UMA PESQUISA QUE RESUME NOSSO DRAMA
É incompreensível como a violência incontrolável que assola o país, não seja tema prioritário de autoridades dos três níveis de governo, do Congresso, do Ministério Público, do Judiciário. A criminalidade parece ser assistida como se nada de grave estivesse acontecendo. Em cada canto deste Brasil; se ouve muitas sentenças e discursos em defesa dos direitos humanos dos bandidos, mas raramente de suas vítimas. Pesquisa nacional do instituto Datafolha e do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, com aval do Ministério da Justiça, aponta que brasileiros de todos os quadrantes mudaram seus hábitos por causa do medo, do pânico, da insegurança geral e da absoluta impunidade. O brasileiro muda sua vida, torna-se prisioneiro dentro da própria casa, na vã tentativa de escapar dos bandidos. Das 27 capitais brasileiras, em Porto Velho, só como exemplo, a pesquisa aponta que quase 69% das pessoas entrevistadas tiveram que mudar seus hábitos para tentar escapar da violência. Em Porto Velho, 47% dos consultados deixaram de ir a determinados bancos ou usar caixas eletrônicas, abrindo mão desses serviços para tentar manter-se longe dos bandidões que nos assolam. Foram ouvidas 75 mil pessoas no país inteiro.
A pesquisa é incontestável. Então, porque o lava-mãos de nossas autoridades de todos os poderes? Porque, apesar de tudo, das tragédias diárias, das mortes brutais, dos assaltos violentos, o que se vê na mídia são discursos inflamados de protetores dos diretos humanos dos bandidos e em defesa de mais qualidade nos presídios, como se os criminosos estivessem ali por injustiça. Só aqui e ali, se houve quem fale sobre as vítimas, suas famílias e seus amigos. O que está acontecendo com este país? Talvez alguém aí saiba a resposta, porque parece coisa de doido...
MELHOROU
Deu uma pequena esquentada a campanha eleitoral em Porto Velho. Os candidatos já têm seus comitês instalados e o corpo a corpo se amplia. De todos, o empresário Mário Português é o que está investindo mais pesado. Terá um comitê central, na avenida Nações Unidas e outros dois, em bairros populosos da Capital. Os demais postulantes também começam a acelerar o passo. E as gravações para os programas do horário eleitoral gratuito começam a ser feitas a partir da primeira semana de agosto. Vão ao ar a partir do dia 21.
FAZ DE CONTA
O Estadão do Norte informa que o garimpo de diamantes voltou com força na Reserva Roosevelt. Aquela mesma, onde índios massacraram 29 garimpeiros em 2004 e até hoje ninguém foi sequer denunciado. Aquela mesmo em que o governo federal anunciava que estava protegida e que nenhum estranho poderia ingressar na área, que pertence aos Cinta Larga. Aquela mesmo em que contrabandistas enchem os bolsos de dinheiro, levando nossas riquezas embora. É o Brasil, país do faz de conta.
SERES INFANTIS
Na Roosevelt, com exceção de alguns caciques, que negociam com contrabandistas e andam de camionetas zero quilômetro, os índios vivem mal, sem atendimento, sem saúde, praticamente passando fome. O governo brasileiro, com apoio do Congresso, do Ministério Público Federal e do Judiciário, acham que é correto deixar como está, sem que os donos dos diamantes possam usufruir da enorme riqueza sobre a qual estão sentados. Pelas leis brasileiras, os índios são considerados seres infantis, sem vontade própria, sem direito real ao que é deles.
CENSURA PRÉVIA
Advogados e representantes do Partido dos Trabalhadores querem reimplantar a censura prévia no Brasil. Entraram com pedido junto ao TSE, para tentar impedir que imagens do julgamento do Mensalão e declarações dos réus sejam utilizadas nas campanhas para as prefeituras, Brasil afora. Ou seja, não querem que um tema nacional, de grande interesse de toda a população, seja divulgada, temendo certamente que o partido poderá ser prejudicado. Espera-se, é claro, que o TSE não apóie esse absurdo.
OLHA A ONÇA!
Levantamento feito no Parque Ecológico da Capital, trouxe uma boa notícia para a população. Encontrou-se vestígios de animais que pareciam ter sido extintos na área. Pegadas inclusive de onças pintadas foram localizadas. Outros animais que ainda vivem no entorno do parque: tamanduá mirim, tamanduá bandeira, pelo menos seis espécies de macacos, gato maracajá, ariranha, cuati, caititu (porco do mato), veado roxo, paca, capivara e porco espinho. Mesmo com a invasão de sítios naquela área, os animais ainda têm suas áreas de sobrevivência. E estão por lá.
ATÉ QUE ENFIM!
Finalmente, as obras do terminal do aeroporto Jorge Teixeira, que se arrastavam a passos de cágado, vão começar a andar. Já duram nove meses. Se fosse num país sério, alguém iria responder pela demora exagerada, pelos transtornos causados aos passageiros e para se saber onde serão gastos os 8 milhões de reais. Agora, com a chegada do novo superintendente da Infraero, Vicente Oliveira, funcionário de quadro, as coisas voltaram a funcionar. Dizem que Vicente dá duro e quer resultados. Tomara que funcione, dessa vez. Porque até aqui, nada deu certo naquela reforma.
PERGUNTINHA
Será que os londrinos vão conseguir apagar o vexame de trocar as bandeiras das Coréias do Norte e do Sul, arquiinimigas, durante os Jogos Olímpicos?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)