AINDA ESTÁ LONGE DO IDEAL, MAS JÁ MELHOROU MUITO
Não há como dizer que a saúde pública um dia terá solução total tanto no país como especialmente em nosso Estado. Mas também seria uma grande injustiça não se reconhecer que está havendo avanços consideráveis. Novos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), laboratórios, equipamentos de última geração para exames; mais de cinco mil rondonienses atendidos com exames de cateterismo no Hospital de Base; novos leitos no HB e melhorias da estrutura do João Paulo II; o hospital de Cacoal começando a atender, enfim, há sim melhorias nos serviços de saúde pública. Há alguns anos atrás, por exemplo, quem tinha problemas cardíacos ou pegava um avião para ser examinado em outros estados ou partia para a reza, porque por aqui não havia como resolver. Há quatro anos, contudo, o Centro Cardiológico do Hospital de Base realiza não só os exames mais sofisticados como cirurgias cardíacas das mais complexas. Dezenas de pessoas que esperavam meses por uma cirurgia ortopédica agora estão sendo atendidos em regime de mutirão, numa parceria do Estado com organizações médicas do centro sul. Só nas últimas semanas, mais de 350 cirurgias semelhantes foram feitas.
O HB é quase uma mini cidade. Tem centenas de funcionários, um corpo clínico de qualidade, realiza cerca de 1.200 cirurgias/mês e, só para se ter idéia da grandeza, a cozinha do hospital produz sete mil refeições/dia, podendo ampliar esse número para 10 mil. Dirigido há 20 meses pelo jovem médico Jean Negreiros, o HB está avançando, como o estão outras unidades da saúde em Rondônia. Há, claro, um longo caminho ainda pela frente e provavelmente nunca se chegará ao ideal. Mas que já se notam melhorias importantes, na administração Confúcio Moura, não há dúvidas. Tomara que continue nesse rumo, até porque a área de saúde é a principal preocupação dos rondonienses.
CASTIGO NACIONAL
Bancos, Correios, agentes penitenciários: a onda de greves não pára. Atinge o país todo e Rondônia não fica fora. Parece tudo engendrado para parar o Brasil e fazer um movimento semelhante a desobediência civil. Foi isso que o PT dos anos 80 preparou e que agora está pagando caro. Pena que junto com essas greves seguidas – e algumas delas absurdas, como as dos Correios, que entre outras exigências querem a contratação de mais 30 mil funcionários – o castigo maior recaia sobre a população. Se caísse só em cima de quem as incentivou, seria ao menosmais justo.
PODE PIORAR
Está difícil a convivência do Palácio Presidente Vargas com a Assembleia Legislativa. O governo rondoniense tem recebido duras críticas do parlamento e, principalmente, do seu personagem mais importante, o presidente Hermínio Coelho. Praticamente em todas as sessões, há discursos de Hermínio e vários outros parlamentares, contestando ações governamentais, exigindo mudanças, criticando duramente alguns assessores do governador Confúcio Moura. O clima não está bom e, se os bombeiros políticos não agirem logo, podem piorar ainda mais depois da eleição municipal.
VAI CUMPRIR?
A empresa Engesa, que ganhou a concorrência para construir os viadutos sobre a BR 364, em Porto Velho e que anunciou agora que vai abandonar as obras, prometeu tanto ao Dnit quanto ao prefeito Roberto Sobrinho que concluirá pelo menos os trabalhos que iniciou. Alguém acredita? Uma empresa que se anuncia praticamente quebrada, sem condições de tocar em frente não só as obras na Capital rondoniense como pelo menos outras oito país afora, vai cumprir alguma coisa? Muito difícil. Por isso é vital que o Dnit faça com urgência nova concorrência, para que os viadutos saiam finalmente do papel.
POR CIMA
O prefeito da Capital anda rindo sozinho. Roberto Sobrinho chega à reta final do seu mandato como o sétimo prefeito de Capital, com maior aprovação no país. Os dados são do Ibope, que em pesquisa nacional situou o alcaide porto velhense como um dos que têm maior aprovação e o petista segundo melhor colocado na aprovação da sua comunidade. Só ficou atrás do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim. Os números apontam para uma aprovação de 47% entre ótimo e Bom e um dos menores índices de rejeição entre os pesquisados: 17%.
ILUSÃO NOS NÚMEROS
A 16 dias da eleição, pesquisas internas continuam pululando dentro dos partidos. As mais sérias têm repetido mais ou menos a realizado pelo Ibope há algumas semanas. Mas a maioria dá vantagem para aquele candidato que a encomendou. É uma história que se repete há anos, em todas as campanhas. Candidatos se iludem, imaginando que estão bem à frente, quando a realidade é completamente diferente. Em Porto Velho, dos nove concorrentes, cinco têm condições de chegar ao segundo turno. Os outros já estão fora.
OPERAÇÃO AMAZÔNIA
Rondônia será um dos estados da região norte beneficiados pelo programa “Operação Amazônia”, desenvolvido pelas Forças Armadas e que envolverão um contingente de nada menos que cinco mil homens e mulheres. Basicamente, o objetivo é atuar em conflitos nos ambientes ribeirinhos e de selva, além de oferecer apoio médico e odontológico às populações isoladas. Expectativa é de pelo menos três mil atendimentos aos ribeirinhos isolados, que praticamente não têm acesso a nenhum tipo de assistência. Amazonas, Pará, Rondônia e Acre serão os estados atendidos por essa mega operação militar.
PERGUNTINHA
Dos 86 bilhões de reais que a Receita Federal está cobrando de inadimplentes do país inteiro, quantos bilhões foram sonegados em Rondônia?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)