Sábado, 17 de agosto de 2013 - 09h01
VALORIZANDO O PROFESSOR, TEREMOS UMA EDUCAÇÃO DE PRIMEIRO MUNDO
Não há dúvida de que, com a decisão de investir 75% dos royalties do petróleo na educação, poderemos dar um salto nesta área em que somos muito deficientes. Teremos que superar ainda as besteiras e ignorâncias que nossos gestores querem nos impor, mas certamente as chances de que as coisas evoluam são concretas. O que se precisa batalhar agora é, além de ampliar as vagas em escolas e a qualidade do ensino, pela valorização do professor. O mestre, que no Brasil tem sido tratado a coice e com salários ridículos, é a essência do ensino. Na vida real, a melhora dos seus ganhos é apenas mote de discursos. Pagar salários dignos, dar estrutura de apoio para que ele possa preparar aulas de qualidade; tratar o professor com o respeito que ele merece, são medidas essenciais na verdadeira prioridade à educação. Obviamente que aqueles professores que se encostam em políticos para conseguir carguinhos e ficar fazendo serviços burocráticos, merecem ganhar, quando fora das salas de aula, salários compatíveis com o trabalho de escritório. Mas o verdadeiro professor, o da linha de frente, o da sala de aula, o que ensina de verdade, esse sim, tem que ser multivalorizado.
Está na hora de acabar com discurso vazio e, em relação à educação brasileira, melhor tudo, desde a base. Temos que dar um grande salto, um triplo carpado, usando uma linguagem figurada da ginástica. Chega de ensino medíocre. Chega do professor fazendo de conta que ensina e o estudante fazendo de conta que aprende. Com tanto dinheiro a ser investido, temos que entrar no Primeiro Mundo da educação. Mesmo com os governantes medíocres que temos, finalmente há chances concretas de recomeçarmos a criar um país melhor e mais decente, com um ensino de qualidade. Vamos torcer para que isso se torne realidade.
MUDANÇAS PROFUNDAS
O advogado Lora Júnior, que é ouvidor do TRE e tem sido um personagem de destaque, inclusive em nível nacional, nas discussões sobre as leis e as eleições no Brasil, disse em entrevista ao programa Candelária Debate (TV Candelária, 13h20 deste sábado, em rede estadual), que a OAB rondoniense participa de todas as formas da campanha Eleições Limpas. A intenção, no país inteiro, é conseguir 1 milhão e 600 mil assinaturas, para propor ao Congresso, de baixo para cima, mudanças profundas na legislação.
DECISÃO DO ELEITOR
Além de mudanças radicais no financiamento das campanhas (hoje, 98% das doações são de empresas, o que facilita extremamente a corrupção), a intenção e mexer na forma com que os candidatos a cargos proporcionais serão escolhidos e, ainda, com medidas objetivas que permitam que os mais votados sejam eleitos e não mais ocorra eleições estapafúrdias, quando um campeão de votos arrasta, na legenda, desconhecidos e incompetentes. É sempre bom lembrar: a decisão de mudar é do eleitor. Basta assinar a campanha da OAB.
GRITOS E SUSSURROS
A mudança no quadro político do Estado, com a saída de cena de Ivo Cassol, deu um alívio pelos lados do Palácio Presidente Vargas. Não se ouviu qualquer pronunciamento dos governistas sobre a condenação do senador, mas sabe-se que houve gritos e sussurros de comemoração em salas palacianas. Sem o peso eleitoral de Cassol pelo caminho, a tendência é de que a busca pela reeleição de Confúcio Moura seja mesmo concretizada. Haveria, hoje, alguma força política que possa competir com o atual governador?
IMBECIS E INÚTEIS
Esses doentes sociais, que precisam ser extirpados da sociedade, que, mascarados, andam praticando todo o tipo de vandalismo em algumas cidades brasileiras, além de tudo são macacos copiadores. Trouxeram para cá, dos Estados Unidos e Europa, os tais de Black Bloc, idiotas sem rumo que se dizem anarquistas. Mas são mesmo covardes, porque atacam mascarados, ofendem, destroem e se escondem no anonimato. Não servem para nada, esses imbecis. E a polícia ainda os trata como se fossem pessoas decentes.
CRITÉRIOS SEMELHANTES?
Ivo Cassol fez um discurso emocionado, foi às lágrimas e reiterou sua inocência, esta semana. Cassol sempre alegou que o processo contra ele, em que o Supremo acabou o condenando a quase cinco anos de prisão, era injusto. Recebeu uma pena pesada, como se tivesse desviado milhões do dinheiro público e as obras em sua administração nunca tivessem sido realizadas. Não há um só caso de obra não realizada e com qualidade. Mas o Supremo o condenou pela letra fria da lei. Com uma pena exagerada. Será que o mesmo critério será utilizado em outros julgamentos semelhantes?
TEM É QUE PRENDER!
Tem coisas que não se compreende. Por exemplo, como se sucedem os mesmos crimes, com as mesmas características, nos mesmos locais e ninguém é preso. Mais uma vez, um grupo de bandidos atacou um ônibus de sacoleiros, que ia para Guajará. Em poucas semanas, dois casos em que os criminosos roubaram mais de 100 mil reais. Será que não há nenhuma estrutura na polícia para investigar casos iguais, crimes executados pelos menos bandidos? É um crime semelhante à saídinha de banco. Não seria difícil de pegar os bandidos. Mas são poucas as prisões.
PERGUNTINHA
Será que a campanha Eleições Limpas vai mesmo conseguir acabar com a aberração da eleição de candidatos com meia dúzia de votos, que são arrastados em coligações com campeões das urnas?
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