Sábado, 13 de abril de 2013 - 11h10
NEM PARECIA O GRANDE JOAQUIM BARBOSA!
Num país onde as autoridades, no geral, vivem sob críticas e ceticismo do povão, eis que surgiu a figura exemplar e corajosa de Joaquim Barbosa. Deu um show de respeito ao país e de destemor, no julgamento do Mensalão. Encheu o brasileiro de esperanças. Mas.. Nessa semana, ao invés de impor sua autoridade pelos argumentos irrefutáveis, por seus atos exemplares, o presidente do Supremo pareceu estar jogando para a torcida. E gostando da fama e dos holofotes. É complicado para um homem simples, tímido até, com uma carreira de lutas e conquistas, sempre com enorme dificuldade, chegar onde chegou e, agora, andar na rua e ser tratado quase como um semideus, pelas pessoas comuns, que o idolatram. Claro que se entende isso, até porque esse amor dos brasileiros por ele tem razão de ser. Mas - e deve-se sublinhar o mas...- nem sempre ele é o dono da verdade; nem sempre acerta; nem deve ter a ilusão de que viverá sob aplausos do povão para o resto da vida. Pode continuar sua vitoriosa jornada, sem precisar de cenas como as que usou para humilhar publicamente um grupo de magistrados, que foi a ele discutir a criação de novas varas federais.
O que foi dito na ocasião, na essência, é irrefutável. Mas porque a humilhação pública? Pareceu que o ministro perdeu um pouco da sua generosidade e abusou do seu grande poder. Chamar a imprensa para divulgar as palavras agressivas a colegas, embora de instâncias inferiores, não foi o momento mais feliz da carreira do presidente do STF. Ele tem, é claro, uma Amazônia de coisas positivas a computar. Mas, na vida pública, até um Joaquim Barbosa não pode usar de soberba. O povão que o ama pode nem saber o que é essa palavra, mas sabe muito bem que humilhar quem quer que seja, é mau sinal. Se espera que tenha sido só um fato isolado...
ESCANCAROU
O episódio Roberto Sobrinho expôs de vez o relacionamento entre o desembargador Walter Waltenberg e o procurador geral do MP, Héverton Aguiar. Com a prisão num dia e a soltura no outro de Sobrinho e de Mário Sérgio, ex-diretor da Emdur, o conflito saiu dos bastidores e foi escancarado para o público. O procurador geral deu dura entrevista coletiva contra o desembargador e o cenário é, ao menos no que aflorou, de mais confronto. Vamos esperar os novos rumos do caso.
MAIS PRESSÃO
Há ainda muita coisa a ser explicada sobre a administração anterior. Mas, desde que foi afastado do cargo, Roberto Sobrinho tem sido alvo de intensas investigações, tanto por parte do Ministério Público estadual quanto pelo MP Federal. E, quatro meses e meio depois, a Justiça aceitou apenas um pedido de prisão contra ele, cassado menos de 36 horas depois. A pressão continua e não se sabe se novos pedidos de preventiva contra ele e seu ex-assessor Mário Sérgio serão ou não acatados na Justiça.
Sobrinho, ao falar depois da sua libertação, se disse perseguido, negou irregularidades e que foi ele quem denunciou, quando descobriu os problemas na Emdur. A verdade é que o MP (tanto o estadual quanto o federal), está dando duro em cima do ex-prefeito. Certamente as provas ou foram ou estão sendo encaminhadas à Justiça. Até agora, contudo, Sobrinho aparece como chefe de quadrilha nas declarações dos acusadores. Todas as denúncias serão aceitas pela Justiça?
NOME DE RESPEITO
Porque não? Depois de várias tentativas que não deram certo, no comando da Secel, surge, do Rádio Farol, um dos mais tradicionais grupos folclóricos do Estado, a sugestão do nome da professora Nazaré Silva, para comandar a Secretaria. Nazaré atua há mais de 30 anos na cultura e no esporte, é concursada e se tornou uma unanimidade entre a classe cultural de Rondônia, pelo trabalho desenvolvido em todo interior. Tudo isso fez surgir um movimento da área cultural em prol do nome dela para assumir a pasta, segundo o comando da Rádio Farol. O recado já chegou ao governador Confúcio Moura.
PRIVACIDADE ZERO
Impressionante, Brasil afora e também nessas bandas de Rondon, o que conversas particulares, sejam telefônicas, sejam na internet, coisas privadas, têm se tornado públicas, como se não houvesse leis para proteger o sigilo e a privacidade pessoais, neste país. Tornam-se públicos diálogos que, dependendo de como são apresentados, podem parecer ou não alguma coisa suspeita. É um veneno que hoje atinge alguns, amanhã atingirá outros. O risco disso é iminente, já que a situação está descontrolada e as autoridades que deveriam tomar providências, fazem de conta que não é com elas.
GUERRA ANTIGA
A briga do agora senador Cassol com a direção do Sintero não terminou com o final do governo dele. Os confrontos continuam. Cassol agora denuncia que o comando do sindicato dos professores se aliou ao governo Confúcio Moura em prejuízo da categoria. Os dirigentes do Sintero, que na administração anterior eram duríssimos com o Palácio Presidente Vargas e hoje são aliados, correram a publicar nota contra o ex-governador. No meio de tudo isso, estão os professores, que Cassol defende, como categoria e que não entram na briga política. Esperam só serem valorizados e receberam o que realmente merecem...
PERGUNTINHA
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