Quinta-feira, 28 de maio de 2015 - 20h26
LEI DÁ CARTA BRANCA PARA ASSASSINOS COVARDES
Os matadores estão prontos para atacar. Não escolhem hora nem local. Chegam com suas motos pretas e seus capacetes que impedem ver seus rostos e vão atirando, à queima roupa, covardemente. O Supremo dá mais valor ao direito dos bandidos do que a proteção das vítimas. Decidiu que todos podem usar capacetes escuros e que não precisam deixar seu rosto à vista. Foi uma espécie de carta branca para que os assassinos usassem do anonimato que a indumentária possibilita, para destruir cada vez mais vidas. Os ministros que decidiram esse absurdo continuam achando que os direitos individuais são pétreos, mesmo que isso signifique a vitória do crime. Por outro lado, a sociedade assiste, pasma, à multiplicação da violência causada por menores. No Rio de Janeiro, dias atrás, um médico foi brutalmente morto a facadas, por um garoto que já tem 16 passagens pela polícia e já tinha cometido vários crimes. Menos assassinato. Deram-lhe a liberdade, para que ele tivesse tempo de matar. Nesta semana, um adolescente se vingou de um vigia de uma escola que o proibira de invadi-la, na zona leste da Capital. Voltou ao local e matou um pai de família a tiros, friamente. Os defensores dos direito dos jovens menores até de matar, sem serem punidos, acham que a culpa é da sociedade, que não cuidou dos pobres coitados matadores.
Estamos nos "colombizando". Nos anos 80 e 90, a Colômbia foi dominada pela violência, pelo crime, pelo terror, porque enquanto o megatraficante Pablo Escobar dizimava vidas às centenas, as autoridades defendiam leis que colocava o país aos pés das organizações criminosas. O Brasil, em nome de ideologias e idiotices absurdas, ajoelha-se ante o banditismo. Quem sabe uma hora dessas, alguma autoridade ainda tente consertar o estrago? Tomara que não seja tarde demais...
SÉRGIO MELLO
"Perder o Sérgio Mello, irmão Dinossauro, pessoa querida e de uma bondade incomparável, foi um chute tenebroso no coração da gente. Vai-se uma pessoa do bem, deixando inconsoláveis a todos os que o conheceram. Há quem se conforme e essas pessoas são mais felizes. Infelizes são pessoas como eu, que não aceitam essas coisas como projeto divino. Portanto, meus mais veementes protestos pela morte deste querido amigo de tantos anos". Mensagem do jornalista Sérgio Pires, sobre a morte do seu companheiro Sérgio Mello.
PRIMEIRO PASSO
A aprovação, na Câmara Federal, de projeto que proíbe a reeleição, é um primeiro passo para começar a consertar alguns absurdos na legislação eleitoral brasileira. Quem assume o poder, no dia seguinte começa a trabalhar apenas de olho num segundo mandato. A maioria já estrutura esquemas, preparando um governo direcionado à medidas populistas, que lhe garantirão continuar no cargo não por quatro, mas por oito anos. O caso da Presidente Dilma é sintomático. Fez um primeiro mandato só para ganhar a reeleição. Deu no que deu!
CINCO ANOS
Faltam ainda mudanças radicais, como a coincidência de mandatos, para que o país não pare a cada dois anos para ir às urnas e gastar fortunas com eleições. Mandatos de cinco anos para todos os cargos, sem reeleição, seria ótimo. Se a gente desse um passo ainda mais à frente e proibisse a reeleição para o legislativo também, provavelmente ganharíamos parlamentos mais fortes, sem vícios e muito mais comprometidos com a população do que com os próprios bolsos dos representantes. Mas daí já é sonhar demais!
BERRO DAS RUAS
Nesta sexta pela manhã, a comunidade da zona leste fará grande protesto contra a falta de segurança e a série de assassinatos ali registrados, nos últimos dias. Um dos líderes do movimento, o advogado Anderson Nanan, diz que as escolas serão fechadas e o povo vai para as ruas, clamar por segurança pública. A falta de policiamento, os constantes ataques contra escolas e os cruéis assassinatos, envolvendo ou pessoas do mundo da droga ou vítimas de menores, estão deixando os moradores do Ulysses Guimarães e bairros próximos desesperados. Tomara que as autoridades ouçam o berro das ruas...
SOBROU PARA RAUPP
Sobrou para o senador Valdir Raupp. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, determinou a quebra do sigilo telefônico do senador Valdir Raupp, para instruir o inquérito que tramita na corte contra o parlamentar. Também foi quebrado o sigilo telefônico de uma assessora dele, Maria Cleia Santos Oliveira, do doleiro Alberto Youssef e de dois executivos afastados da Construtora Queiroz Galvão, Othon Zanoite e Idelfonso Colares. Raupp é suspeito de ter recebido 500 mil reais do doleiro, para sua campanha de 2010. O senador rondoniense nega qualquer ilegalidade e diz que tudo será esclarecido na Justiça.
PERGUNTINHA
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