Quarta-feira, 14 de maio de 2014 - 08h11
Para quem achava que já visto, lido e ouvido tudo sobre a forma como algumas autoridades tratam o povo brasileiro, o caso de Vovó Irena prova que leis estapafúrdias e membros dos governos e de outros poderes vivem mesmo num mundo irreal, só deles, onde a pessoa, o ser humano, o pobre coitado é apenas um detalhe. E às vezes, um detalhe que ainda se mete a besta. Pois Vovó Irena foi atravessar uma rua, na faixa de segurança, em Balneário Camboriu, Santa Catarina. Ela se atreveu a colocar os dois pés numa faixa de segurança, quando por ali passava, em alta velocidade, sem qualquer motivo (porque não estava a serviço e muito menos perseguindo algum bandido), uma viatura da Polícia Militar. Foi atropelada e morta, por um carro dirigido por um policial que deveria a estar protegendo e não usando uma rua como pista de corrida. Terminou aí a história? Claro que não. Começou então a entrar aquele jeito todo peculiar com que algumas autoridades, do alto do seu poder, usam contra os "detalhes" humanos que se atravessam por seu caminho.
O policial que andava em alta velocidade e que atropelou e matou uma anciã na faixa de segurança, foi considerado inocente pela Justiça Militar. Que certamente o julgou com toda a isenção! Fim? Que nada! Como o PM foi inocentado, de quem foi a culpa pelo acidente? Ora, a Procuradoria Geral catarinense concluiu que era a Vovó Irena. Ela, que morreu atropelada na faixa de pedestres1 Os bens da anciã morta foram bloqueados, por decisão judicial e a família teria que pagar 6 mil reais pelos prejuízos da viatura. Em primeira instância, uma juíza usou de bom senso e negou a cobrança à família da vítima. Mas não falou em indenização aos que perderam uma pessoa da família. A Procuradoria não se conformou e recorreu. Não dá ânsia de vômito?
TODOS ESTÃO CERTOS
O caso vergonhoso foi mostrado para todo o Brasil pela TV Record. Um neto de Vovó Irena, que deu uma entrevista emocionado, mas do outro lado, poucas autoridades quiseram falar. O comandante da PM disse que como o soldado fora inocentado pela Justiça Militar, "não se podia fazer mais nada". O governador não demitiu os Procuradores. Todos acham que estão certos. Errada mesmo está a Vovó Irena, que aos 81 anos foi atravessar uma faixa de segurança imaginando que vivia num país decente, onde os velhinhos são respeitados e não mortos impunemente.
DECISÃO TOMADA
A verdade sobre a situação do ex-governador e ex-prefeito de Ji-Paraná, José Bianco, é que ele já tomou uma decisão. E ela é...não decidir nada. Pelo menos antes de 30 dias. Bianco, que comanda o DEM, hoje pequeno no Estado, mas que tem uma grande liderança (ele mesmo), é cortejado por vários partidos e futuras coligações. Mas já avisou que o que está se ouvindo e lendo na mídia, não tem base na realidade. Só na segunda semana de junho ele e seu DEM vão definir o rumo a tomar. As informações à coluna são dele mesmo!
OPÇÃO VIÁVEL?
Enquanto isso, o petista Padre Ton percorre várias regiões do Estado, apresentando-se como uma opção muito viável ao Governo. Já começou, inclusive, a dizer que a reeleição de Confúcio Moura correria risco porque estaria "desgastado" e Expedito Júnior teria "problemas com a Justiça". Ou seja, o candidato do PT acha que os dois principais nomes na disputa ao Executivo teriam grandes dificuldades, enquanto ele, Padre Ton, seria uma opção bastante lógica. Não se sabe se o eleitorado que ouviu o discurso engoliu a conversa. Mas, como a campanha já começou, quem sabe, não é?
CABEÇA E VICE
O nome de Jaqueline Cassol ganhou força nos últimos dias, como opção de uma coligação liderada pelo PP/PR, para entrar na corrida pelo Governo. Os dois partidos lançariam Carlos Magno para o Senado, com Ivone Cassol de suplente. Muita água ainda vai correr embaixo da ponte, porque Maurão de Carvalho está trabalhando duro para ser ele - e não Jaqueline - o nome do grupo ao governo. Há uma turma que acha que Maurão deveria entrar como vice de Jaqueline e outra que Jaqueline seria uma boa vice para Maurão. Por enquanto, só exercício de futurologia. Nada decidido....
FALOU BESTEIRA!
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, recém assumiu e já começou a mostrar despreparo. Uma de suas primeiras declarações foi para dizer que bandidos que matam policiais no Rio deveriam ser mandados para Rondônia. Quer exportar seus criminosos, porque por lá, o crime é quem manda. Se deu mal o Pezão. Na Assembleia Legislativa, o presidente Hermínio Coelho teve aprovada uma moção de repúdio às declarações infelizes do Pezão. Falou besteira, levou o troco!
SEGURANÇA? ONDE?
Assaltos a escritórios de advocacias se tornaram comuns em Porto Velho. Mas a outros profissionais também. Como o caso do engenheiro Cláudio Vidal, atacado com violência por bandidos armados duas vezes em poucas semanas. A bandidagem age tranquilamente, deixando desesperados os cidadãos que trabalham e que têm que entregar parte do resultado do seu suor a vagabundos. Insegurança total, violência sem fim. E nossas autoridades discursando que está tudo sob controle. Onde?
PERGUNTINHA
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