Sábado, 17 de maio de 2014 - 08h20
A POPULAÇÃO REAGE, JÁ QUE O GOVERNO NÃO AGE
O governo, com o apoio de aliados e parte do Judiciário, não tem combatido as invasões país afora. Em muitos casos, são mesmo sem terra buscando um lugar para produzir e viver. Mas, na maioria, são espertalhões, criminosos, organizando invasões de áreas públicas e particulares, para ganhar alguma grana. Invadem e, como não há reação das autoridades, tempos depois, a área invadida é vendida para outros, quando o grupo original parte para ocupar outra região, num ciclo vicioso sem fim. Só que num exemplo desta semana, os malandros se deram mal. Em Santa Catarina, depois de receberem uma área do governo para trabalharem, membros do MST acharam que ali não era um bom lugar. Queriam algo bem mais privilegiado, com estrada asfaltada e perto do mar. Anunciaram então, os vivaldinos, que iriam invadir uma área conhecida como Rio Vermelho, na Capital. Assentados de uma tal de Ocupação Amarildo (pelo nome já se pode deduzir quem manda), contudo, se deram mal. Como não há governo, nem polícia, nem muitas vezes o Judiciário (que quando toma decisões a favor dos verdadeiros donos da terra, elas não são cumpridas, como é comum, por exemplo, na região de União Bandeirantes, aqui em Rondônia), foi a própria população quem reagiu.
Com pedras, paus e porretes, moradores da região onde um grupo do MST acabou se escondendo, ameaçaram atacar os invasores, cercando-os e correndo com eles do local. Só então a polícia apareceu. Claro que não para proteger quem estava sendo invadido, mas para combater quem estava defendendo o que é seu. É um sintoma perigoso. Muito perigoso. Quando o governo lava as mãos; as leis, na prática, protegem quem é criminoso e a população se arma para reagir, todos sabemos quais os enormes riscos que estão por trás disso. Infelizmente, pode ser apenas o começo...
NEM UMA SÓ ENXADA
Olhando o vídeo, numa reportagem feita pela RBS TV de Florianópolis (http://youtu.be/w7AqbucRBMA), pode-se observador a fúria dos moradores, tratando os malandros como vagabundos e obrigando a Polícia Militar a proteger o grupo invasor, que queria mesmo era uma terrinha na beira do mar. Com o pessoal do MST, apesar de haver carrinhos de bebê (e nenhum bebê), não se viu uma só enxada ou material para plantio, até porque a área é totalmente imprópria para cultivar qualquer coisa. Tratados como bandidos pela população, eles caíram fora ligeirinho.
PESO PESADO
O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raimundo Nonato, encontrou um peso pesado - literalmente - pela frente. Habituado a fazer criticas e denúncias, Nonato disse, em audiência na Assembleia, que o sistema de saúde é ruim e que há superfaturamento em gastos e obras. O secretário Williames Pimentel, conhecido por sua competência, mas também pelo pavio curto, respondeu na hora. Disse que Raimundo Nonato teria que provar o que disse na Justiça. E que ele, Pimentel, vai exigir uma pesada indenização, para que o sindicalista "não fique falando bobagens sem provas". O clima esquentou...
ALERTA DADO
O deputado Neodi Oliveira sempre foi considerado um político sério e equilibrado. Não há, na sua biografia, arroubos de exagero ou invenção de questões apenas em benefício do seu mandato. Por isso, deve ser levado a sério o alerta que deu, em reunião com policiais de Vilhena. Neodi disse que, pelo andar da carruagem, o Estado poderá não ter dinheiro para pagar os salários dos servidores em novembro, dezembro e o 13º. Relator do orçamento deste ano, na Assembleia, Neodi, licenciado do mandato, pinta um quadro negro para as finanças estaduais, na reta final de 2014.
CHIOU
Mas o Palácio chiou. O Chefe da Casa Civil, dr. Marco Antonio, contestou com veemência as afirmações do parlamentar. Disse que o Governo garante os salários de todo o funcionalismo em dia, até o final do mandato. Afirmou que considerou as declarações de Neodi como exageradas e baseadas apenas em exercício de futurologia. Enfim, a campanha já começou. Neodi é nome forte para a eleição de outubro e a turma do Governo quer ficar mais quatro anos...
FRONTEIRAS VIGIADAS
Com a proximidade da Copa do Mundo, o governo decidiu agir com mais força na questão da segurança das fronteiras. A Operação Ágata está em andamento, em vários pontos em áreas vizinhas da Amazônia e outras regiões. Há temor, lógico, de que terroristas e criminosos possam entrar no país, trazendo mais riscos ainda para a Copa, que já vive sob clima de tensão interna, até pelo que se viu em algumas capitais, nessa semana. Milhares de soldados de várias forças estão mobilizados. Pena que é só para a Copa...
VIDA DE GADO
A coluna abordou esta semana a questão de obras que não andam, na Capital. Faltou uma, que causa tanta vergonha quanto a dos viadutos. O prédio do INSS localizado na esquina da BR 319 (avenida Jorge Teixeira) com a Migrantes, está atirada há pelo menos cinco anos. Começou, parou, recomeçou, parou de novo. Enquanto isso, os usuários do sistema têm um péssimo atendimento num prédio improvisado na avenida Rio Madeira. A população é tratada como gado. E fica por isso mesmo...
PERGUNTINHAS
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