O ENCONTRO NACIONAL DE PREFEITOS DO
PT PODE DEFINIR SITUAÇÃO EM PORTO VELHO
Os três prefeitos do PT de Rondônia – Roberto Sobrinho, de Porto Velho; Padre Franco, de Cacoal e Tonin Zopesso, de Teixeirópolis – participam, nessa sexta e sábado, em Brasília, de encontro festivo em comemoração aos 32 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores. Todos os prefeitos brasileiros da sigla lá estarão. A presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, vão ser as estrelas do encontro. Mas, além da pauta oficial, esse megaevento terá muita conversa de bastidores, negociações políticas e pode haver a mão do diretório nacional em alguns casos mais complexos, como é, por exemplo, o de Porto Velho, onde o PT não tem, ainda, um nome de consenso para a disputa da eleição municipal, depois de dois mandatos de Roberto Sobrinho. A ex-senadora Fátima Cleide aguarda participa também, sonhando que saia de lá com seu nome apoiado pelo comando nacional. Não é impossível que isso se torne realidade, mas também não será moleza. Ela tem, restrições dentro do diretório regional e, principalmente, no municipal, onde comanda uma ala de oposição a Sobrinho. Mas, como o PT não teria, nesse momento, um nome com chances melhores, Fátima continua trabalhando para ser a candidata, com ordem vinda de cima para baixo.
O que ela certamente será informada por lá, se já não o foi nos bastidores, é que presidente nacional do PT, Rui Falcão, teve longa reunião, essa semana, com o presidente do PMDB, o senador rondoniense Valdir Raupp. Na pauta, a situação de várias capitais e, é claro, a de Porto Velho. Não se bateu o martelo ainda, mas há indícios de que os dois partidos manteriam, na capital rondoniense, a mesma aliança das últimas eleições. Só que dessa vez, com inversão de cargos. O PMDB indicaria a cabeça de chapa e o PT a nome do vice. Ninguém comenta oficialmente, não há indícios concretos disso. Tudo está sendo mantido ainda como alternativas. Em pouco tempo, se saberá se há ou não base para estas conversas sem fim de bastidores.
DECISÃO FINAL
Se todo o raciocínio do comentário de abertura desta coluna for correto, haveria outro passo a ser dado: a decisão final, numa eventual negociação, poderia caber ao atual prefeito, Roberto Sobrinho. Só daqui a algumas semanas se saberá, com segurança, se ele toparia essa solução ou bateria pé em ter um nome à própria sucessão de sua indicação. O caminho está afunilando e a hora de decisão está próxima. Depois do fim de semana em Brasília, podem surgir muitas novidades. Esperemos, pois...
A JUSTIÇA AGIU...
Não dá para criticar em nada.. O processo correu rapidamente, a Justiça aplicou, com toda a força, a penalidade. Jânio Martins da Silva, o celerado que assassinou brutalmente a empresária Neide Barros, no ano passado, pegou 22 anos de cadeia. Até aí, nota dez. O problema é que, daqui a pouco, o cruel bandido pode estar nas ruas de novo. Cumprindo um sexto da pena e com bom comportamento, em breve estará livre para matar de novo. Dá vontade de vomitar com essa legislação de proteção ao crime que existe em nosso país.
DOIS LADOS DA MOEDA
A greve dos policiais militares, na Bahia e em todo o Brasil, é por demais justa. E legal. Portanto, que não se confundam as coisas. Ninguém deve ser contra a batalha de uma categoria muitas vezes enganada por interesses politiqueiros pelo poder e tratada com salários miseráveis. O que se contesta, com toda a força, é o uso da ilegalidade, da imoralidade, da sujeira, de táticas de guerrilha, por alguns grevistas, que, treinados pelo Estado, voltam-se contra a população. Estes têm que ser expulsos e presos.
SALÁRIO DE FOME
É o mesmo caso dos professores. Enquanto políticos bamburram com dinheiro público, sempre inacessíveis a punições, os professores brasileiros vivem com um salário de fome. Se não houver mobilização, nunca conseguirão nada, porque filho de rico estuda em escola particular caríssima, que não faz greve. O problema é que quando a educação pára, quem sofre são os mais pobres. E, pior: a maioria das ações no setor são mobilizada por interesses político-partidários. Daí, não dá!
AMPLA LIBERDADE
Critica-se muito a Assembleia de Rondônia e vários dos seus deputados. Em muitos casos, com razão. Mas não se pode dizer que, mesmo sob a saraivada de críticas, algumas duríssimas, em algum momento tenha havido censura à imprensa. Já no Acre, ato oficial da mesa proibiu uma jornalista de entrar na área reservada à imprensa e o Salão Nobre da Casa. Truculência lá, ampla liberdade aqui, temos que reconhecer.
TENDÊNCIA DE APROVAR
Claro que não é nada concreto. Mas a coluna fez uma rápida pesquisa, não oficial, é claro, com meia dúzia de deputados estaduais. Não ouviu de nenhum deles que votará contra o pedido de financiamento do governo do Estado junto ao BNDES. Pode ser apenas uma coincidência, mas a verdade é que os parlamentares tendem a aprovar os 545 milhões, porque querem obras em suas bases. Nenhum dos consultados fez qualquer crítica mais contundente ao financiamento. Se repete: pode ser apenas coincidência. Mas, aparentemente, é também uma tendência...
SÓ POR MILAGRE
O deputado Ribamar Araújo, um petista em alta ante a opinião pública, por ter passado incólume pela crise da Operação Termópilas e não ter nenhum senão em longa carreira política, gostaria de ser o nome do seu partido para disputar a Prefeitura de Porto Velho. Mas, só por milagre. Ribamar não tem nenhuma simpatia do comando regional da sigla e muito menos do comando municipal. Mas sem dúvida teria cacife, pela ficha limpíssima.
CORRIGINDO
Por uma troca de nomes, a coluna de ontem publicou que o professor Ene Gloria teria renunciado à reitoria da Unir. Na verdade, quem renunciou foi Januário do Amaral. O leitor Felipe Jeferson tratou de ajudar a corrigir o engano. Sorry, leitores!
PERGUNTINHA
Restará ainda algum nome do Congresso que possa assumir algum ministério do atual governo e que não esteja envolvido em rolos e maracutaias?
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)