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Sergio Pires

NUMA CANETADA, CÂMARA DA CAPITAL DEMITE 300 SERVIDORES


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NUMA CANETADA,
CÂMARA DA CAPITAL
DEMITE 300 SERVIDORES

Foi um choque. Numa só canetada, o presidente da Câmara de Porto Velho, Jurandir Bengala, teve que praticar um ato que todo o político odeia: demitir funcionários. E não foi uma meia dúzia. Em pleno auge da crise econômica, onde o desemprego é o grande fantasma, mais de 330 pessoas perderam seus empregos, todos ocupantes de cargos comissionados. Desse total, num realinhamento que será feito, alguns podem voltar. Mas a grande maioria receberá duas coisas: uma indenização e um pontapé no traseiro (obviamente  no sentido figurado). A situação na Câmara já vinha se arrastando desde final do ano passado, quando o Poder começou a ser cobrado pelo número exagerado de servidores e, ainda, por ter ultrapassado (e muito), os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. As coisas atingiram a um ponto que  Bengala não teve saída. Segurou o quanto deu, mas chegou num momento em que ou determinava as demissões ou passaria a ser alvo das autoridades do  Ministério Público e do Tribunal de Contas.

O clima na Câmara ficou tenso. O vereador Macário Barros, vice presidente da Mesa Diretora, por exemplo, protestou com veemência contra as demissões. Como não foi atendido, renunciou ao posto. Macário quer que os vereadores cortem na própria carne e não tirem dos servidores o pouco que recebem. Mas tem sido voz isolada. Para piorar a situação, ainda, mais uma: recentemente os nobres edis receberam, cada um, cerca de 40 mil reais, por decisão judicial. É um diferença salarial  que tinham direito, segundo a Justiça. Num momento em que os vereadores, que ganham salários de 12 mil reais, ainda são brindados com um presente de final de ano deste porte (nessa crise, 40 mil é muita grana), acontece a demissão em massa. Resumindo: como sempre, bomba explode no colo dos pequenas. Lamentável!

EXPLOSÃO BANCÁRIA

Para economizar alguns trocados, os banqueiros deixam a segurança das agências à deriva ou por conta do contribuinte, ou seja, da Polícia Militar. Preferem ver prédios destruídos por bandidos, que atacam caixas eletrônicos sem parar, usando dinamite, do que manter um sistema de vigilância decente. Por isso, a lei deveria ser mudada, impondo pesadas multas e pagamento de indenização por bancos que, por estarem desprotegidos, permitem esses roubos explosivos (com o perdão do trocadilho) e que colocam em risco a vida das pessoas, que vivem nas proximidades.

“POBRES” BANQUEIROS”!

Nesta semana, pela enésima vez, o Banco do Brasil  da Jatuarana, na Capital, foi atacada pelos criminosos. O uso exagerado de dinamite quase pôs o prédio abaixo. Como paga seguros milionários, ao invés de contratar segurança, os bancos estão se lixando para o que acontece à sua volta. Não está na hora de serem considerados co responsáveis pelos danos causados em suas agências sempre abandonadas à noite? Os ``pobres´´  banqueiros não têm dinheiro para investir na segurança do seu patrimônio? Está na hora desses vampiros manter segura a comunidade do seu entorno.

O DRAMA DE GABRIEL

Por um engano, trocamos o nome de mais uma vítima do Tribunal de Contas da União e do INSS. O anencéfalo de quem a previdência cortou o benefício e ainda exige devolução de 50 mil reais é Gabriel e não Daniel.  A família já entrou na Justiça, pedindo a volta da pensão e do não pagamento exigido. O fim dos dois absurdos, contra uma pessoa que nasceu com grave deficiência, está agora nas mãos de quem pode corrigir esse atentado a uma família paupérrima e ao próprio doente. Certamente o Poder Judiciário vai rever o caso. Pena que não possa mandar prender ninguém, entre os que cometeram esse ato ignominioso contra um deficiente.

ILUMINAÇÃO CARA

Lá vem problema de novo! No ano passado, causou o maior reboliço a decoração de Natal em Porto Velho. Feita com  pneus, ficou pobre e de gosto duvidoso, o que causou protestos. Agora, a situação pode se repetir, mas por outro motivo. A Funcultural anuncia para as festas de 2015, um custo próximo a 2 milhões e 400 mil reais.  Saímos da pobreza extrema para um gasto exagerado, ainda mais em tempos de crises e grandes dificuldades para todos. Neste quesito, a Prefeitura ainda não acertou a mão. Saiu de um extremo e foi para o outro, quando o bom senso sempre indica que o melhor caminho é o do meio...

MICO DOS PREPOTENTES

Prepotência e desrespeito com o contribuinte, no caso em que a  Receita Federal foi obrigada a engolir as bobagens que falava sobre o pagamento do FGTS das empregadas domésticas. Tinha sido colocado na internet um sistema que não funcionava, para impressão do documento a ser pago. Ao invés de reconhecer que fez uma porcaria, pedir desculpas e corrigir, A Receita saiu à mídia dizendo que se o contribuinte que não pagasse, seria multado. Felizmente alguém de bom senso tirou os prepotentes da jogada e o assunto foi resolvido. Se eles tivessem um pingo de humildade, não teriam pago esse mico desnecessário.

PERGUNTINHA

Aliado da Presidente Dilma,  o senador rondoniense Acir Gurgacz será o relator das contas dela. Um amigo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o deputado Fausto Pinato, vai ser relator do processo de cassação dele. Precisa perguntar alguma coisa sobre os resultados dos dois relatórios?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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