UM ANO QUE NÃO SERÁ FÁCIL PARA NÓS E NEM PARA O MUNDO
Não fossem os mais de 40 bilhões de reais em empréstimos que a União autorizou para os Estados, 2013 seria um ano terrível para os cofres públicos tanto em nível estadual como municipal. Rondônia será salva pelo gongo exatamente por esse mais de meio bilhão de reais, destinados a obras e ao desenvolvimento. Só com essa grana toda poderá ser cumprido o nosso orçamento previsto de 6 bilhões e 500 milhões de reais. Para o país, a crise internacional pode afetar diretamente nossas exportações e, por conseqüência, a balança comercial. Mesmo assim, a presidente Dilma garante que o PIB vai ao menos duplicar em 2013, sobre os pífios 1,2% do ano que recém terminou. As Prefeituras continuarão comendo o pão que o diabo amassou, contando os centavos, pelas enormes perdas de recursos federais. Vai haver necessidade sim de cortes em todos os níveis de governos, inclusive na própria carne, para que o 13º ano deste século 21 não acabe sendo o grande ano do azar para o país inteiro.
Uma das medidas que terão que ser tomadas, mais dia, menos dia, é cortar a carne dos poderes, que estão superlotados de funcionários, causando a obesidade mórbida na folha de pagamento. Tem que começar pelo governo federal, ir para os estados e prefeituras, mas têm que se estender também, tais medidas, para os outros poderes. Legislativos, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas, estão abarrotados de servidores e gastando com salários e benefícios mais do que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite. . Enquanto não for extirpada essa ferida, o Brasil correrá um grande risco de, a qualquer momento, não ter mais dinheiro para tudo o que precisa. Este 2013 que chega pode ser a hora da verdade, para ao menos diminuir essa farra de funcionários públicos, em todo o Brasil.
NOVOS E ANTIGOS
Mauro Nazif já governa na Capital. Em seu secretariado, vários nomes pouco conhecidas na política, mas com competência reconhecida em suas áreas de ação. E também com gente já famosa. Não foi surpresa o irmão de Nazif, Gilson, na Secretaria de Obras, considerado setor vital. Jorge Elarrat, que foi secretário estadual de Educação, vai para o Planejamento. É sinônimo de bons resultados. A presença do tenente-coronel Marcos Rocha, do Colégio Tiradentes, na Educação, é tambémuma aposta positiva de Nazif.
ESPERA ANSIOSA
O médico Macário Barros, eleito vereador com boa votação, conhece bem a área da saúde e pode realizar um bom trabalho nesta área nevrálgica para a administração de Nazif. Destaque ainda é o jovem advogado Cristian Piana Camurça, que traz de novo um membro das duas conhecidas famílias rondonienses para a administração pública. O Prefeito preferiu não buscar mais vereadores (Macário foi a exceção), para dar início ao seu governo. A partir de agora, a população da Capital espera, ansiosa, pelos primeiros passos do novo prefeito.
GRANDES DESAFIOS
Tomaram posse os novos prefeitos de Rondônia e do Brasil inteiro, muitos reeleitos, porque fizeram um primeiro mandato considerado bom pela população de suas cidades. Em Porto Velho, começa a governar o agora ex-deputado federal Mauro Nazif, que sempre foi um parlamentar destacado, mas até ainda não teve chance de mostrar seu talento como administrador e chefe do Executivo. Nazif começa com enormes desafios pela frente, ao ser o prefeito de uma cidade com índices de crescimento acima da média nacional, mas com problemas proporcionais.
DEU A LÓGICA
Não se sabe se era isso que o prefeito Mauro Nazif esperava, até porque, oficialmente, não teria se envolvido na disputa na Câmara Municipal. Na eleição para a Mesa Diretora, a presidência ficou com o vereador Alan Queiroz, que era pule de dez na disputa. Não havia ninguém mais com tantas possibilidades de chegar ao cargo como ele. Alan comandará a Câmara por dois anos. Na Mesa Diretora, o único membro do partido de Nazif é o vereador Márcio Pacele, segundo secretário. A vice-presidência ficou nas mãos de Delso Moreira. Será ou não aliado do novo governo?
MANDATO EXEMPLAR
Sai de cena, pelo menos enquanto, o agora ex-vice prefeito Emerson Castro, que durante o curto período de 23 dias governou a cidade, depois do afastamento, pela Justiça, do titular Roberto Sobrinho. Emerson não poderia ter ido melhor. Coordenou as ações da equipe emergencial que montou, abriu o viaduto da Jatuarana e parte da obra no Trevo do Roque, pediu apoios de autoridades do governo e federais; pagou os salários dos servidores em dia. Teve, enfim, um curtíssimo mandato exemplar. Seus admiradores esperam que ele volte atrás e dispute eleições mais à frente..
NOVA CIDADE
O belo conjunto de prédios que sediará praticamente toda a estrutura do Governo do Estado, está em fase final de obras. Parcialmente ocupado, o Complexo Rio Madeira, vai representar uma enorme mudança para Porto Velho. Nos seus prédios, mais de oito mil servidores vão trabalhar todos os dias. O trânsitona área da Esplanada das Secretarias ficará complicado, mas há vantagens. Só em aluguéis, o governo vai economizar mais de 25 milhões de reais por ano. A inauguração oficial ficou para fevereiro.
PERGUNTINHA
Vamos conseguir chegar ao final de 2013 com mais conquistas a comemorar do que decepções e derrotas?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)