OS DOIS LADOS DA MOEDA SOBRE OS JOVENS CRIMINOSOS
Os que não aceitam penalização dos menores criminosos, têm muitos argumentos em defesa de sua tese. Para eles, a grande causa da violência infanto-juvenil são as diferenças e desigualdades sociais e que a vida dos jovens está marcada pela violência, pela prostituição, pelas drogas. A culpa então é da sociedade brasileira, que ignora tudo isso. Vão mais longe: dizem que “só” 10% dos crimes registrados no país são cometidos por menores de idade. E que o sistema penitenciário não cumpre seu papel social de reinserção dos presos na sociedade e são, ainda, verdadeiras escolas do crime. Defendem que o Estatuto da Criança e do Adolescente já prevê penas para os delinquentes. Culpar a sociedade e a falta de apoio aos jovens, não deixa de ser uma forma de dizer que o país tem culpa no cartório, por tudo o que está acontecendo com suas crianças e adolescentes criminosos. Mas, é claro, tudo isso é apenas uma meia verdade, um discurso superficial, uma defesa ilusória. Até porque os criminosos juvenis são uma minoria. A maioria é de ,meninos e meninas trabalhadores e decentes.
Há que se respeitar as divergências, até para valorizar o debate democrático. Mas e o outro lado da moeda? A impunidade proporcionada pelo ECA incentiva os adultos a usarem menores nos crimes; triplicou o envolvimento de menores com a violência; alguns dos crimes mais cruéis são cometidos por eles; por causa do ECA muitos não respeitam nem a autoridade, nem os professores nas escolas. Mas, pior de que tudo, no raciocínio de quem defende os menores bandidos, é que não há uma só citação em defesa de suas vítimas. Daquelas que são mortas, trucidadas, estupradas. E cujos culpados jamais pagam, por piores que sejam os crimes que cometeram. São os dois lados da moeda. Cada um que julgue como quiser...
RESCALDO
Ainda resultado da eleição municipal em Porto Velho, grupos diferentes do PT estão em rota de colisão. A turma do prefeito Roberto Sobrinho permanece fiel a ele, destacando a boa administração que vem fazendo e que se encerra no final do ano. Já o grupo da senadora Fátima Cleide quer culpar Sobrinho e sua papota pela derrota nas urnas. Obviamenteque é uma teoria pouco consistente. Sobrinho e seu grupo até podem não ter ajudado, mas qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento em política, previa que a candidatura Fátima não decolaria. Não nesse momento.
SEM SOLUÇÃO
Moradores de algumas áreas da Capital estão à beira de um ataque de nervos com a Eletrobras Rondônia. Basta uma nuvem escura no céu para a energia cair de imediato. Quando chove então, nem se fale. Num quadrilátero no bairro São João Bosco, área nobre da cidade, um transformador que não dá conta de abastecer a área estoura, cada vez que cai uma chuvinha. E não adianta reclamar. A Ceron recebe pedidos para solução do problema há pelo menos cinco anos. Nunca deu bola...
NA JUSTIÇA
Indignados, alguns moradores estão pensando em começar o depositar o valor das suas contas de energia na Justiça, até que a Eletrobras/Ceron resolva descobrir que há famílias que não suportam mais tanto desleixo. Personalidades conhecidas que moram na área e advogados já estão se mobilizando, para iniciar um protesto até que o problema – que é simples – seja resolvido. Mas como a estatal está se lixando para as reclamações, não se sabe se o movimento vai adiantar para alguma coisa.
SUPER ALDEIA
A Funai,tentou, sorrateiramente, transformar Candeias do Jamary numa aldeia indígena. Mesmo sabendo que os índios karitianas (apenas 320 pessoas), que já são donos de nada menos do que 89.682 hectares, ou seja, 280 hectares por cada índio. Depois de uma primeira decisão da Justiça Federal, que acabou com a festa da Funai, mais uma sentença surgiu nos últimos dias. O juiz Hamilton Dantas, também Juiz Federal, acatou pedido da Associação dos Produtores Rurais Igarapé Três Casas, reafirmando que a Funai está proibida de ampliar a já absurda aérea para meia dúzia de índios. Enfim, o bom senso...
POSSE EM BREVE
O competente Williames Pimentel, rondoniense da gema, tem se destacado nas ações da saúde pública. Depois de colocar a saúde municipal em Porto Velho nos eixos, Pimentel assume em breve a Secretaria de Estado desta que é a área mais complexa do governo. Ele já está planejando as primeiras ações e montando sua equipe. Quer apoio do Ministério Público, Assembleia Legislativa, Cremero e outras instituições para conseguir superar as enormes barreiras que tem pela frente. Em breve se saberá mais detalhes do assunto.
NOVO TIME
A turma de Mauro Nazif já começou a trabalhar na transposição. O nome mais quente da equipe é o do coordenador, Mário Medeiros, muito próximo a Nazif. O advogado Nelson Canedo e o ex-secretário de educação do Estado, Jorge Roberto Eilarrat – um dos mais preparados que já passaram pela Seduc – fazem parte do time da transição. Até meados de dezembro, Nazif começa a anunciar seu secretariado. Vários nomes da transposição certamente estarão na equipe que assume em 1º de janeiro.
PERGUNTINHA
Foi a sério ou apenas uma brincadeira de gente especializada em gozação, a vistoria que representantes da Fifa fizeram no estádio Aluizio Ferreira, por causa da Copa de 2014?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)