URUGUAI QUER COMPRAR E VENDER MACONHA
O assunto é notícia agora no Uruguai, mas é bom que a gente comece a discuti-lo, porque em breve estará presente na vida dos brasileiros. Trata-se da decisão do governo uruguaio de criar uma lei para descriminalizar a maconha. Mas, mais que isso, pretendem nossos vizinhos do sul, controlar a produção, distribuição e comercialização da droga, uma medida com a qual o presidente José Mujica pretende combater o narcotráfico no país. A lei deles, já em discussão no Congresso, tem como objetivo tirar das mãos do narcotráfico um negócio que movimenta até 405 milhões de dólaes por ano e passar todo o controle para o poder central do Uruguai. No Brasil, a comissão de notáveis que elaborou o novo Código Penal não foi tão longe, no sentido de sugerir o controle da comercialização da droga pelo próprio governo, mas sugere o fim da criminalização e autoriza o uso da droga em pequenas quantidades. No Uruguai, o presidente Mujica promete: Se a população for contrária à medida, como já anteciparam várias enquetes feitas por consultorias privadas, o presidente se comprometeu a desistir da ideia.
No Brasil, o assunto ainda não está na pauta. Nesse momento, os temas são Mensalão, sustos na economia e novo pacote de privatizações que podem ser anunciadas a qualquer momento pela presidente Dilma Rousseff. Mas o caso da liberalização da maconha já mexe com vários setores da sociedade. Cada um que defensa sua posição, mas é sempre bom lembrar que a maconha é uma droga perigosa, utilizada no país por pelo menos meio milhões de jovens e é a porta de entrada para drogas mais pesadas. Portanto, nada tem de inofensiva. Se fosse, não seria combatida em praticamente todos os países do mundo. Menos no Uruguai e no Brasil, caso as leis de descriminalização sejam aprovadas.
E AS NOSSAS BRS?
Se não houver mudança de planos, a presidente Dilma Rousseff anuncia nesta quarta um grande plano nacional de privatizações. Pelo menos 50 mil quilômetros de estradas serão entregues à iniciativa privada, que ficarão responsáveis por obras e manutenção. Há uma dúvida ainda em relação às rodovias federais de Rondônia, principalmente a BR 364. Até ontem, por exemplo, não se sabia se ela e a BR 425, que liga a 364 à Guajará Mirim, farão parte do plano de privatizações das estradas. Nesta semana, se saberá mais detalhes do assunto.
PIOR A EMENDA
A decisão de um grupo de sindicalistas se iniciar uma série de protestos contra o governo federal, por causa do fracasso da transposição, até tem razão de ser. Os servidores representados por suas entidades de classe vão mesmo pressionar por uma solução, embora se saiba que, no quadro de hoje, ela não acontecerá. O problema é que está sendo anunciado o fechamento da BR 364, para o dia 22 próximo – quarta da semana que vem – e fechamento do acesso às obras das usinas do rio Madeira. Vai ficar pior a emenda que o soneto.
PLANOS ERRADOS
Fechar a BR é um ato antipático, que não tem e nunca teve o apoio da sociedade. Impedir o ir e vir é contra a Constituição e não se muda nada indo contra nossa lei maior. Fechar acesso às hidrelétricas é outro caminho tortuoso, até porque, preventivamente, a Justiça já determinou multa pesadíssima aos sindicatos, caso tentem um ato como esse. Ora, a mobilização tem que ser dos servidores e da sociedade e não contra ela. Há bastante tempo ainda para mudar os planos anunciados e criar outras alternativas. Esperemos, pois!
INACREDITÁVEL!
Se for verdade mesmo, é porque algumas autoridades brasileiras perderam o rumo e precisam ser, urgentemente, defenestradas. Em sua última edição, a revista Veja denuncia o procurador federal Felício Pontes Júnior. Diz que ele tem um blog e, ali, incentiva os índios que invadam o canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, para terem suas reivindicações atendidas. O procurador teria o apoio de padres e ONGs, para suas posições que nada têm a ver com a função pública que ele exerce.
HYLUX AUTOMÁTICA
Tem coisa pior? É o Brasi, por isso, claro que tem! Os pedidos dos índios são totalmente descabidos. Segundo Veja, uma lista com 250 itens foram entregues. Entre os pedidos, 250 casas novas com internet; 30 Hilux zero e automáticas; 300 cabeças de gado e pistas de pouso em várias aldeias. Agora, as empresas que vão construir Belo Monte denunciaram o promotor federal ao Conselho Nacional do Ministério Público, até agora, o órgão não se pronunciou.
SOZINHO
Praticamente sem dinheiro, com pouco tempo no horário eleitoral gratuito e sem estrutura de campanha, o professor Aluizio Vidal enfrentará, ce3rtamente, grandes dificuldades na disputa pela Prefeitura de Porto Velho, pelo PSOL. O partido não faz alianças e não aceita acordos. Participa da eleição mais para marcar posição e protestar contra o sistema político atual. Uma pena, porque Aluizio é uma liderança séria, ficha limpíssima e com a cabeça arejada. Fosse num partido com alguma chance eleitoral, ele poderia ir longe.
PERGUNTINHA
O que mais o temido mês de agosto está preparando para todos nós, rondonienses e brasileiros?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)