Opinião de Primeira - 14/12/13

QUANDO O POLITICAMENTE CORRETO SUBSTITUI A REALIDADE

Há algumas coisas que se precisam ser ditas a governantes, prefeitos, secretários e afins.  Na última década e meia, pelo menos, todos aprenderam a falar a linguagem do politicamente correto e trocar ações eficientes,  da vida real de suas comunidade, por discursos de propaganda;  do palavreado ideológico voltado às minorias, decantadas no começo pelos petistas, mas depois abraçadas por todos, porque com elas se faz de conta que está trabalhando pelo bom comum. Vê-se na mídia pouca  informação sobre obras públicas; sobre limpeza pública, transporte coletivo, fechamento de buracos. Mas se vê tudo de reuniões para defesa das minorias; debates disso e daquilo; criação de comissões para proteção de negros, índios, mulheres....Tudo isso, claro, ações importantes. Mas, como é politicamente correto se priorizar essas questões, fica num terceiro plano o trabalho feijão com arroz e do dia a dia; o que atende mesmo à coletividade. Empurra-se discursos  em defesa de teorias e projetos político-partidários, trocando-os  pela eficiência do trabalho da vida real, do qual a coletividade depende. Mídias são feitas - cada uma mais linda e criativa que a outra - como se todas as grandes realizações se baseassem em ações dirigidas a grupos, como se a maioria não existisse.                                                                              

Vê-se peças publicitárias maravilhosas, mas quando se vai a um posto de saúde, aí a realidade choca. A propaganda é de uma cidade ideal, mas o mundo real é duro, triste, dramático. Cobre-se o sol com a peneira. E esta verdadeira  esculhambação político-partidária-ideológica vai mandando em tudo, como se esse papo furado representasse, realmente, as necessidades maiores da população. E o que se ouve são muitas queixas, das bocas lamuriosas e críticas do povão. Os governantes têm o seu país. Nós, o povo, temos o nosso.

ANIVERSÁRIO DO CRIME

Três suspeitos do estupro e morte da jovem Naiara Carine estão presos. O crime, que completará um ano 24 de janeiro , começa a ser elucidado. Um empresário da área de segurança  e outros dois homens estão na cadeia. São eles:  Richardson Mamede, Marcos Chaves e Francisco Plácido.Um quarto suspeito, Vagner Strulsk, é procurado. O quarteto teria cometido o crime brutal e uma longa investigação policial, baseada principalmente em provas técnicas, está desvendando o caso. A família da jovem foi embora de Rondônia, porque estava sendo ameaçada.

HERMÍNIO BATE DURO

O presidente da Assembleia, Hermínio Coelho, tem concedido entrevistas muito polêmicas, cada uma mais dura que a outra, contra o governo e seus adversários. Hermínio nãotem poupado  críticas, algumas duríssimas, ao governo, ao ex-prefeito de Porto velho, Roberto Sobrinho e ao atual, Mauro Nazif.  Está tentando marcar território na política estadual como o mais duro opositor a Confúcio e seu grupo. E sim, ele é candidato ao Governo, em 2014.

RACHADA

Ainda os prefeitos: o segundo mandato do Padre Franco, em Cacoal, não é nenhuma Brastemp, mas ele tem feito o feijão com arroz. O maior problema é que ele assumiu uma cidade praticamente dividida pela política, quase meio a meio, com a oposição. Por causa desse racha político - em que ninguém ganha, muito menos a comunidade - Cacoal parece estar num patamar diferente de outras cidades rondoniense. Perdeu seu ímpeto de crescimento. Mas ainda é a Cacoal do progresso. Mesmo rachada ao meio por suas lideranças.

VITÓRIA NA FIGURA A

O prefeito Mauro Nazif está perto de conseguir uma vitória importante: a regularização do bairro Panair, dentro da famosa Figura A, no mapa da Capital e que estava deixando desesperados seus moradores, alguns vivendo ali há várias décadas. Como a área é da União, os moradores precisavam pagar taxas de até 20 mil reais/ano ao governo federal. Nazif pediu à Superintendência do Patrimônio da União, a SPU, que toda a área seja repassada ao município. Os bairros Arigolândia, Pedrinhas, Olaria, Caiari, Triângulo, Baixa da União e partes do Areal e Centro também farão parte do acerto.

PROTEÇÃO AO ASSASSINO

Tem que se considerar ao menos surpreendente a decisão judicial que mandou para as ruas, de novo, a mulher que assassinou, brutalmente, o músico Zezinho Maranhão. Horas depois de ela estar na rua, familiares de Zezinho avisavam à imprensa que a mulher estava ameaçando outras pessoas ligadas ao músico. Lamentável que a lei permita que assassinos voltem às ruas como se nada tivessem feito e como se a vida de quem morreu não valesse nada. Uma tristeza a mais, nesse país de injustiças e onde os criminosos têm mais proteção do que suas vítimas.

NEODI ALERTA

A Assembleia Legislativa aprovou o orçamento do Estado para o ano que vem, batendo na porta dos sete bilhões de reais. Mas o relator, deputado Neodi, muito elogiado por seus pares pelo trabalho que realizou na apresentação do seu trabalho, alertou que a previsão orçamentária pode ter sido superestimada. O crescimento em relação ao ano passado foi em torno de 6%. Os deputados rondonienses cumpriram a última obrigação regimental antes do recesso de final de ano.

PERGUNTINHA

Com tantas escândalos, denúncias, roubalheira, prisões, esquemas desmontados, ficou ainda alguma esperança para o brasileiro de que a corrupção em 2014 vai diminuir?