Sexta-feira, 25 de outubro de 2013 - 08h30
Recorde de reclamações dos consumidores em todo o país, as empresas de telefonia enchem os bolsos, têm faturamentos bilionários, mas o serviço que prestam em contrapartidas são pífios. Há vários motivos para isso. Um, financeiro. Para melhorar a qualidade dos serviços, são necessários investimentos, inclusive em áreas onde a lucratividade é menor. Outro, é prático: melhorando significativamente a internet, as operadoras correm o risco de perder o mercado de telefonia, já que as comunicações seriam - como já o são em outros países - através do Skype e outras formas de comunicação, dentro do sistema de computação. Há um terceiro motivo importante: as empresas vendem milhões de aparelhos celulares e computadores mas, ao mesmo tempo, não investem proporcional em estrutura que permita uma melhor comunicação entre eles. O quadro lamentável se espalha Brasil afora e, nas regiões mais distantes, como Rondônia e o norte do país, a situação é quase caótica. Há operadoras cujos celulares funcionam numa cidade, mas não funcionam em outras. Há casos de áreas distantes alguns poucos quilômetros as áreas urbanas, sem sinal de celular ou internet. Milhares de rondonienses que vivem em regiões mais longínquas, estão à margem do crescimento das telecomunicações, pela inércia e desfaçatez das empresas responsáveis.
Está na hora de se intervir com força nesta questão. Todas as multas bilionárias aplicadas às operadoras, só resolvem o problema de caixa dos governos, principalmente da União. O que tem que se fazer é multas as empresas com serviços de contrapartida à população. Enquanto não pagasse aos consumidores sua dívida, a empresa não poderia mais, por exemplo, vender uma só linha telefônica. Não é tão difícil resolver as coisas. Mas é sempre bom lembrar em que país estamos...
AS DIFERENÇAS DO CÉSAR
O prefeito de Rolim de Moura, César Cassol, tem algumas particularidades em suas ações que certamente o diferenciam da maioria dos prefeitos brasileiros. Exemplos: só usa seu carro particular. Não tem carro oficial. Só usa se celular pessoal. Nem um centavo dela é pago pelos cofres municipais. Não tem aqueles fones corporativos. Não recebeu uma só diária desde o dia em que tomou posse, ou seja, há quase dez meses. Quando vai a Porto Velho para tratar de assuntos da sua cidade, paga a passagem aérea do seu próprio bolso. Não é um prefeito diferente da média nacional?
O ALVO É 2014
A Câmara da Capital aprovou o fim do voto secreto. Inclusive a decisão já vale para quando ocorrer o julgamento dos envolvidos na Operação Apocalipse, que estão sendo alvo da Comissão Processante que foi criada recentemente. A decisão foi unânime, mas houve bate boca e até ameaças daqui e dali. É uma mudança importante, mas o que se nota é que a Câmara atual está muito mais preocupada com questões políticas do que sua antecessora. A corrida pela Assembleia, para vários edis, é única prioridade. Então, tem que ficar bem com o que quer o eleitor. Nesse caso, os interesses coincidiram.
PARA NÓS, MENOS...
No mesmo dia em que a ministra Geisi Hoffmann prometia ao senador Acir Gurgacz mais investimentos em Rondônia, o próprio governo cancelava mais uma obra importante para o Estado, a dragagem do rio Madeira. Mesmo assim, é lembrar que não fosse a pressão de Acir, Raupp, Cassol e da bancada federal, as coisas poderiam ainda ser piores. Veja-se por exemplo a forma como a União trata Rondônia, em relação à dívida do Beron e como trata outros estados.
..PARA O SUL, MAIS
O Rio Grande do Sul, por exemplo, região rica e desenvolvida, teve sua dívida com os cofres federais muito reduzida. Vai pagar menos 1 bilhão e 200 milhões, aproximadamente, apenas com a mudança dos índices oficiais. Já a dívida do Beron, paga mais de uma vez, continua crescendo de forma inacreditável, porque os reajustes aplicados são em nível de agiotagem. Nenhum tratamento especial a uma região pobre e que precisa crescer, como a nossa. Já para os ricos gaúchos....
CAPITAL E INTERIOR
É impressionante o crescimento do interior de Rondônia. Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena, ao longo da BR, estão em alta. Ji-Paraná é a cidade que mais recebe investimentos empresariais e obras de infraestrutura. Fora do eixo da BR, Rolim de Moura é apenas uma entre tantas comunidades que se expandem. Pena que Porto Velho não tenha o mesmo espírito interiorano. Por aqui, as coisas se arrastam, não andam ou, quando andam, o fazem como caranguejo: para trás...
AVANÇO
Como prometeu, o governo rondoniense começou a resolver, enfim, a situação até há pouco caótica da lateral da BFR 364, na Capital. A primeira parte da obra de asfaltamento está pronta e entregue. Parece inacreditável que alguma obra em Porto Velho tenha andado, mas essa andou. O DER de Lúcio Mosquini continua trabalhando na área para melhorar toda a estrutura das pistas laterais. Em breve, a área estará totalmente recuperada. Por que a Prefeitura não resolveu o problema antes?
PERGUNTINHA
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