Sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 - 19h20
NINGUÉM MAIS AGUENTA O APOIO AOS
BANDIDOS. NEM POLICIAIS EXPERIENTES
O delegado Moacir Figueiredo, do 8° DP de Porto Velho é um policial dedicado, há anos combatendo o crime. Tem que trabalhar com péssimas condições, onde falta quase tudo. Mas está, junto com sua equipe e apoiado por PMs, todos os dias, tirando das ruas ladrões, assaltantes, assassinos, bandidos de todos os tipos. Faz isso há anos. O delegado Moacir é também um cidadão brasileiro, pai de família, que paga seus impostos e sonha com um país melhor para as pessoas de bem. Só que ele não aguentou mais. Protestou contra a facilidade com que presos são colocados nas ruas de novo. Não para se regenerar, como sonham legisladores capciosos e membros ingênuos do Judiciário. Saem das celas direito para o crime, de novo. Ele citou, em entrevista à TV Candelária, um caso típico, que revolta o estômago de qualquer pessoa decente: um bandidão, que está em regime semiaberto (autorizado pela Justiça, é claro), que ele e sua equipe já prenderam ONZE vezes. Isso mesmo! E o que acontece com o cara? Nada. Pouco depois da última prisão, já está nas ruas de novo, para cometer os mesmos crimes contra a população. E a gente assiste a tudo isso calado, porque se exagerar no protesto, aí sim, vamos nós, pessoas de bem, para a cadeia. E não teremos certamente os benefícios que esse criminoso de carteirinha tem.
Ora, se fosse num país sério, de democracia plena, onde não houvesse briga de beleza entre autoridades, onde bandidos não fossem soltos porque faltou uma vírgula no inquérito policial, sujeitos desta periculosidade apodreceriam na cadeia. Ficariam lá não só como punição, mas principalmente num ato de proteção da sociedade. Quem produziu e produz ainda (todos os dias), essas leis são esses câncer da sociedade brasileira, que precisamos extirpar. Protestando, como o fez o delegado Moacir, ou nunca mais votando neles, como devemos fazer todos nós eleitores, que não suportamos mais essa proteção à bandidagem, como a proporcionam muitos dos nossos políticos.
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