Quinta-feira, 9 de abril de 2015 - 20h49
RESPIRANDO UM POUCO DE PAZ,
ANTES DAS PRÓXIMAS BATALHAS
A decisão que acata, por liminar, pedido dos advogados do governador Confúcio Moura e do seu vice, Daniel Pereira, para que fiquem no comando do Estado até o julgamento do último recurso, já era esperada. A verdade é que, como a questão é complexa e tem opiniões divididas até no TRE ( na votação em que a dupla foi cassada, o resultado foi 4x3, incluindo-se aí o voto de Minerva do presidente, desembargador Péricles Moreira Chaves), a decisão do ministro do TSE, embora monocrático, foi eivada de bom senso. Não se quer que a Justiça deixe de ser feita. Pelo contrário. Quando a decisão final for anunciada, que se a cumpra integralmente. Se ela for pela cassação de Confúcio e Daniel, que ambos sejam retirados do poder e cumpram as penas que tenham que cumprir. Mas na cabeça do ministro João Otávio de Noronha (foto), caso os dois fossem afastados agora e, lá na frente, absolvidos, os danos aos direitos deles e, ao mesmo tempo, ao Estado, poderiam ser irreversíveis. Perderia a dupla do governo, mas também perderia Rondônia, até que se definisse se Expedito Júnior seria ou não empossado ou se haveria nova eleição ou, enfim, o que aconteceria...A insegurança institucional poderia causar danos irreparáveis.
Não se pode também negar aos aliados de Expedito Júnior, o direito de evocar e correr atrás de todos os recursos possíveis, em defesa dos seus interesses. Com alguns dos advogados mais renomados na área da Justiça Eleitoral ao seu lado, Expedito tem a obrigação, até em respeito aos milhares e milhares de votos que recebeu na última eleição, de lutar pelo que acha correto. Mas, vista sem paixão ou partidarismo, a decisão do TSE deu um pouco de tranquilidade à Rondônia, nesse momento conturbado. Ao menos pode-se respirar um pouco de paz, antes de novas batalhas judiciais que vêm por aí!
UM POUCO DE ORDEM
Dentro do mesmo assunto, é importante destacar que, ao menos nesse espaço, não há torcida por ninguém, a não ser que a Justiça prevaleça. Mas também não há como ignorar que a liminar acatada pelo ministro Noronha, colocou um pouco de ordem na confusão que se criara no Estado; na insegurança que se sentia no ar e na boataria sem fim, ora beneficiando um lado, ora beneficiando outro. Esperemos pois, porque, cedo ou tarde, a Justiça vai ser feita. E aproveitemos esse momento de paz para trabalhar e tocar nossa terra para a frente.
OS BASTIDORES CONTAM...
Os bastidores são terríveis, principalmente quando começa a se ouvir neles, com grande insistência, que a comandante de um dos mais importantes setores do governo estaria na corda bamba. Ouve-se que Confúcio Moura estaria arrependido de ter trazido para sua equipe principal, alguém que está criando confusão e cizânia dentro do próprio governo. Sobre o "fogo amigo", aliás, ele escreveu em seu Blog, dias atrás. Como é área nevrálgica, as queixas estariam chegando ao chefe de várias fontes. Não é nada oficial ainda, mas como as conversas só aumentam, em breve se poderá saber que há algum fundo de verdade ou não.
MISSÃO PRIORITÁRIA
Em nome dos direitos humanos dos presos, órgãos que compõem o Conselho de Justiça em Rondônia (Defensoria Pública do Estado , Ministério Público Federal, Ministério Público Estado e a OAB-Rondônia), exigem tratamento "humano" aos presos nas delegacias. Não se reuniram para exigir do Estado mais segurança para as famílias de bem, porque o encontro teve apenas a missão de tratar sobre a forma como a imprensa tem feito a cobertura de prisões de suspeitos. Nenhuma palavra sobre a ausência do policiamento nas ruas; da total falta de segurança a que o cidadão comum está submetido; da absurda impunidade. A meta essencial foi tratar dos direitos dos criminosos.
FUMACÊ
Domingo é dia de Fumacê em alguns presídios do Estado. Um antigo servidor contou a amigos, dias atrás, que durante os encontros amorosos a que os presos têm direito, o consumo de maconha é inacreditável. Este servidor teria, inclusive, sugerido a uma das lideranças dos "direitos dos manos" que fossem até um dos presídios para assistir pessoalmente à festa do Fumacê. Claro que o convite, ao menos até agora, não foi aceito. E ai de quem vá lá tentar avisar que ali é uma cadeia e que droga não pode ser consumida. É capaz de ser taxado de torturador!
OMISSÃO NA VIDA REAL
Tem gente que grita, protesta, vai às redes sociais só para xingar. Mas, na hora de participar, de se envolver; dar sua opinião ao ser chamado para discutir temas relevantes à comunidade, daí...zero. Prova disso é a questão da Rodoviária de Porto Velho, que tem sido mote de duríssimas críticas. Nesta semana, a Câmara de Vereadores realizou audiência pública para discutir o assunto, inclusive sobre uma possível nova localização do prédio. Participação do povo? Zero. Mas depois, seja qual a decisão, os que se omitiram vão correr às redes sociais para desopilar suas críticas duras. Não é lamentável?
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