Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018 - 20h37
GÊNESIS TEM QUE DIZER POR ONDE ANDAM OS
SETE MIL PROFESSORES FORA DA SALA DE AULA
Claro que podem ocorrer injustiças, aqui e ali. Um projeto de tal tamanho como o Gênesis, lançado pela Secretaria de Educação do Estado, envolvendo profundas transformações e interferindo não só na vida de milhares de estudantes e suas famílias, como também de algo em torno de 14 mil professores, pode sim cometer erros e deslizes. Terão que ser corrigidos, quando detectados. Mas o centro do problema não é o que está sendo defendido pelos inimigos da educação, que temem qualquer mudança que pode tirar privilégios de alguns, em detrimento de milhares. A questão toda é que a reestruturação envolve um profundo censo do mundo educacional, para detectar, por exemplo, como quase metade dos professores está fora da sala de aula. A Seduc, ao final do levantamento, precisa ter o compromisso de dizer à sociedade rondoniense, com toda a clareza, onde está essa gente toda, recebendo como seus estivesse lecionando, mas que, ao que parece, têm ojeriza à sala de aula. Tem obrigação de informar como o Estado permitiu essa excrescência e dar nomes aos bois: quem são e onde estão esses quase sete mil (sempre lembrando que o número é oficialmente divulgado pela Seduc), muitos que, protegidos aqui e ali, mancomunados com poderosos, beneficiados por esquemas que a maioria critica nas greves do setor e nas mobilizações, fazem concurso para estar na sala de aula, mas tem horror da ideia de estar nela. A Seduc também tem que informar à comunidade quem são os que estão pelo exterior, recebendo seus salários como se estivessem no sacrifício da dureza do dia a dia dos professores comuns, aqueles abnegados que não são protegidos e nem recebem benesses ou apadrinhamentos e que cumprem sua rotina diária de formar gerações.
A grita contra os privilégios não faz parte apenas da categoria dos professores, claro. São raros os que não acham que as leis devem ser iguais para todos, desde que apenas sejam usadas para tirar privilégios, benefícios e “esquemas”... dos outros. O Sintero, sempre ávido em buscar direitos e exigir melhores salários (nesse caso, aliás, têm toda a razão em defender seus associados e buscar melhorias para eles), não abre a boca par protestar contra os privilégios e a tragédia dos sete mil, muitos dos quais fogem das salas de aula como o diabo da cruz e que, é claro, causam um grande dano ao sistema educacional, com suas ausências. Em vários setores, nos gabinetes de políticos e nos próprios órgãos do Governo, há professores que fizeram concurso para ensinar, mas cuja especialidade é fugir dessa missão. Se a Operação Gênesis ao menos colocar essa gente a fazer o trabalho para o qual foi aprovada, só isso já terá valido a pena. Os erros, injustiças e eventuais prejuízos individuais podem ser corrigidos. Já a baderna da falta de professores nas nossas escolas, essas nunca serão resolvidas, sem ações extremas.
TÊM CASOS DIFERENCIADOS
Ainda sobre o assunto. Tem que se diminuir do total dos sete mil, que não estão cumprindo suas missões de lecionar, aqueles professores doentes; os que têm outros problemas, inclusive familiares; os que estão se aposentando; os que estão sob algum tipo de beneficio legal, como os casos de gravidez para elas ou tratamentos dos mais diversos, para muitos deles. Não há que se cometer injustiças sobre os que, por diversos motivos, mas todos legais, não estão lecionando, de acordo com seus contratos, quando foram aprovados em concurso e passaram a fazer parte dos milhares de professores contratados pelo Estado. O que se quer é que os outros milhares, os que nunca entraram numa sala de aula ou os que apenas passaram por elas ou ainda os que preferem comer fel a lecionar, sempre buscando benefícios pessoais, carguinhos, encostos, que decidam suas vidas. Se quiserem, vão cumprir seus contratos. Se não, que caiam fora, dando lugar a quem quer lecionar. Porque na atual situação, o Estado não tem o número de professores necessários e não tem como contratá-los, já que as vagas estão ocupadas pela turma da ojeriza à sala de aula. Enfim, que a Gênesis faça justiça, premiando a quem tem que premiar, corrigindo os erros e fazendo uma limpeza onde tiver que limpar. Quem é contra, é claro, quer que tudo fique como está. Vamos ver no que vai dar, no final dessa história...
FRONTEIRAS ABERTAS
No embalo da intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, o deputado Lúcio Mosquini fez um discurso no plenário da Câmara, pedindo que a União também intervenha, mas nas fronteiras, por onde estão escancaradas as portas para a entrada de drogas e armas, que insuflam o crime organizado. Ele pediu a intervenção do Exército principalmente nas fronteiras de Rondônia, afirmando que “se nós não cuidarmos das fronteiras dos Estados com os países vizinhos, de nada vai adiantar a ação federal no Rio de Janeiro. Mosquini destacou a questão da fronteira de Rondônia com a Bolívia, numa extensão de mais de 1.300 quilômetros e onde a fiscalização é extremamente frágil, para não dizer pífia. Ele acrescentou que “só com o apoio total do governo federal e das Forças Armadas, agindo nas regiões de fronteiras, é que conseguiremos ajudar o combate ao crime no Rio de |Janeiro e outas regiões do país, já que então impediremos a entrada de tantas armas e de drogas de todos os tipos”. O parlamentar associa sua voz a do governador Confúcio Moura e de várias outras autoridades, que têm batido na tecla de que, com as fronteiras abertas, inundando o crime organizado de armamentos e drogas de todos os tipos, de nada adiantará a intervenção militar na (in)segurança do Rio.
BOLSONARO E ÁLVARO VÊM AÍ!
Jair Bolsonaro vem aí! Agora é quente. O presidenciável, que representa grande número de eleitores brasileiros e que estaria no segundo turno, se a disputa presidencial fosse hoje, deve vir a Rondônia ainda em março. Faltam ainda alguns detalhes para combinar a data da visita, mas uma agenda já está sendo montada, incluindo uma visita à Assembleia Legislativa e um encontro com o governador Confúcio Moura. Representantes do PSL, como o presidente regional Rafael Claro e do Movimento Militarista Brasileira (PMB) entre eles o ex comandante da PM de Rondônia, Coronel Luiz Fernando Prettz, estão organizando o evento. O problema de Bolsonaro, que já chegou a programar vinda a Rondônia, mas teve que mudar o plano, ainda no final do ano passado, é a intensa e lotada agenda. Outro presidenciável que está sendo aguardado para breve é o senador Álvaro Dias. Ele só não veio ainda porque quer aguardar a data em que o procurador do Ministério Público, Héverton Aguiar, confirmar sua aposentadoria e preparar o lançamento de sua candidatura ao Governo. Para os demais pré candidatos à Presidência, ao menos por enquanto, Rondônia não está no mapa.
VERDADE DISTORCIDA
É sempre bom se observar as posições de grupos políticos e entidades, para se saber quem é quem, no contexto da conturbada vida brasileira. Exemplos claros estão sendo dados neste momento em que as Forças Armadas começam a atuar na segurança do Ruio de Janeiro, dominada pela violência e pelo crime organizado há anos, sob silêncio de esquerdistas e de instituições como a OAB, que jamais protestaram com veemência contra o estado de beligerância do crime contra a coletividade. Agora não! Tudo mudou. A mídia destaca qualquer deslize, qualquer risco, qualquer ação do Exército. A líder da mídia esquerdista, a Folha de São Paulo, publicou que o número de mortes aumentou, desde que as forças militares assumiram a segurança no Rio. Não é mentira, mas é apenas meia verdade. O que ela não informou é que o maior número de mortes foi de bandidos e não de pessoas comuns. A OAB também, que passou a emitir notas oficiais contra isso e contra aquilo, jamais o fez para exigir proteção às vítimas, reféns do crime. A ideologia se sobrepõe aos interesses do país. Cada um puxa a sardinha para seus interesses políticos. E o povão, ah!, esse que vá pros quintos os infernos, nas mãos dos bandidos!
SEM AFTOSA E SEM VACINA
Pé atrás! Mesmo com todos os benefícios que isso vai representar para nosso agronegócio, é bom se ficar atento na questão do fim da vacinação contra a febre aftosa, em nosso rebanho de quase 14 milhões de cabeça. Rondônia é um dos estados que serão considerados livres da febre aftosa sem vacinação, a partir de 2019. Será um grande salto para nossas exportações de carne, mas há quem ache que a decisão poderia ser prematura e o ideal seria diminuir a vacinação paulatinamente. Embora seja verdade que nosso gado esteja livre da doença há anos, pelo amplo sucesso das contínuas campanhas realizadas no Estado, é sempre bom lembrar que nossos vizinhos (Bolívia, Colômbia e Venezuela, principalmente), continuam com grandes riscos. Com nossas fronteiras escancaradas para tudo, não estaríamos também expostos a esse risco de contaminação do gado, ao menos em regiões próximas da região que nos separa desses países? Ao menos é preciso refletir sobre esse problema, antes das comemorações efusivas...
GARÇON MARQUETEIRO
Esperto e especialista em usar a mídia a seu favor, o deputado federal Lindomar Garçon também teve sorte. Garçon sabe, como ninguém, fazer o próprio marketing! Em pleno ano eleitoral, ele assumiu a liderança da bancada federal, podendo ser porta voz do grupo político rondoniense no Congresso e, é claro, aproveitar cada momento para divulgar seu trabalho. Pouco depois de ser oficializado no cargo, Garçon já esteve com o prefeito Hildon Chaves, anunciando inclusive a liberação de mais recursos para a Capital. Ele tem dito que é o campeão em liberação de dinheiro para Porto Velho. Até pode ser, mas é notória também a parceria com a cidade de outros membros da bancada, como Mariana Carvalho, Luiz Cláudio da Agricultura, Ivo Casso e Marina Raupp, entre outros. No encontro dom Huldon Chaves, Garçon reafirmou a parceria, disse que já destinou mais de 120 milhões de reais para a cidade e que tem certeza de que as boas relações do Prefeito com todos os membros da representação política de Rondônia no Congresso, ajudará ainda mais a captar recursos para a cidade.
PERGUNTINHA
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