UM ATO QUE PODE SER O SÍMBOLO DA NOVA FASE DO GOVERNO
Foi melhor a realidade do que o projeto. A inauguração dos 60 quilômetros da RO 470 (a Linha 81), que liga a BR 364, em Ouro Preto, à Nova União, foi muito mais do que a simples entrega de uma obra. Mesmo que em si mesmo ela represente grande avanço para toda a região; mesmo que tenha custado, por ter sido feita com recursos e equipes próprias do DER, menos da metade do que era orçado, na verdade o evento serviu também como um encontro de desagravo ao governador Confúcio Moura. Nada escrito, nada planejado, nada feito com enredo e detalhes. Mas quando a mesa principal da solenidade em Nova União foi composta, já se antevia o que viria pela frente. Confúcio foi homenageado em todos os discursos. Dos parlamentares, dos atuais prefeitos, de prefeitos eleitos. Alguns foram mais duros em defesa do Governador, lembrando sua trajetória de vida ilibada e descendo a lenha na oposição. .Confúcio, quando falou, não perdeu a elegância, mas ficou claro que os últimos duros ataques que sofreu, alguns pessoais como lamentam pessoas próximas a ele, deixaram-no bastante triste e, o que não é normal em sua personalidade, até revoltado.
Confúcio tem se esforçado para fazer um bom governo. Cometeu erros, como todos os mandatários, mas vem realizando obras em profusão, principalmente na questão das estradas. Ainda sofre com as graves deficiências na saúde (problema nacional) e com a queda de arrecadação. Sofre também com a quase duplicação da folha de pagamento, por ter feito muitas concessões ao funcionalismo, mas, no geral, sua administração tem sido positiva. A reação dele e dos seus partidários e a promessa de fazer muito mais nos próximos dois anos, acena com uma reação política importante. Vamos ver como serão as coisas daqui para a frente.
ASFALTO COMESTÍVEL
O secretário Lúcio Mosquini, tem muito talento para tocar obras e também bom humor, por vezes cheio de ironia inteligente em relação aos adversários do governo. Na inauguração da RO 470, ele lembrou a um crítico da obra, a promessa feita de que o homem andaria de joelho pela rodovia, caso ela fosse asfaltada. Mas Mosquini fez outra surpresa, que levou o enorme público presente à solenidade a rir muito e aplaudi-lo. Levou um pedaço de asfalto para que outro crítico também pudesse cumprir sua promessa. O opositor tinha dito que comeria um pedaço de asfalto caso a obra realmente saísse. Saiu...
EM CIMA E EMBAIXO
Por não terem sido registradas e serem apenas para consumo interno, pesquisas que circulam no Estado não podem ser consideradas, ainda, parâmetros sérios do atual quadro político. Mas há dados que precisam ser relevados: há lideranças estão em alta e outras, muitas entre aquelas que “se acham”, só caindo. Ivo Cassol, por exemplo, aparece em todas as pesquisas como o grande adversário de Confúcio Moura para 2014. Outros políticos que se imaginam bem, têm caído muito na opinião pública. É bom as assessorias começarem a se antenar...
OLHO EM 2018
O PMDB prepara uma grande ação, de olhos voltados para 2014, mas já pensando em ter candidatura própria à Presidência, em 2018. O comandante nacional da sigla, senador Valdir Raupp, planeja a ação em todo o país. Rondônia será apenas um dos exemplos. Por aqui, o partido pretende lançar 12 candidatos à Câmara Federal para buscar três vagas, no mínimo e 36 candidaturas á Assembleia, em busca de, pelo menos, quatro cadeiras. O cálculo servirá para o país. Se conseguir seu intento, o PMDB estará muito forte para eleger o Presidente em 2018.
NÃO PÁRA
Em poucos dias de trabalho, o secretário Willames Pimentel já mostrou a que veio e deixou claro seu estilo de trabalho. O homem não pára. Em poucos dias, já se reuniu com várias autoridades de diferentes poderes. No sábado, empossou o médico Luiz Antonio Acyolli no comando do Hospital de Base, substituindo o jovem Jean Negreiros, que, aliás, fez um bom trabalho à frente do HB. Pimentel está montando uma equipe da sua inteira confiança e quer resultados positivos o mais rápido possível. Quem conhece sua trajetória, sabe que ele conseguirá.
CASTAS
Os servidores estaduais tiveram problemas com o ex-governador Cassol e ele com eles. Em seu governo, a questão foi tratada com dureza. Ele alegava que não poderia dar o que os cofres públicos não tinham. Confúcio fez diferente. Dialogou com todos, autorizou reajustes, mas o funcionalismo não valorizou. E a folha de pagamento do Estado quase duplicou. Mesmo assim, nos últimos dois anos, houve pelo menos nove greves. Com todos os riscos que a afirmação pode dar: nosso país não pode viver em função do funcionalismo. Criar castas é um grande perigo!
ATÉ QUE ENFIM!
Mas, para os cofres do Estado, a grande notícia positiva, depois de tantas más novas, é de que a Transposição finalmente foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e agora só depende de votação no Congresso, para começar a valer na realidade. Pelo menos 10 mil servidores que estão no Estado desde o tempo do Território Federal, serão beneficiados. Todos irão para a folha de pagamento da União, desafogando bastante a folha rondoniense. Tomara que comece mesmo já em janeiro.
PERGUNTINHA
Até quando o discurso ideológico e vazio vai substituir ações decentes e realistas para acabar com os conflitos agrários em Rondônia e em todo o Brasil?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)