Sábado, 4 de novembro de 2017 - 18h24
BREVE RESUMO DE COMO SE PERMITIU A
CRIAÇÃO DE UMA ZONA DE GUERRA NO BRASIL
Os médicos que atendem nos hospitais públicos e privados do Rio de Janeiro, fazem treinamento especial para atender feridos de guerra. Apenas nos seis primeiros seis meses desse ano e só nos hospitais da rede estadual, foram atendidos 1.275 pessoas baleadas, muitas delas com tiros de fuzil. Ou seja, sete pessoas por dia, baleadas em confrontos. Existem entre três a cinco mil fuzis nas mãos de bandidos, mas há quem ache que esse número pode ser o dobro. Pelo menos 80 favelas, são inteiramente dominadas por traficantes ou por policiais, que formam milícias e que tratam a população sob o tacão das armas, tanto quanto os bandidos. Até agora, 115 policiais, a maioria atacado em assaltos, embora se suspeite que não seja bem isso, já foram assassinados na “Cidade Maravilhosa”, apenas esse ano. Grande parte da polícia está envolvida com corrupção e aliada ao crime organizado, a tal ponto que as indicações de comandantes de batalhões sejam escolhidos através de acordo entre deputados estaduais e líderes do tráfico. Já existem todas as características para se dizer, claramente, que a mais bela região do Brasil, está vivendo um clima de guerra civil na prática e não mais na teoria, como se comentava até agora. O governo do Estado perdeu o controle sobre o crime e sobre a polícia, segundo o próprio ministro da Justiça, Torquato Jardim, que abriu o jogo sobre a situação caótica da (in)segurança pública, que vive uma das mais importantes cidades do Planeta.
Tudo isso não aconteceu do dia para a noite. Primeiro, foram as leis, modificadas e sempre amenizando seu peso sobre os criminosos, graças à impunidade. Depois, foi a política populista, que tratava os ataques da polícia aos bandidos, como se eles fossem contra a população negra e pobre das favelas. O crime organizado, sem controle algum, começou a se solidificar. Depois, começou um namoro, após noivado até o casamento, entre criminosos com políticos e autoridades. Hoje, tanto na Câmara de Vereadores do Rio como na Assembleia, há eleitos que defendem os criminosos, porque lá chegaram com o apoio deles e com o dinheiro deles. Ao mesmo tempo, a corrupção policial só cresceu e o combate à formação de milícias (policiais/bandidos), se fortaleceu. Com a ausência do Estado, moradores das favelas começaram a bancar milícias. Saíram das mãos de um tipo de criminoso para cair nas mãos de outro, em alguns casos, muito piores. Claro que esse é apenas um resumo de tudo. Há muitos outros fatores que levaram o Rio ao trágico estágio de hoje. O problema mais sério é que o aconteceu lá, começa a acontecer em outras regiões do país. Estamos correndo o risco de sermos governados e mandados por representantes do crime organizado? Ainda não. Mas nesse ritmo, poderemos sim chegar lá!
O CASO DAS CONTAS DE 2013
No Governo, houve chiadeira contra afirmação de que o Tribunal de Contas teria reprovado as contas de 2013 de Confúcio Moura, coisa que não aconteceu. O que houve (e o texto da OPINIÃO DE PRIMEIRA que tratou do assunto, nessa semana, foi bem claro!), refere-se apenas a uma análise técnica prévia, que ainda percorrerá muitos caminhos, antes de ser votada no Pleno do TCE e encaminhada à Assembleia Legislativa. Quem leu só o título da coluna, ficou mal informado, porque no texto, com detalhes, se explicou que sequer o Governo foi chamado para dar suas explicações. Pareceres técnicos iniciais também reprovaram as contas de 2011 e 2012, mas depois, dados todos os esclarecimentos necessários a cada um dos questionamentos, ambas foram aprovadas. É bom repetir: nos últimos anos, o TCE rejeitou apenas as contas de um governador, as de Valdir Raupp, no último ano da sua administração, mas depois, na Assembleia, elas foram aprovadas.
NÃO HÁ FAYR PLAY NA POLÍTICA
O jogo começa a endurecer. Nada de amiguinho nem fair play. O andamento da busca de espaço político para a disputa de 2018, já tem chute na canela, voadora, dedo nos olhos e até, aqui e ali, um chute abaixo da linha da cintura. Mesmo ainda longe das definições de nomes, tanto para o Governo quanto para os postulantes ao Congresso e à Assembleia, não há moleza, a não ser nos discursos públicos. Na briga pela sucessão de Confúcio Moura e para o Senado, principalmente, já estão sendo usadas armas que não se pode chamar de letais, mas que, ao menos, deixam os adversários quase fora de combate. O próprio Governador, embora continue dizendo publicamente que não será candidato, embora poucos acreditem que ele fala com a convicção do irreversível, anda sendo alvo de maldades, uma depois da outra, que não esperava, ao menos tanto tempo antes do pleito. Mesmo tarimbado, Confúcio acabou sendo surpreendido por ações contra ele e sua administração, vindas não só de adversários, mas também pelos lados do chamado “fogo amigo”. Se ele decidir concorrer, então, é que o pau vai cantar. Que conhece os meandros da política, sabe muito bem o que se está falando!
SÃO TRÊS, MAS PODEM SER CINCO
Os grupos políticos estão postados, para a sucessão estadual. Há três, claramente situados, afora, é claro, alguns pequenos, alguns candidatos de nanicos, que tentam criar factoides. Mas, na disputa mesmo, para 2018, há o trio de possibilidades. O que primeiro se formou, desde há pelo menos dois anos e meio, foi o do senador Acir Gurgacz, do PDT, que será candidato ao governo nem que a vaca tussa ou se ocorrer algum daqueles imprevistos fora de qualquer plano. O outro, é representado pela turma do presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, do PMDB, que também só estará fora da disputa por algum evento completamente fora do script. A terceira via é do grupo liderado pelo senador e ex governador Ivo Cassol, do PP, que tem surgido, ao menos nas pesquisas informais realizadas em todo o Estado, como fortíssimo, para voltar ao Palácio do Governo. Há ainda a turma tucana, liderada por Expedito Junior e Mariana Carvalho, mas é muito provável que o PSDB se alie a algum dos grupos já formados, para a corrida de 2018. Daniel Pereira e o PSB seriam uma quinta via?
Dificilmente. Daniel é competente, ensina como um vice deve trabalhar, mas não tem estrutura partidária para enfrentar uma campanha pesada. Por enquanto, a tendência dele e da sua turma é se aliarem a Gurgacz. O enredo está sendo escrito. Vamos ver no que vai dar essa novela que recém está começando.
SAÍDAS PARA MATAR
É a mesma história, repetindo-se todos os dias , em cada recanto do Brasil jogado às mãos do crime. Nessa semana, assassinato ocorrido em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, escancarou novamente a vergonha exposta pela legislação que protege bandidos, dando a eles todos os direitos, mas, indiretamente, sentenciando à morte as suas vítimas. Mais um desses presidiários que dão “uma saidinha” da cadeia, em datas especiais, claro que não voltou e, foragido, caiu no crime no dia seguinte. Dias depois, usou um aplicativo para se fingir de membro de grupo de carona, para enganar uma jovem, assalta-la e mata-la cruelmente, dessa vez com ajuda de outros dois capangas. Fica-se ouvindo discursos e protestos, mas logo em seguida se sabe de notícia semelhante em outra região do país e, é claro, nossas autoridades fazem de conta que não têm nada ver com isso. Não se poderia esperar nada mais mesmo num país em que bandido tem mais direitos que suas vítimas e em que uma assassina cruel, Suzane Von Richthoffen, que ajudou a matar pai e mãe, é beneficiada com saídas da cadeia para comemorar o Dia das Mães e no Dia dos Pais. Seria cômico, não fosse trágico!
CAMINHO DO MERECIMENTO
Hoje tem mais uma prova nacional do Enem. Em Rondônia, serão perto de 80 mil estudantes, buscando espaço para o futuro. Haverá intensa fiscalização, mobilização de várias forças policiais; muitos cuidados para que não hajam os tradicionais golpistas agindo e a certeza, para os estudantes que dão duro e sonham com o ensino universitário, que esse é o verdadeiro caminho para se tornarem profissionais dignos. Tem mesmo que se tirar o chapéu para essa massa de jovens que lutam diuturnamente por uma vida melhor. A maioria não se preocupa com cotas, nem golpes, nem corrupção, nem malandragem. São esses que passam noites estudando, mesmo depois de um duro dia de trabalho. Muitos são injustiçados, porque a política que tomou conta de tudo no país e, claro, na educação principalmente, podem lhes tirar o direito, mesmo com notas boas, dando espaço para quem não conseguiu por méritos, mas apenas por fazer parte de alguma minoria. Mesmo assim, o Enem merece elogios, por dar oportunidade a milhões de estudantes brasileiros terem acesso a um ensino superior qualificado. Com exceção das mazelas inventadas pelos idiotas que querem impor ideologias em tudo, o Enem é sim um meio positivo para a maioria dedicada e esforçada chegar onde merece.
MARAVILHAS DA REDAÇÃO
Um pouco de humor não faz mal a ninguém. Sobre a prova de Redação de Enem, que acontece exatamente neste domingo, o passado apresentou verdadeiras pérolas de criatividade e ignorância. Aqui vão algumas:
- ““As moléculas de água quando congelam viram Duréculas” . E quando vaporizam viram vaporéculas…”
- “Apóstrofes são os 12 homenzinhos que comeram com Jesus e que Michelangelo bateu a foto” .
- “O meio de transporte mais utilizado no deserto da Arábia é o tapete”, disse o Aladim”.
-“Cada vez mais as pessoas querem conhecer sua família através da árvore ginecológica”.
- “A pérola é a fecundação do esprematozoide de uma concha, com uma pedra… de acordo com o tamanho da pedra fica o tamanha da pérola”.
- Os animais foram salvados do dilúvio graças à “Arca de Noel” – Grande Papai Noel!”
PERGUNTINHA
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