Quarta-feira, 19 de outubro de 2016 - 05h07
HILDON COM AS MAOS NA TAÇA
E LÉO SAIRÁ MAIOR DO QUE ENTROU
A eleição em Porto Velho, a onze dias da definição do novo Prefeito, apontou grande vantagem para Hildon Chaves, pelo Ibope. É daquelas dianteiras em que seu concorrente, Léo Moraes, terá que realizar quase um milagre para modificar. Isso, se os dados do mais famoso instituto de pesquisa do país, dessa vez estejam certos. Hildon está numa média de 18 por cento à frente . O segundo colocado teria que tirar acima de 1,7 ponto percentual por dia, para conseguir mudar esse quadro. É uma tarefa hercúlea. Hildon, caso não faça nenhuma bobagem e não pise na bola – basta manter a campanha e o discurso como estão – está com as duas mãos na taça, embora seja sempre bom lembrar que eleição só se ganha depois de contado o último voto. Mas essa, em Porto Velho, parece estar definida. Já Hildon Chaves, caso confirme a vitória, será mais um dos fenômenos que surgem de surpresa, sem que sejam detectados. O próprio Ibope, na última pesquisa do primeiro turno, o colocou como quinto colocado na corrida pela Prefeitura. Afora ele mesmo e seus parceiros, quem apostaria que Hildon chegaria em primeiro lugar, entre os que se dizem “entendedores” da política? O que Richard Nixon chamava de “maioria silenciosa”, só se pronunciou nas urnas na última hora, levando o ex promotor à vitória.
Enquanto isso, Léo Moraes sairá da campanha, não importa se vencendo ou não, muito maior do que entrou. Jovem ainda, com discurso firme, com uma votação expressiva tanto no primeiro turno quanto a que fará no segundo, ele pode começar a projetar seu futuro político como achar mais conveniente. Pode pensar na Câmara Federal, por exemplo. E, mais que isso, estará certamente na relação, daqui a quatro anos, para concorrer à sucessão de Hildon. Léo tem mandatos de destaque, tanto na Câmara quanto na Assembleia e a política no sangue, seguindo os passos do pai, o inesquecível Paulo Moraes e da mãe, Sandra Moraes. Se há alguém na sua idade que tem futuro na política dessa terra, esse é o Léo.
OPOSIÇÃO FORTE
Caso chegue lá mesmo, Hildon Chaves terá um enorme desafio pela frente. A começar por sua posição de não negociar cargos com vários partidos, alegando que não vai lotear a Prefeitura. Não vai ser fácil recusar tantos pedidos, exigências e pressões. Estará ele preparado para enfrentar tudo isso? Mas há mais: a tendência é de que, num conjunto de 21 vereadores, a princípio ele terá apenas quatro ao seu lado, eleitos na sua coligação. Em teoria, se for o novo Prefeito, Hildon Chaves enfrentará pesada oposição na Câmara Municipal, caso muitos dos eleitos não virem a casaca, como vários o fizeram na administração de Mauro Nazif. Enfim, Hildon, o fenômeno, é a cara nova da política e avisa que governará sem negociações tradicionais de troca de cargos por apoio. Como ele se sairá?
A DUPLA DE 180 MILHÕES
Quando há motivos para crítica, que se critique. Mas quando há uma conquista importante para o Estado, graças à eficiência e dedicação dos servidores públicos, não há como não comemorar e aplaudir. Por exemplo: trabalho de revisão de cálculos, feitos por Jorge Ugalde, da Sepog e Enéas Lisboa, da Sefin, conseguiu reduzir uma dívida de mais de 197 milhões de reais do Estado (via Iperon), para com a previdência, para apenas 17 milhões de reais. A dívida, crescente, poderia chegar à absurda quantia de 600 milhões de reais. A dupla, fazendo um grande trabalho, comprovou que a dívida para com a Previdência Social, na realidade já tinha sido praticamente toda paga. No final, o trabalho da dupla rondoniense foi chancelado pelo Ministério do Trabalho e Previdência e será paga (apenas os 17 milhões), com prestações de 200 mil por mês. A economia conseguida foi de 180 milhões de reais. Lá pelo Palácio do governo, a comemoração é geral e os aplausos à Jorge e Enéas não param...
FALTAM MÉDICOS
Uma espera de até quatro horas. Esse o tempo médio em que um paciente precisa aguardar para ser atendido. E não é pelo SUS. Consultas com especialistas, mesmo particulares ou através de convênios e planos de saúde, podem demorar uma manhã inteira ou uma tarde inteira. Alguns profissionais não dão conta da enorme procura. Mesmo priorizando o atendimento a pessoas portadoras de deficiências e idosos, há algumas, mesmo com mais de 70 ou até 80 anos que ficam na fila, sem previsão de atendimento. Um especialista (gastroenterologista) chegou a atender em seu consultório, na tarde dessa terça, mais de 30 pessoas. Uma cliente que tinha consulta que chegou às 14h15, foi atendida por volta das 17h30. E isso ocorre todos os dias, em dezenas de consultórios. Mesmo assim, faltam especialistas na Capital. Todos os que vêm para Porto Velho, se dão bem. Pacientes é que não lhes faltam!
MIL COVARDES
Entrevista do dr, Héverton Aguiar à SICTV, mostra seu espanto e do Ministério Público como um todo, com o impressionante aumento da violência doméstica contra a mulher. Promotor experiente, acostumado inclusive com questões relacionadas com o crime organizado, que combate em entidade nacional que preside, o dr. Héverton não poupou adjetivos para dizer que o problema das agressões contra elas já é uma questão de saúde pública. Apenas nos últimos meses, pelo menos mil desses agressores covardes foram denunciados pelo MP do Estado. Muitos vão acabar atrás das grades. Mas há muitos outros ainda à solta, causando tragédias familiares, pelo machismo doentio que ainda predomina no nosso país. Numa sociedade que caminha pelo século 21 adentro, não se pode mais aceitar esse tipo de tresloucados covardes, atacando as frágeis mulheres.
GRANA LIBERADA
A grande notícia do final dessa terça, veio do Congresso Nacional. Os mais e 1 milhão e 500 mil universitários que estavam em débitos com seus faculdades, por falta de dinheiro do Fies, começarão a regularizar a situação. Deputados e senadores aprovaram uma liberação imediata de mais de 702 milhões de reais, para resolver a maioria dos casos e outros 295 milhões também serão destinados ao financiamento estudantil para os que cursam o ensino superior. Foi um grande avanço, até porque muitas instituições privadas de ensino universitário estavam correndo o risco de até terem que fechar suas portas, já que algumas, há meses não recebem os recursos do Fies. Foi um grande alívio. O que se lamenta é que o Congresso tenha demorado tanto a resolver uma questão simples, que dependia apenas de uma votação conjunta. Duas votações marcadas, foram suspensas por falta de quórum. Mas, enfim, parece que esse drama teve um final feliz. Ainda bem!
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