Terça-feira, 12 de julho de 2016 - 20h23
O LAMENTO DO RAUPP,
A DESINFORMAÇÃO E AS SENTENÇAS
O senador Valdir Raupp, uma das principais personalidades políticas não só de Rondônia, mas também do Congresso, está completando 35 anos de vida pública. Segundo ele, “com ficha totalmente limpa”, apesar de muitas denúncias e comentários na mídia de que ele teria cometido ilegalidades. Se o fez, ainda está por ser esclarecido, porque até hoje jamais foi condenado em nenhum dos casos conhecidos do público. Falando essa semana no programa Papo de Redação, com os Dinossauros da Comunicação (Rádio Parecis FM, de segunda a sexta, meio dia), Raupp repetiu sobre o fato de ter uma história de realizações no Estado e que, em toda a sua carreira, jamais teve qualquer restrição, nas oito vezes em que disputou eleições. Avisa que vai disputá-las novamente em 2018, quando tentará mais um mandato ao Senado. No encontro com os jornalistas da Parecis FM, ele lamentou, contudo, notícias falsas e a falta de informação de muita gente. Citou como exemplo um eleitor que o xingou por não ter comparecido à votação em que foi decidido o afastamento da Presidente Dilma. Só que a votação era na Câmara Federal e a do Senado seria apenas 20 dias depois...
O que está acontecendo com Raupp, acontece com muitos políticos rondonienses e brasileiros. Por vezes há fofocas de roubalheiras e condenações que nunca aconteceram. Outras, o político é condenado em primeira instância, com o assunto sendo destaque na mídia. Depois, quando é absolvido em instâncias superiores, nada de notícias. Fica valendo então, para a memória de muita gente, a primeira informação. Parte do Ministério Público e da Justiça, se aplicasse com tanta virulência suas denúncias e penas aos bandidos comuns como o aplicam aos políticos, certamente a violência no nosso país teria caído muito. Político ladrão tem que ser preso, é claro! Mas tem que ter direito à defesa e ao contraditório. São dois pesos e duas medidas. Tanto na mídia quanto nas sentenças. Isso é correto?
O ESTOPIM QUEIMA...
Vem mais coisa por aí. Nos bastidores, ouve-se com insistência comentários de que uma nova operação policial, solicitada pelo alto comando do governo, estaria para estourar em Rondônia. Daquelas de mexer com as estruturas. Obviamente que ninguém aceita sequer falar sobre o assunto. Mas que há fumaça por trás desse pequeno (ainda!) fogo, há sim.O estopim está queimando e pode chegar ao barril a qualquer momento. Entre os alvos estaria uma área do governo em que a corrupção teria sido detectada há muito tempo. Quando houver a limpeza na área, o ambiente ficará muito mais limpo e respirável. Entenderam ou querem que o colunista desenhe?
PARA LULA, NOVOS TEMPOS...
O ex presidente Lula ficou constrangido, na semana passada, ao participar de um jantar promovido pelo senador Requião. Dos 22 senadores convidados para o evento, apenas cinco participaram. Um deles, de Rondônia: o pedetista Acir Gurgacz. Em outras épocas, um evento com Lula seria tão concorrido que não teria espaço na casa (mesmo na mansão de um senador), para abrigar tanta gente. Dessa vez, quase ninguém foi. Isso que os aliados (Gleici Hoffman e o chato Lindemberg Farias, entre outros), não foram convidados porque não seriam bem vistos pelos outros, que os detestam. Lula acabou falando para pouca gente, denunciou novamente o “golpe” e pediu que o impeachment de Dilma Rousseff seja derrotado. Os senador ouviram e não se comprometeram com nada...
NO FIO DA NAVALHA
Acir Gurgacz tem se colocado no fio da navalha e, pelo menos até agora, tem se saído bem. Continua convivendo com seus antigos aliados do PT, mas, ao mesmo tempo, não deixa de apoiar o governo interino de Michel Temer naquilo que considera importante para o país e para Rondônia. Não é uma posição fácil. No caso do afastamento da Presidente Dilma, Gurgacz (junto com Ivo Cassol e Waldir Raupp), votou contra a ex Presidente. Vai votar novamente pelo impeachment, em setembro. Mas, ao mesmo tempo, tem demonstrado gratidão pelo apoio que teve, quando os petistas eram governo. Não é coisa fácil esse desenho complexo da política nacional. Por enquanto Acir tem se saído bem.
APARECEM OS VICES
Começam as composições das chapas para a disputa da Prefeitura de Porto Velho. O PRB, liderado por Lindomar Garçon, pode indicar o vice de Williames Pimentel. Quem sabe o próprio Garçon, já que o partido não tem outras grandes lideranças? O assunto está sendo discutido nos bastidores, entre os dois partidos. Já em relação ao petebisa Léo Moraes, também pré candidato, o nome até agora mais cotado para ser o seu vice é o do conhecido médico Amado Rahhall, do PP. Os dois partidos vão caminhar juntos para a disputa e a dupla até andou tirando várias fotos juntos, ao lado de personalidades como Roberto Jefferson e Nilton Capixaba, os principais nomes do PTB em nível nacional e estadual. Mauro Nazif ainda não fechou acordo para o vice, assim como Ribamar Araújo.
AO LADO DO CONSUMIDOR
Proposta do deputado federal Lúcio Mosquini (que, aliás, está tendo atuação muito destacada na Câmara Federal), se aprovada, por ajudar muito os consumidores rondonienses. Ele quer que o consumidor tenha o direito de escolher sua concessionária de energia elétrica, entre as que estão inseridas no sistema nacional gerido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com a portabilidade o consumidor poderia economizar até 22%, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Mosquini também propôs que sejam reduzidas as tarifas de energia para os estados fornecedores de energia, como Rondônia, que produz 6% de toda a energia nacional.
PERGUNTINHA
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