QUANDO APARECER LADRÃO DO
DINHEIRO PÚBLICO, SANSÃO NELE!
O desembargador Sansão Saldanha (foto), do Tribunal de Justiça de Rondônia, é daquelas personalidades que têm o poder de mudar as coisas, para melhor, mas muitas vezes seus atos em benefício da coletividade não são reconhecidos. Parece que pessoas assim apenas cumpram suas funções. Mas o dr. Sansão merece os agradecimentos de Rondônia,por sua coragem e visão jurídica, ao determinar medidas judiciais que culminaram com o desbaratamento de uma quadrilha de autoridades e funcionários públicos, que estavam atacando o patrimônio que devia ser de todos. Além da sua decisão histórica, em que mandou 14 para a cadeia e puniu dezenas de outros participantes do grupo, ele também se expressou como cidadão. À certa altura da sentença, escreveu, sobre a corrupção: “ nossa legislação é profícua em fornecer os meios procedimentais apropriados para se combater os desvios do dinheiro e bens públicos e frear as condutas dos agentes ímprobos. A notícia que correu recentemente é que são bilhões de dinheiro desviados. E a pesquisa mostra que se fossem os agentes honestos e o dinheiro utilizado corretamente, os problemas sociais de saúde, moradia, educação, segurança pública seriam menores”. Lembrou, ainda que no caso em andamento em Rondônia, “já se estima a cifra de R$ 120 milhões de negócios entre o Estado de Rondônia e as empresas investigadas. Contratos obtidos mediante fraude nas licitações”.
Mais adiante, na extensa decisão, o desembargador Sansão faz o comentário que todo o cidadão de bem gostaria de fazer: “esses fatos tem se tornado rotineiros na administração pública brasileira”. E lembrou: “até mesmo a administração federal já afastou quatro ministros de Estado de sua equipe, envolvidos em escândalos de corrupção”. Se poderia até criar uma frase especial na luta anticorrupção em Rondônia: onde houver ladrão do dinheiro público, Sansão nele!
O NOME DO PALÁCIO
Quem é o nome preferido pelo Palácio Presidente Vargas para assumir a Presidência da Assembleia Legislativa, quando for feita a eleição da nova mesa? A informação, é claro, é guardada a sete chaves. Mas a coluna antecipa quem está sendo sondado e que teria todo o aval do governador Confúcio Moura e sua turma: Jaques Testoni, do PSD de Ouro Preto.
BATALHA
A batalha pelo novo comando do legislativo estadual está sendo travada dentro da Assembleia, com representantes do governo conversando com vários parlamentares. Jaques Testoni, em seu primeiro mandato, é irmão do ex deputado e atual prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni, que vai disputar a reeleição.
OPÇÃO FORTE
Há outro nome, forte, com forte apoio dentro da Assembleia e que não seria antipático ao governo. Pelo contrário. Ocorre que o ex presidente Neodi Carlos não estaria propenso a aceitar a incumbência, caso ela lhe caísse nas mãos. Mas tem a seu favor a simpatia de vários colegas e o fato de ter passado incólume por dois mandatos no comando do legislativo.
“É FRIA”!
Neodi teria sido procurado por deputados considerados de linha de frente na ALE e que nada têm a ver com o esquema de corrupção denunciado. Ele teria só ouvido e pouco falado. É que amigos próximos ao ex comandante da Assembleia tem tentado convencê-lo de que voltar a comandar a ALE, nesse momento, é uma fria. Ninguém confirma oficialmente nada sobre o assunto, é claro!.
FORA DO BARALHO
O que tudo isso significa? Que tanto o Palácio do Governo como a própria Assembleia não contam mais com uma possível volta de Valter Araújo, mesmo que ele acabe liberado pela Justiça. O presidente preso pela Polícia Federal na grande operação da semana passada, já está sendo tratado como carta fora do baralho. Pelo menos é o que indicam todas as informações de bastidores que vêm da ALE. E do Palácio do governo.
TESTEMUNHA
O PT emitiu nota oficial, esta semana, defendendo sua presidente, Epifânia Barbosa e afirmando que ela foi chamada à Polícia Federal apenas na condição de testemunha do caso. Nota da própria PF confirma que Epifânia depôs nessa condição. A posição petista reafirma também o apoio à toda a operação Termópilas e que confia plenamente em sua presidente regional. Mais não disse, mesmo depois de uma reunião que começou às 8h da manhã e terminou às 2 da tarde.
E AGORA, PF?
O deputado Euclides Maciel, citado na Operação Termópilas, disse em alto e bom tom: se ficar provado qualquer coisa contra ele, renuncia ao mandato. Falou perante dezenas de testemunhas e nos microfones das emissoras que o entrevistaram. Cabe agora à Polícia Federal dizer publicamente do porque do parlamentar de Ji-Paraná ter sido indiciado, porque o próprio Maciel lançou o desafio. Se a PF não falar, é porque envolveu um inocente na sua operação.
PERGUNTINHA
O desembargador Sansão Saldanha não merece ser agraciado com o título de Cidadão Rondoniense?