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Sergio Pires

MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE RONDÔNIA - Por Sérgio Pires


MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE RONDÔNIA

 TEM O APOIO DA GRANDE MAIORIA

Ideologias se contrapondo? Temor de mudanças? Decisão apenas de cunho político ou solução para a melhoria da qualidade do ensino e a volta da disciplina nas escolas? O que há, no fundo, de mais importante, na discussão sobre a militarização de escolas, tanto em vários estados brasileiros, como também as que começaram por aqui, em Rondônia?  O tema ferve aqui, como ferveu em Goiás, quando nada menos do que 40 escolas foram militarizadas, atingindo milhares de alunos e, no geral, com apoio dos pais, mas ojeriza dos professores e dos sindicatos da categoria. O exemplo do Colégio MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE RONDÔNIA - Por Sérgio Pires - Gente de OpiniãoTiradentes, um dos melhores e mais conceituados da região norte, deve se espalhar por outros educandários ou essa mudança drástica deixaria menos qualificado o ensino? E, ainda pior, acabaria totalmente com a liberdade dos estudantes, que teriam que cumprir rígidos ritos militares, entre os quais sequer poderem escolher o tipo de cabelo que querem usar; não teriam mais liberdade nem na roupa; não poderiam mais ter voz ativa e se tornariam, como se soldados fossem, apenas cumpridores de leis militares? O debate é profundo e cada vez se tornam enormes as diferenças de pensamento sobre o tema. O governo do Estado quer militarizar várias escolas. Já o fez em Jacy Paraná, onde o exemplo é recente. Agora, quer transformar o tradicional colégio Capitão Cláudio Manoel da Costa, que está prestes a completar 30 anos, numa extensão do Colégio Tiradentes. Os planos imediatos incluem ainda dois outros conhecidos educandários da Capital, que entrariam no rol dos que seriam comandados e geridos dentro dos conceitos da Polícia Militar: o colégio Oswaldo Piana e o Flora Calheiros. Na Assembleia Legislativa, o deputado Jesuino Boabaid defende com unhas e dentes a militarização. Fora dela, professores, Sintero (que vai recorrer ao Ministério Púbico), alguns pais de alunos e principalmente os que estudam à noite, através do EJA (ensino noturno para jovens e adultos), que ficarão sem ter onde estudar, no caso da Capitão Cláudio, não querem nem ouvir falar no assunto.

A militarização tem, como tudo na vida, duas mãos. Dois lados. Um positivo, outro negativo. Os fatores positivos compõem um rosário: melhor ensino, fim da baderna nas salas de aula; agressão a professores, nunca mais!; adeus às drogas perto das escolas; aulas de patriotismo e amor à terra em que se vive, enumeram seus defensores. O outro lado contesta: fim da liberdade conquistada com tanto esforço depois do regime militar; diminuição do poder dos professores na sala de aula; ensino ideológico duvidoso e outros mais. Quem tem razão?

RARAS CONTESTAÇÕES

Nesses tempos em que temos uma sociedade dividida, ideologicamente em guerra, não se tem respostas claras sobre o tema. Mas que a maioria apoia a militarização do ensino, disso não se tem dúvida. Nesta quarta, no programa Papo de Redação da Rádio Parecis FM (segunda a sexta, meio dia ás 14 horas), o assunto foi levantado pelos Dinossauros. Foi um recorde de participação dos ouvintes, no programa que é sucesso de audiência. E com um número impressionante de rondonienses, ouvintes  apoiando integralmente a militarização das escolas. Em quase uma centena  de  mensagens recebidas durante o programa (muitas delas não puderam ser lidas, por absolutamente superlotação do tempo), houve apenas uma ou outra opinião divergente. Todas as demais querem a militarização. Não foi uma pesquisa científica, claro, mas apenas um grupo de opiniões convergentes, num tema complexo e passível de discussões apaixonadas.  Não se sabe se esse é o retrato do país, mas se o for, as vozes contrárias às militarização são muito poucas. Até quando esse apoio quase total se manterá, não se sabe...

COITADO DO TRAFICANTE!

Um perigoso traficante rondoniense, preso desde 2007 por participar de uma quadrilha internacional, recebeu o beneplácito da Justiça, para cumprir sua pena em casa. Doente, com problemas cardíacos, ele foi liberado da cadeia, depois de cumprir menos de dez anos, numa condenação determinada pelo hoje famoso juiz Sérgio Moro. O traficante foi para casa, segundo decisão da Justiça, com apoio do Ministério Público, porque corre o risco de morrer por seus graves problemas de saúde, já que o presídio não tem estrutura de atendimento. É uma decisão humanitária, num contexto em que é comum que detentos sejam beneficiados pelas leis brasileiras. Até aí, há que se concordar. O problema é que o tráfico internacional de drogas é um câncer e seus membros, na grande maioria dos casos, são criminosos irrecuperáveis e que, livres, mesmo doentes, podem voltar a comandar ações com seus antigos parceiros. Afora isso, nessa decisão e em todas que beneficiam bandidos, nunca se leva em conta suas vítimas. Mas delas mortas. Pela ação dele, traficante e de seus asseclas. Mas o que se vai fazer? É o Brasil que nos empurraram goela abaixo e que aceitamos sem protestar...

GRANA CIRCULANDO

Tem grana na praça. E muita grana. Algo em torno de 270 milhões de reais. É que o Governo está pagando, nesta sexta, os salários do funcionalismo referente ao mês de Julho. Os aposentados e pensionistas já receberam na semana passada. Os demais poderes também pagaram religiosamente dentro do mês trabalhado. A Assembleia Legislativa o fez na sexta passada. A Prefeitura da Capital está pagando em dia. Rondônia continua sendo uma ilha de segurança, um dos poucos Estados que ainda podem dizer que, graças a um rígido controle de gastos, consegue manter os salários do funcionalismo em dia. São muito poucos os Estados que, como Rondônia, conseguem não só pagar o funcionalismo, como ainda manter todas as suas contas pagas pontualmente. Ou seja, não há qualquer atraso também com os fornecedores. Menos de oito estados da Federação conseguem essa façanha. No Rio de Janeiro, por exemplo, há grupos de servidores que ainda não receberam nada dos seus salários referentes a maio. E a maioria ainda não recebeu o 13º de 2016...

DOMINGÃO DE COMPRAS

O domingo será de festa no centro da Capital. A avenida Sete de Setembro será fechado ao tráfego, durante dez horas, das 8h da manhã até às seis da tarde, entre as avenidas Rogério Weber e Joaquim Nabuco. para mais uma edição do Domingão de Ofertas, uma parceria entre entidades que representam o comércio varejista e a  Prefeitura da Capital. Nesse trecho, haverá muitas atrações para o público, incluindo brinquedos infantis, distribuição de brindes e shows de artistas locais. Nas lojas, haverá várias ofertas especiais em termos de preços, para atrair o consumidor. Quando mais venderem agora, mais rapidamente as lojas começarão a se preparar para a compra dos estoques de final de ano, época, aliás, em que outro Domingão será realizado no centro de Porto Velho. Na última edição do evento, realizado na avenida Jatuarana, na zona sul da Capital, os resultados foram bastante positivos. Os promotores do Domingão de Ofertas estão esperando um grande público para a festa de compras deste final de semana.

HOTELZINHO DE PASSAGEM

A transformação de presídios em casa de passagem e hotéis, no Brasil e também aqui por Rondônia, proporciona cenas bizarras, jamais vistas ou imaginadas em países sérios, onde bandido é bandido e vítima é vítima. Aqui, criminosos com tornozeleira eletrônica saem às ruas praticando novos crimes; os presídios estão cheios de celulares e armas artesanais e as fugas são constantes, sejam nos presídios novos ou nos antigos. Nessa semana, nova ação policial no Ênio Pinheiro, que é um pouco mais que um hotelzinho de descanso para a bandidagem, uma rápida vistoria mostrou um pacote de armas e celulares, tudo a disposição dos apenados. Nessa semana, dois deles saíram para colocar o lixo na rua e quando voltaram, estavam com droga nos bolsos. Tentaram correr e um agente baleou um deles, alegando que foi um tiro acidental. É uma festa. Cadeia mesmo para bandido, graças à legislação criminoso e o beneplácito de parte de membros do Judiciário, é para poucos. Uma vergonha!

NEGATIVA DE AUTORIA

A questão da lista de indicados por políticos, que assumiram funções na Prefeitura e que agora foram exonerados, para cumprimento de decisão judicial, continua repercutindo. Afora os CA (Canalhas Anônimos), que atacaram com ferocidade e covardia várias pessoas indefesas, que estavam trabalhando legitimamente, houve casos em que políticos negam com veemência que tenham indicado quem quer que seja aos cargos municipais. Uma delas é a vereadora Ada Boabaid, que, por uma dessas listas apócrifas, teria vários apaniguados na prefeitura. Ela nega. Diz que jamais indicou uma só pessoa para função pública. Outro é o vereador Aleks Palitot, o mais votado para a Câmara Municipal. Ele emitiu uma nota protestando contra a inclusão de nome de um parente, que teria sido indicado por ele. Palitot não nega o parentesco com a pessoa, mas sim que a tenha indicado, seja para que função fosse. “Não tenho um só indicado no governo municipal”, anunciou o respeitado vereador. Quantas outras informações falsas estão na famigerada lista?

PERGUNTINHA

Com o preço da gasolina lá em cima;  com os juros pornográficos que ainda são praticados; com a paralisia da economia em todo o país, você aí acredita que estamos mesmo prestes a vencer a crise?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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