Sábado, 5 de setembro de 2015 - 21h08
NO DIA DA AMAZÔNIA,
MAIS UMA TRISTE NOTÍCIA DE DESTRUIÇÃO
Neste sábado, Dia da Amazônia, quando deveríamos estar falando em progressos na questão ambiental, a notícia que chegou é das piores possíveis. Só numa área que começa numa área de Machadinho do Oeste, em Rondônia e vai até Manicoré, no vizinho Amazonas, grupos de invasores destruíram mais de 600 quilômetros de floresta, para construir estradas que levam à mineração ilegal de ouro e à exploração também completamente fora da lei de madeira, a maioria nobre, de toda essa região gigantesca. A continuar nesse ritmo, apenas essa quadrilha enorme de criminosos terá destruído, até 2016, uma área de floresta, entre essa área desde o nosso território até o sul amazonense, maior que todo o Estado do Acre. A exploração ilegal de madeira chegou a tal ponto que quadrilhas especializadas estão negociando todos os tipos de produção da floresta, usando serrarias ilegais e “esquentando” documentos para transporte das toras, muitas vezes com subornos pagos a servidores públicos. Esses mesmos, que deveriam cuidar da preservação ambiental. Ao mesmo tempo, outros grupos, explorando ilegalmente garimpos de ouro, também ajudam a destruir a vasta área. Há mais: só entra nesses locais, vigiados por grupos fortemente armados, quem eles autorizam. Senão, quem se mete é recebido à bala.
Donos de fazendas e de pequenas propriedades, que usam a terra para a produção agrícola e até sua sobrevivência, não sabem mais a quem recorrer. O Ministério Público Federal poderia exigir que a Força Nacional de Segurança entre com tudo no assunto e vá atrás dos bandidos. O roubo de madeira e a destruição de mananciais de água, na região do Baixo Madeira, com o garimpo ilegal de ouro, são crimes contra todo o Brasil. No dia da Amazônia, protestemos contra mais essa tragédia contra a nossa floresta. Lamentável!
DESTRUINDO A HISTÓRIA
Há ainda outra questão importante acontecendo nesta região onde a bandidagem se apossou para roubar e destruir. Máquinas potentes (como chegam lá? Ninguém vê a destruição? Ninguém vê as estradas sendo abertas ilegalmente, à base da derrubada de milhares de árvores?): o fim de importantes sítios arqueológicos. Entre Humaiitá e Manicoré, os pesados equipamentos usados na destruição de árvores e no garimpo arrasam com parte da nossa história. Em pelo menos cinco áreas indígenas, sepulturas são abertas pelas máquinas, que passam por cima de tudo. Ué, mas isso ninguém investiga e nem protesta? Onde estão as autoridades e as milhares de ONGs estrangeiras que dizem proteger nossa riqueza natural e nossos índios?
RIO AMEAÇADO
Por falar em garimpo ilegal, é sempre bom lembrar que ele continua livre, leve e solto no rio Madeira, inclusive sendo realizado em área totalmente proibida, perto do centro de Porto Velho. Dezenas de dragas (algumas enormes) e balsas estão na área, ficando encostadas nas margens durante o dia e trabalhando arduamente à noite, à busca de ouro que, na verdade, ainda é abundante no leito do rio. Jogando mercúrio in natura para separar o ouro da areia e da água, os garimpeiros estão ajudando, de novo, a destruir nosso maior rio e trazendo riscos para a saúde dos porto velhenses. Não há qualquer fiscalização.
NERVOS À FLOR DA PELE
Nesta segunda, a partir das sete da noite, tem o grandes desfile cívico de Sete de Setembro, na Capital. Militares e estudantes vão sair às ruas para comemorar os 193 anos da Independência. Como nos últimos anos, o desfile será à noite, porque durante o dia ninguém suportaria o calor que os termômetros estão marcando. O desfile será na avenida Migrantes (e não Imigrantes, como muitos erradamente chamam), entre Jorge Teixeira e Rio Madeira. Com o povão com os nervos à flor da pele, é bom que os políticos presentes se preparem para ouvir vais e manifestações...
DIÁRIAS ILEGAIS
O Ministério Público Federal descobriu mais um rolo. Dessa vez, no Tribunal Regional do Trabalho, que atende Rondônia e Acre. A ex presidente Rosa Maria Silva e quatro servidores estão sendo processados a devolver diárias que receberam sem jamais terem viajado. A ex presidente é ré no processo porque sabia da trama e nada fez para impedi-la, segundo a denúncia do MPF. Os acusados vão responder por improbidade administrativa e terão que devolver o dinheiro, corrigido. É mais um entre tantos rolos de corrupção envolvendo órgãos públicos. Uma vergonha!
DEDO NA REPRESA
A situação financeira das Prefeituras, no geral, é lastimável. Dá para se contar nos dedos as que estão com suas finanças em dia e com dinheiro em caixa. Em Rondônia, a crise já chegou com tudo, em algumas localidades. Rolim de Moura é uma delas. Dívidas de mais de 30 milhões de reais estão emperrando o andamento da administração do novo prefeito Luizão do Trento. Ele cortou o próprio salário e dos comissionados, mas é como colocar o dedão para segurar o furo de uma represa. Se não entrar grana nos cofres do município, a coisa pode explodir. A situação é caótica.
PERGUNTINHA
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