Sexta-feira, 4 de agosto de 2017 - 21h33
MAIS UM ACHAQUE:
HABILITAÇÃO PODE CUSTAR
ATÉ 500 REAIS A MAIS
De vez em quando, armam-se golpes contra o contribuinte que, de mãos para o alto, têm que suportar a ganância contra seu bolso. Todos os dias vemos exemplos disso, com os vampiros do nosso dinheiro inventando todas as formas de nos afanar, seja através de impostos absurdos, cada vez maiores; seja através de taxas ou de serviços obrigatórios, deixando-nos cada vez mais pobres, para que eles fiquem cada vez mais ricos. Nas questões do trânsito, então, os exemplos são inúmeros. Alguns absurdos que acabam se tornando mote de piadas, depois de nos tirarem uma grana preta, porque não há nada mais a fazer, senão rir, mesmo estuprados. Lembram-se do famoso kit dos primeiros socorros? Uma vergonha que assolou o país, que tirou milhões de reais dos nossos bolsos e que não serviu para absolutamente nada, a não ser enriquecer os mesmos de sempre. E os extintores? Primeiro, eram obrigatórios. Mas não só isso. Tinha que ser só de um tipo e de uma marca. Ai de quem não o tivesse em seu carro. Era multa, apreensão, ameaça e só faltavam mandar os motoristas para a câmera de gás, não cumprissem essa norma doentia. No que deu? Nem o extintor é necessário, depois de tudo o que pagamos. Os valores abusivos cobrados pelo IPVA dos carros; as taxas absurdas para manter Detrans e Contran em prédios luxuosos e superestruturas, com salários milionários, prestando serviços ruins, o que os torna os mais caros do mundo, pela ineficiência e ineficácia, são comuns nesse país em que os governos não protegem o povo, mas são seus algozes.
Agora estão tentando nos empurrar goela abaixo, mais uma bandalheira.
Desnecessária e absurda. Desde 2015, o Conselho Nacional de Trânsito exige o uso de simuladores, nos centros de formação de condutores. Cada aluno precisará ter no mínimo 5 horas de aulas noturnas no aparelho. Com isso, o custo final de uma habilitação pode aumentar em até 500 reais, para a categoria B. Isso mesmo. Para ter acesso a esse documento tão importante, que já tem um preço abusivo (num país sério isso mereceria investigação profunda e poria gente na cadeia), o pobre contribuinte terá que pagar mais 500 reais, para utilizar um serviço absolutamente dispensável. Pelo mesmo valor, o futuro motorista pode ter até 15 aulas práticas nas auto escolas, andando com carros em boas condições e aprendendo no meio do trânsito. O pior de tudo isso é que ninguém responde por nada, ninguém é processado, tudo é tratado com totalmente normal, por mais esse achaque ao brasileiro. Somos mesmo ovelhas, tosquiadas e deixadas nuas pelos donos, que fazem de nós o que querem. Uma vergonha...
MAIS UM SECRETÁRIO VAI SAIR
Depois de menos de um mês de afastamento do cargo, quando viajou para os Estados Unidos e França, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, retoma o comando do município. Certamente chega com muita vontade de dar continuidade a um trabalho bastante positivo que começou em janeiro e que, em alguns setores, já transformou a Capital para melhor. Mas Hildon volta também com muitos problemas para resolver. Um deles é tamanho família. Um dos seus mais importantes secretários está prestes a pedir o boné, porque assumiu um setor onde só se enxuga gelo e onde a judicialização faz com que o administrador se torne refém das questões na Justiça e nem sequer consiga trabalhar em paz. Além disso, o responsável pelo setor tem que gastar uma grana preta do próprio bolso para contratar advogados, porque todos os dias aparecem um problema novo. O caso pode vir a público ainda nesse final de semana, mas dificilmente passa pela semana que vem. Hildon já trocou vários secretários e terá que, no seu retorno, pensar num novo nome para um dos setores vitais da sua administração.
LUTA CONTRA O TEMPO
Além de buscar superar todos os enormes problemas que a cidade enfrenta, o Prefeito terá que correr contra o tempo, para tentar concluir o maior número de obras, nos próximos dois meses. Lá por meados de setembro, a chuva começa a voltar à região, piorando em outubro e, depois, seis meses de inverno amazônico, onde obras em ruas e avenidas, asfaltamento e outras assemelhadas, se tornam praticamente inviáveis. Hildon pretende chegar ao final deste verão com o maior número de bairros beneficiados pelo asfalto, mas sabe que terá que correr muito para atingir suas metas para este ano. Ao mesmo tempo, há vários projetos que precisam ser tocados, alguns em parceria com o Estado e outros que dependem de recursos federais. O Prefeito tem dado duro para conseguir recursos e colocou seu time em campo, para trabalhar. O seu maior problema é que Porto Velho está tão abandonada, que não se tem ideia de quanto tempo se precisará, trabalhando praticamente dia e noite, para, ao menos dar uma melhorada na cidade. Esperemos para ver!
FUTURO COM BOLSONARO?
A violência está à solta. Bandidos atacam casa de coronel dos Bombeiros, infernizam a vida da família, limpam a casa, levam carros e saem ilesos. Não há pistas deles. Um bandido que atacou num balneário da Capital, mesmo cercado pela polícia, ao invés de se entregar, ainda atirou nos PMs. Foi morto. Menos um facínora para o rol dos que andam à solta, alguns com tornozeleira eletrônica; a maioria de foragidos do sistema prisional, atacando em todos os cantos da cidade. Outro canalha atirou num policial e não o matou por pouco. Foi preso, por tentativa de homicídio, mas em breve estará solto nas ruas, de novo. A situação está tão livre, leve e solta para criminosos, que alguns deles foram flagrados vendendo droga. Onde? Dentro do Presídio Urso Branco. Não tem mais jeito. Com as leis que temos, nosso país está totalmente dominado pelo crime. Sem reação, continuamos vendo nossos entes queridos sendo mortos; nossos bens serem levados e os responsáveis, cada vez mais protegidos. Depois, quando figuras como Bolsonaro aparecerem como salvadores da Pátria, que ninguém se queixe...
TRAGÉDIAS FAMILIARES
Duas tragédias familiares foram registradas na Capital, em menos de 24 horas. Duas crianças que morreram por pequenos descuidos, deixaram suas famílias em desespero. Um caso aconteceu no Baixo Madeira, quando uma menina de quatro anos caiu no rio, sem que seus acompanhantes percebessem. Segundos de desatenção e a criança se afogou. O IML, chamado na manhã de quinta, só chegou ao local por volta da meia noite. Outro fato triste dentro da tragédia. Já em Porto Velho, a vítima foi um bebê de apenas oito meses. A criança estava dormindo, junto ao pai. Sem que ele notasse, o bebê acordou e engatinhou até a piscina e caiu nela, se afogando. Casos assim têm se repetido. Nesse período do ano, o número de afogamentos na região da Capital e no interior é enorme, apesar de todos os avisos para que os cuidados sejam redobrados. Casas com piscina, é óbvio, têm que criar proteções especiais para que bebês e criancinhas não tenham acesso a elas. Depois, só restará sofrimento e amargura. A prevenção tem que ser feita, senão não tem jeito...
O RISCO DO ACRE
Há uma grande preocupação na fronteira entre Rondônia e Acre, pelo risco iminente de interrupção dos serviços da balsa que faz a travessia do Madeira, na BR 364, na Ponta do Abunã. Até a manhã da sexta-feira, filas quilométricas de caminhões e carros se postavam dos dois lados do rio, enquanto as água continuavam baixando. A cada viagem da balsa, ela tem que levar cada vez menos carga, para não correr o risco de ficar encalhada. Com isso, conforme a coluna informou, alguns caminhões precisam esperar até 16 horas para atravessar um trecho menor que um quilômetro de rio. Não existe, ao menos num curto prazo, alguma ação do DNIT, por exemplo, para realizar um serviço emergencial de dragagem, para ao menos permitir que a travessia continue nesse verão amazônico e no próximo, já que a ponte que está sendo construída na área só deve ficar pronta no final de 2018. Havia, nessa sexta, risco concreto de que a balsa não tivesse mais como atravessar o rio. Isso poderia significar um perigo real de desabastecimento de vários tipos de produtos no Acre, incluindo combustível. A coisa está feia!
DOM QUIXOTE DO MP
Com parte da sua vida dedicada ao povo indígena e principalmente dos Cinta Larga, o procurador do Ministério Público Federal, Reginaldo Trindade, acaba de ganhar um importante prêmio nacional. Concorrendo com mais de 1.070 projetos, o que ele apresentou, num concurso do Conselho Nacional do Ministério Público, foi o grande vencedor, na categoria “Defesa dos Direitos Fundamentais”. Nove diferentes categorias disputaram. O trabalho de Reginaldo chegou inicialmente entre os 27 finalistas e, nesta quinta, foi anunciado como o grande vencedor nacional. O Procurador, que tem lutado pelos índios, muitas vezes tal qual Dom Quixote contra os moinhos, já que seus constantes alertas de grande risco para os indígenas não são ouvidos pelas chamadas autoridades competentes, têm uma forte ligação com os Cinta Larga. Como conhece profundamente os dramas e a história daquele povo, que ocupa a Reserva Roosevelt (a dos diamantes), no Estado, o Procurador pôde apresentar um trabalho consistente e de qualidade, tornando-o vencedor nacional da iniciativa do Conselho Nacional do MP.
PERGUNTINHA
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