembrando da baderna que estava se instalando no país, no que acabou desaguando numa ditadura militar das mais duras. Com a violência institucionalizada; com a guerra civil dos criminosos contra a população refém crescendo, sob os olhares complacentes das autoridades; com a baderna indo às ruas, porque qualquer descontentamento é motivo para esculhambação e afronta à lei, há cenas que lembram pré 64. A sorte que, dessa vez, a sociedade está amorfa e desesperançada. Mas é sempre bom ficar com o pé atrás...
NAS RUAS, DE NOVO!
Já está enchendo o saco! Dois bandidões, com várias passagens pela polícia, repetindo crimes e mais crimes, atacaram uma revenda de bebidas, agrediram funcionários e clientes, barbarizaram e fugiram. Seguidos por uma testemunha, foram denunciados e presos, outra vez. O que se pergunta é: o que esses dois canalhas, escórias da sociedade, criminosos contumazes, estão fazendo soltos, nas ruas? De quem é a responsabilidade de permitir esse acinte? Ah, um dia a sociedade certamente saberá porque estão nas ruas, de novo, os mesmos cafajestes de sempre!
OLHA O LULA!
Quando a coluna opinou, no início do ano, de que o ex-presidente Lula poderia ser o candidato ao PT à Presidência e não Dilma Rousseff, houve quem torcesse o nariz. Até petistas de Rondônia estranharam, alguns criticando que era apenas um exercício de futurologia, sem fundamento. E agora? A situação econômica, o risco da volta da inflação, os conflitos agrários e, principalmente, a falta de apoio de uma base partidária sólida, podem corroer o projeto de dona Dilma,. E é aí que Lula, o Salvador, entra na jogada. A opinião de janeiro, da coluna, não mudou...
FORA DO AR
Já não basta a má qualidade do aeroporto, os voos atrasados, a falta de informação aos passageiros. Agora, nessa época do ano, o aeroporto de Porto Velho de vez em quando fecha, por causa de neblina. Nessa semana, pelo menos seis voos não puderam sair e outros tantos descer. A situação em outros aeroportos da região, como o de Manaus, também é semelhante. Rondonienses que vieram de Brasília, só puderam descer por lá e tiveram que perder um dia inteiro para chegar em casa. A vida dos viajantes não anda nada fácil.
PERGUNTINHA
Quando a população verá Porto Velho, sua Capital e maior cidade de Rondônia, transformada num canteiro de obras?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)