NOSSO AEROPORTO E A MAIORIA DELES NO
BRASIL, ESTÃO LONGE DE TER QUALIDADE
Não foi pouco o dinheiro gasto no aeroporto internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho. Ele melhorou, mas ainda deixa muito a desejar. É um dos únicos do Brasil, por exemplo, em que não se pode assistir decolagens e aterrissagens, sempre uma atração em qualquer aeroporto. Nos últimos dias, o sinal amarelo também piscou na questão da segurança. Foram pelo menos três eventos, um depois do outro, que se não causaram danos nem grandes sustos, ao menos servem de alerta de que há algo de errado. Primeiro, um jato escorregou da pista e, graças à perícia do piloto, conseguiu retornar a ela, quando já estava taxiando. Depois, sem grandes explicações, outro avião atrasou mais de três horas. Iria para o Acre e falou-se em problemas nas pistas, tanto em Porto Velho quanto onde ele ia descer, em Rio Branco. Na madrugada desta quarta-feira, outro problema. Os voos não puderam descer por causa da pista muito molhada. Centenas de passageiros ficaram a ver navios e tiveram que cancelar compromissos, para voar outro dia. É bom lembrar que o acidente da TAM, em Congonhas, foi exatamente porque a pista estava molhada e o avião não parou na aterrissagem. Todos se recordam da tragédia.
Os aeroportos brasileiros, apesar dos insistentes comunicados do governo de que as coisas estão funcionando, vão de mal a pior. Falta de informação, desrespeito com os passageiros, infraestrutura péssima, “puxadinhos” ao invés de obras completas: tudo isso forma um quadro que deixa muito a desejar neste país que, daqui a pouco, vai sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Não se soluciona problemas com comunicados fajutos e nem com obras de brincadeira. Nem em Porto Velho e nem outro aeroporto brasileiro. Está na hora do assunto ser tratado com a seriedade e respeito que merece.
GARÇON E DANIELA
Partidários do agora ex-deputado Lindomar Garçon, presidente regional do PV, continuam lamentando a perda do mandato dele. Garçon, que não tinha qualquer problema com a Justiça Eleitoral e teve 35 mil votos, perdeu a vaga para Marcos Rogério, do PDT, porque a sua companheira de coligação, Daniela Amorim, não recorreu de uma decisão da Justiça Eleitoral que a considerou Ficha Suja. Preferiu ficar com a pecha do que brigar contra o título negativo em sua carreira.
QUEM ENTENDE?
Por motivos que até agora ninguém entende, Daniela preferiu não recorrer, mesmo depois que a Lei Ficha Limpa (ou Ficha Suja), foi considerada inválida para a eleição passada. Se o tivesse feito, seus 25 mil votos teriam sido validados e Garçon continuaria na Câmara. Ela preferiu abrir mão dos seus direitos, ver um então companheiro de coligação perder o mandato e um então adversário do PDT assumí-lo do que recorrer. É dessas coisas estranhas que acontecem na política.
PREVISÃO
O jovem vereador de Ji-Paraná, Marcos Rogério, que nada tem a ver diretamente com a divisão da aliança do PV e seus parceiros na última eleição, ganhou a vaga com mais de 27 mil votos a menos que Garçon. Assumiu essa semana. E vai se dar bem, porque é dedicado e competente. Há mais de seis meses, a coluna já antecipava que iria se falar ainda muito de Marcos Rogério. Não deu outra.
PELEGUISMO
O peleguismo no meio sindical brasileiro sempre foi o grande trunfo das lideranças, em sua grande maioria. Salvam-se, como sempre, as honrosas exceções. Babar no governo, para ter benesses para si e seu grupo dirigente e não para a categoria é Bíblia para a maioria dos líderes classistas. Desde que o PT assumiu o poder, então, o peleguismo chegou ao seu nível mais alto em toda a recente história do país.
FANTASMAS
Os sindicatos se calaram. Os dirigentes se aproximaram do governo e seus aliados para mamar nas tetas e os trabalhadores, no geral, não são representados corretamente. Agora, surge mais uma categoria sindical: a dos sindicatos fantasmas. No Amapa já tem. O Ministério do Trabalho autorizou a criação de entidades de trabalhadores onde não há categoria para que eles representem. Incrível!
NO TRASEIRO
Essa é mais uma denúncia que o petulante ministro Carlos Lupi está respondendo. Corrupção, voos pagos com dinheiro de entidades beneficiadas pelo Ministério e agora, sindicatos fantasmas. Não está na hora de dona Dilma dar um pontapé, mas daqueles bem dados, no traseiro do ministro fanfarrão?
INCURÁVEL
O rescaldo do feriadão, outra vez, é trágico. Dezenas de mortos, centenas de feridos. Sangue nas rodovias, Tristeza para as famílias, gastos imensos da saúde pública. E os mesmos erros de sempre, nas estradas: alta velocidade, desrespeito à sinalização, bebida, exagero, descontrole. Só se pode lamentar. Não há cura mesmo para essa doença.
PERGUNTINHA
Dos 15 pré candidatos que estão aparecendo em longas listas, quem tem mesmo condição de ser o novo prefeito de Porto Velho?