Domingo, 15 de março de 2015 - 19h30
AS "ZELITES" FORAM ÀS RUAS PARA MUDAR O NOSSO BRASIL!
As "zelites" deram um show. Os "coxinhas" mostraram que sabem exigir, protestar e pedir mudanças. exigir o fim da incompetência ou do domínio da ideologia sobre os maiores interesses do país. Trocou-se as bandeiras vermelhas. As "zelites" e "coxinhas", inundaram as ruas das nossas principais cidades, incluindo 24 capitais, de cores da nossa bandeira, a bandeira de todos os brasileiros. Não houve pagamento, ao contrário das passeatas de apoio ao governo, na sexta, que levaram pouco mais de 10 mil pessoas às passeatas de São Paulo. As mesmas ruas, que ontem receberam muito mais que 1 milhão de pessoas, apaixonadas pelo Brasil; que querem mudá-lo, que querem melhorá-lo, que não querem vê-lo tal qual uma Venezuela; que não aceitam que um beócio como João Pedro Stédile ande por países vizinhos, falando em nome do nosso povo. Foi um show. Foi um espetáculo de democracia. No país todo e em Rondônia também. Em São Paulo, praticamente 10% da população foi para as ruas. Em Porto Velho, fala-se num público de 10 mil. Mas em algumas cidades do interior do Brasil, os protestos chegaram a mobilizar até 30% de todos os habitantes. Uma coisa inacreditável!
O governo tem que se mexer. Não há como ignorar quando milhões de cidadãos vão às ruas, pacificamente, mas falando grosso, querendo mudanças, querendo uma reação para melhorar suas vidas e seu país. O governo da presidente Dilma, por qualquer régua que se use para medir a mobilização, terá que fazer alguma coisa para mudar. Quem sabe anunciar, de imediato, o corte de nove ou dez ministérios? Ou o congelamento do preço da gasolina e da energia elétrica? Ou um esforço concentrado para concluir as centenas de obras paradas? Não se sabe o que dona Dilma vai fazer.Mas se ela não mudar, já, seu governo corre sério risco de não terminar.
RONDÔNIA JUNTO
Porto Vellho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e várias outras cidades rondonienses se mobilizaram, também, no domingo histórico. Poucos políticos foram para as ruas. Os que foram, o foram como cidadãos do que como políticos, porque o movimento não tinha partidarismo ou eventuais lideranças ou pseudo lideranças. O movimento emanou do povo e foi realizado pelo povo. Por isso, tem muito mais valor. Assim, os rondonienses também devem festejar a lição de patriotismo que ajudaram a dar ao país.
NÃO ENTENDEU O RECADO!
Logo depois das cobranças nas ruas, o governo reagiu. Dois ministros deram entrevista, falando que serão tomadas medidas mais duras contra a corrupção e por uma reforma política drástica. Avisou, por exemplo, o fim da doação de empresas privadas às campanhas. O PT quer que o povo pague, via impostos, as campanhas eleitorais. Uma grande parte dos brasileiros não aceita isso. E o povo pediu muito mais. E as questões econômicas? E o fato do governo ser dominado pela ideólogos petistas? E o enxugamento da obesidade mórbida do governo? O recado das ruas não foi bem compreendido..
CORRUPTOS NA MÍDIA
A corrupção não é só do lado de governistas e petistas. Parte da "nata" do empresariado também está envolvida até o pescoço em falcatruas. Como no caso do HSBC, onde 22 empresários e pelo menos sete do ramo jornalístico (alguns comandando veículos de imprensa que sentam o ferro no PT e no governo por causa da corrupção), também tinham dinheiro ilegal no exterior. Ou seja, "faça o que digo, mas não faça o que eu faço". O bom dessa história é que um criminoso está entregando o outro. Quem sabe consigamos fazer uma depuração nesse Brasil de tanta roubalheira?
ESCOLHIDO PELA MAIORIA
Sobre as passeatas, os protestos, milhões nas ruas, é sempre bom lembrar: os brasileiros tiveram a chance de mudar seu país, pela vida democrática, há pouco mais de quatro meses. Muitos dos que foram às ruas, neste domingo, certamente deveriam ir para suas casas, se olhar no espelho e se perguntar: "o que eu fiz?" Porque a crise parece ser contra um governo impopular e sem base democrática. Nada disso. O eleitor foi quem decidiu. Então não dá para aceitar que a culpa é só dos outros. Foi o eleitor, via maioria, quem escolheu o governo que aí está!
SÓ TEMEM O POVO
O que vai acontecer daqui para a frente? No discurso, vão surgir algumas medidas. Na vida real, a rota de colisão entre governo e Congresso, por exemplo, continuará crescendo, a menos que a Presidente ceda às pressões das lideranças políticas e dê tudo o que se lhe está sendo pedido. Se não o fizer, pode entrar no terreno da ingovernabilidade. Se o fizer, fica, como ficaram vários Presidentes (veja-se o caso Collor), refém do parlamento. Não será fácil a vida de dona Dilma nos próximos meses. Se não tiver apoio das ruas, ficará sem a blindagem necessária para governar, porque os políticos só têm medo do povo...
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