A OPOSIÇÃO É INCOMPETENTE, MAS PODE
RESSURGIR PELOS ERROS DO GOVERNO
Onde está a oposição? Desde os anos 70, em plena ditadura militar, quando o poder das armas dominava o país e o então MDB chegou a pensar em ser dissolvido por seus próprios membros, então abandonados pela opinião pública, não se via uma oposição tão pífia e tão dividida, sem qualquer poder de fogo. Ao assumir o comando, o PT aplicou, na prática, o que condenava durante toda a sua existência anterior: loteou o poder, dividindo-o com praticamente todos os partidos importantes, deixando os poucos oposicionistas a ver navios, sem grana, sem articulação, sem discurso. O DEM está à beira da morte. O PSDB, composto por políticos que adoram um muro e apenas discursos, vive mais dividido do que pedaços de bolo de aniversário. O governo, poderoso, com dinheiro sobrando para seus apaniguados; com programas sociais que se transformam em voto; com discurso populista e enchendo todas as minorias de direitos sem fim (sem a contrapartida de deveres), calou a boca de qualquer tentativa de oposição, ao trazer para seu lado a grande maioria dos fisiologistas que existem neste Brasil.
Tem futuro a oposição? Por suas próprias pernas, já ficou provado que não. Mas a história pode se repetir, caso o segundo governo petista continue envolvendo em tantas denúncias. À beira da sepultura no início de 1970, o MDB saltou para uma vitória histórica em 1974, porque o povo disse não à (quase) unanimidade que, se imaginava, tinha a ditadura. À beira do velório, a essas alturas do campeonato, a oposição pode ressurgir forte, caso o governo petista continue loteando o poder, com parceiros do nível dos ministros que caíram por denúncias e esqueça que tem que governar para a maioria e não para grupelhos. Todo o poder à Dilma. Mas isso não quer dizer que é ela quem manda. Seus parceiros apaixonados só pelo dinheiro podem dar todo o combustível que falta à oposição. Há riscos de isso ocorra? É o que veremos já a partir de 2012.
CONDENAÇÃO
O caso da Operação Termópilas ainda vai longe. Vários dos acusados e todos os presos estão tentando habeas corpus e a tendência, dentro do que se vê como a Justiça tem agido, é que consigam, agora ou mais tarde. Os processos judiciais serão longos. O prejuízo maior, para os políticos, será a condenação da opinião pública. Afora isso, vão se passar anos, até que haja decisões judiciais definitivas.
FORA DE 2012?
Vários deputados que estavam de olho em 2012, acabaram envolvidos ou citados no novo escândalo que veio a público. Dois deles, pelo menos, estavam entre os principais nomes para as eleições municipais na Capital: Epifânia Barbosa e Zequinha Araújo. Saulo da Renascer era nome em alta em Ariquemes. Ana da Oito também estava bem na foto. Jean Oliveira tinha grande futuro na política.
SÓ UM MILAGRE!
O maior de todos os danos, que podem ser irreversíveis, atinge o deputado Valter Araújo, eleito com a maior votação entre todos os postulantes a cadeiras na Assembleia Legislativa e nome colocado em qualquer lista de pré candidatos com chances de comandar a Prefeitura de Porto Velho. Só um milagre para devolver ao presidente da Assembleia qualquer tipo de poder político.
SÓ PODE SER PIADA...
Essa foi contada como verdade, mas corre o risco de ser apenas folclore. Um dos personagens pegos com a boca na botila, na Operação Termópilas, negou conhecer o nome de uma pessoa, quando questionado pela Federal. Em seguida, lhe foi mostrado o áudio de uma conversa telefônica com a pessoa que o suspeito dizia não conhecer., Ele teria lembrado rapidinho:”ah, sim, é a minha mãe conversando comigo”. Será verdade?
NADA DE NORMAL
O assunto está afetando a Assembleia Legislativa, embora haja um esforço dos deputados que permanecem sem ter envolvimento no rol, em afirmar que tudo anda normalmente. Não está. A grande confusão será em relação a uma nova eleição da Mesa Diretora, caso se mantenha o afastamento dos atuais membros. A briga pelo poder no parlamento estadual está dura, acirrada e vai dividir a Casa. Ainda mais em ano pré-eleitoral.
LÁGRIMAS
O presidente interino da ALE-RO, deputado José Hermínio Coelho, foi uma das poucas pessoas a conversar com o presidente Valter Araújo, quando ele estava na Polícia Federal, ainda na sexta de manhã. Hermínio confidenciou a amigos que Valter estava perplexo, surpreso e muito abatido com a sua prisão. Não teriam faltado lágrimas no encontro dos dois.
GUERRA
Há uma batalha feroz pelo comando da Assembleia, embora ela ainda esteja restrita aos bastidores. Desde que Valter Araújo foi defenestrado do comando, os grupos não param de conspirar. O próprio governo do Estado se mobiliza, para tentar colocar na Mesa Diretora os seus aliados. Da porta para fora, nega-se tudo. Mas, nas entranhas, é guerra. E das mais duras.
PERGUNTINHA
Com o novo escândalo em Rondônia, alguém aí ainda lembra do que está acontecendo com o Ministério dos Esportes e o Ministério do Trabalho?