Sábado, 6 de outubro de 2018 - 21h25
IBOPE SURPREENDE E DÁ GRANDE VANTAGEM A EXPEDITO,
ALÉM DE MEXER MUITO NA DISPUTA AO SENADO
Que pesquisa mais doida a divulgada pelo Ibope, na sexta à noite! Estremeceu com todas as campanhas para o Governo e para o Senado. Colocou Expedito Júnior com 43 pontos. Maurão com 18 e Acir Gurgacz com 15. Acir aparece porque a pesquisa foi feita antes da impugnação do nome dele pelo TSE. Por esses números (computados apenas os votos válidos, excluídos brancos, nulos e indecisos, que é a mesma forma de divulgação dos votos finais pelo TRE) Expedito teria condições reais de ganhar o pleito já no primeiro turno. Bastaria um pouco dos votos de Acir migrarem para ele e a fatura já estaria garantida. No ninho dos tucanos, muita festa, mas também pés no chão. Entre os emedebistas e todo o grupo de partidos que apoia Maurão, poucos consideram a pesquisa como real. Para eles, Maurão cresceu muito e vale a pesquisa anterior, do Real Time/Big Data, que apontou um segundo turno em que Expedito e Maurão iriam empatados para a reta final. Entre o grupo de Acir, não há mais expectativa. Todos os votos que eventualmente forem dados a ele, serão considerados nulos, até a decisão final do último recurso junto ao TSE. Só se o tribunal superior anular todas as decisões anteriores e lhe dar ganho de causa no futuro, aí sim, a votação será considerada válida. Não há previsão de que isso ocorra tão cedo. Com isso, o quociente eleitoral cairá muito e, se reais os números “ibopeanos” forem perto da realidade, a conta pode até fechar já neste domingo. É o que esperam o “expeditianos”, mas o que não aceitam os “maurões carvalhianos”.
Pior ainda foram os resultados do Ibope (pesquisa registrada sob o número TER/RO-03930/2018) para o Senado. Nos votos válidos, Confúcio Moura caiu nada menos do que 10 pontos, mas ainda se mantém na liderança, com 23 por cento. O segundo, pela pesquisa, seria Marcos Rogério, que manteve-se nos 16. Fátima teria 13 (mas seus votos não serão computados) e Valdir Raupp também teria caído 10 pontos, saindo da segunda para a quarta colocação, com 12. Carlos Magno e Jesualdo, que estavam crescendo, também teriam caído. Ora, o que fizeram de errado ou que delitos tão graves perante o eleitorado teriam cometido Confúcio e Raupp para terem despencado e perdido 10 pontos, em uma semana? Marcos Rogério em segundo não é uma excrescência, mas o fato de seu principal adversário (Raupp) ter caído tanto em tão pouco tempo, deixa o resultado ao menos para ser considerado, pelo menos, muito estranho. A queda de Confúcio também é inexplicável. Os números, repete-se, são relativos aos votos válidos apenas, mas, mesmo assim, parecem estranhos e muito diferentes em tão pouco tempo. Será que para o Governo a diferença entre Expedito e Maurão tornou-se tão grande, também em pouco tempo? Só saberemos as respostas verdadeiras, quando as urnas começarem a mostrar seus resultados, na noite desse domingo. Até lá, nada a comemorar, de lado nenhum!
TENTANDO REMENDAR
Já na eleição presidencial, os grandes institutos de pesquisa passaram os últimos dias rebolando, tentando corrigir números que apontavam um empate técnico entre Jair Bolsonaro e o petista Fernando Haddad, quando todo o país sabia que isso era algo muito perto do absurdo. Quando as urnas se abrirem, nesse domingo, é muito provável que a diferença agora anunciada seja muito maior, isso se o candidato do PSL não vencer já no primeiro turno. “Analistas” e “jornalistas” – entre aspas mesmo, porque em muitos casos, não são nem uma coisa, nem outra – vão passar semanas tentando explicar o inexplicável. O DataFolha, por exemplo, que voltou atrás ligeirinho nas suas pesquisas, que perderam a credibilidade, antes mesmo da eleição, já começou a dizer que houve uma mudança muito grande na última hora, o que, de grande, só tem a mentira que tentaram empurrar goela abaixo do eleitorado brasileiro. Todos erraram, até a reta final da campanha Presidencial, quanto foram obrigados, pelos fatos e pela cobrança da opinião pública, a mostrarem algo mais perto da realidade.
PODE ENCOMENDAR O TERNO
Pode até haver segundo turno – é mais provável – a menos que os erros tenham sido tão estrondosos que desmoralizarão, durante décadas, as já famigeradas pesquisas eleitorais. A verdade é que a maioria do eleitorado brasileiro disse sim à uma mudança radical e disse não ao PT e seu jeito de governar. E disse não também aos demais candidatos, que representaram a mesmice de sempre. Nem Ciro, nem Alkmin, nem Haddad, nem Marina. Uma pena que Álvaro Dias não tenha caído no gosto do eleitorado, porque ele seria um bom Presidente. Mas e os outros? Ah, esses se perderam nos discursos que já não convencem quase ninguém. Há na militância de Jair Bolsonaro a esperança de que a fatura seja quitada já neste domingo. Com exceção de algumas regiões específicas do Nordeste, o candidato do PSL está disparado na frente, muito mais do que os 10 por cento que as principais pesquisas apontavam até a sexta-feira. Atacado por todos os seus adversários, mesmo ferido e nitidamente ainda sem condições sequer de falar muito, o Capitão da Reserva está a um passo da Presidência da República. Aquelas histórias de que qualquer um dos adversários o venceriam num segundo turno, também mostrou-se como apenas balela. Só algo muito estranho tira a vitória do representante da direita. Afora isso, ele já pode mandar encomendar o terno da posse.
SENTIMENTO DE DEVER CUMPRIDO
Tudo pronto para a eleição geral deste domingo. Daqui a 21 dias poderá ter mais, pois o segundo turno, se houver, está agendado para o dia 28. Tanto em nível da eleição a Presidente como a Governador, não se pode dizer com segurança se haverá ou não uma eleição para decidir tudo. O TRE rondoniense mais uma vez deu lição de competência e dedicação, trabalhando duro para que os mais de 1 milhão e 175 eleitores do Estado, que estão aptos a irem às urnas, possam fazê-lo de forma organizada, tranquila e em paz. A segurança será exemplar, garantem os órgãos responsáveis por ela. O comércio poderá funcionar normalmente, a shopping também. Bebidas estão liberadas, embora, é claro, com as restrições dos dias normais. Exageros, é claro, não serão tolerados. Boca de urna continua proibida e jogar santinhos no chão, emporcalhando as cidades, também. O eleitor pode usar camiseta com propaganda do seu candidato, mas não pode pedir voto para ele. Nas últimas eleições, o rondoniense, no geral, tem dado exemplo de civilidade e cidadania, ressalvadas as raras exceções de sempre. Por que não fazê-lo novamente? Vamos votar em paz, escolher nossos candidatos e voltar para casa com o sentimento do dever cumprido. Que os eleitos ajudem a salvar nosso país!
PARLAMENTARES: DOMINGO DECISIVO
Quem serão nossos representantes no Congresso e na Assembleia Legislativa? Embora a tendência é que haja muitos reeleitos, como parece que ocorrerá em todo o país (até pela campanha curta e com o dinheiro do Fundo Partidário quase só nas mãos dos mais poderosos), podem sim surgir algumas surpresas. Seis dos oito membros atuais da Câmara Federal buscam mais um mandato, embora existam pelo menos meia dúzia de novos candidatos com poder de fogo nas urnas, para poderem defenestrar alguns do que lá estão, atualmente. Várias mulheres poderosas estão querendo tomar o lugar dos homens. A maioria das eleitoras votará nelas ou continuará votando nos homens, contrariando os discursos feministas que tanto se tem ouvido? No Senado, uma batalha muito dura pela segunda vaga será mantida até o último voto. Todos os levantamentos das pesquisas apontam que a primeira vaga será do ex governador Confúcio Moura. O que se fala é que ele já pode encomendar a roupa da posse. A outra vaga tem um grupo grande de nomes muito respeitados na política local, correndo atrás dela: Valdir Raupp, Marcos Rogério, Carlos Magno e Jesualdo Pires. Até o sábado, o TSE não tinha decidido sobre se os votos para Fátima Cleide valerá ou não, já que a chapa dela foi impugnada no TRE. Seja qual for a decisão, a essas alturas do campeonato, a candidata petista já sofreu graves prejuízos. Dessa turma toda, quem ocupará a segunda cadeira de Rondônia? Essa é a grande dúvida, a maior de todas, neste domingo decisivo.
FRUSTRAÇÃO NO PALÁCIO
No Palácio Rio Madeira/CPA, o clima era de lamento, na quinta, depois que foi confirmada a decisão do TSE de tirar o senador Acir Gurgacz da campanha. Durante várias semanas, assessores do governador Daniel Pereira esperavam que ele convencesse Gurgacz a abrir mão da disputa, pelo risco de acabar ficando fora (como ficou) e colocar Daniel como candidato. Varias pesquisas que vinham sendo mostradas ao Governador, apontavam que ele era um nome muito viável para a reeleição e, praticamente em todas, estaria garantido num segundo turno. Daniel chegou a ensaiar um movimento em direção a uma provável candidatura, mas acabou considerando que não deveria fazê-lo, para cumprir os acordos políticos que ele e seu partido, o PSB, haviam feito com Gurgacz e o PDT. Vários assessores, secretários e diretores de departamentos, além de muitos amigos pessoais do Governador, achavam que ele teria um percentual com bastante chance de vencer a eleição. Um dos que mais batalharam na direção de uma candidatura à reeleição de Daniel, foi seu chefe da Casa Civil, o experiente Eurípedes Miranda. Ele foi um dos que mais se frustrou com a decisão do Chefe em não concorrer.
UM NOVATO SE DESTACOU
Dos pequenos partidos, sem dúvida a surpresa na disputa ao Governo foi a participação do jovem professor Vinicius Miguel, da Rede. Inexperiente em disputas eleitorais, já que é sua estreia, Vinicius demonstrou ser extremamente curtido sobre os mais importantes temas da vida rondoniense, além de ser destaque em todos os debates que participou, tanto apresentando propostas quanto para atacar adversários. Se decidir continuar sua carreira política, não há dúvida que terá espaço e credibilidade para fazê-lo. Pelas pesquisas, ele saltou de zero para seis pontos percentuais, ficando na quinta posição, o que demonstra que convenceu muita gente sobre sua competência e suas propostas. Vai longe. Marcos Rocha, do PSL, o quarto em todas as pesquisas, também teve boa participação, embora seus 8 por cento se devam, em boa parte, ao seu guru, o presidenciável Jair Bolsonaro. Pimenta de Rondônia, aliado ao PT, teve o benefício do voto petista, mas também perdeu muito, pela rejeição do eleitor ao petismo. Ficou empatado tecnicamente com Vinicius Miguel, na faixa de 5 pontos. O Coronel Charlon (PRTB) foi uma atração especial nos debates e entrevistas, por não medir palavras e falar sobre todos os assuntos com segurança e bom humor. Mas não conseguiu convencer o eleitor de que seria um candidato viável. Pedro Nazareno, do PSTU e o Comendador Queiroz, do PMB, só marcaram presença. Nunca foram levados a sério pelo eleitor, embora tenham história e boas intenções.
PERGUNTINHA
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