TEM MARAJÁ QUE GANHA 47 MIL SÓ DE AUXÍLIO GASOLINA
Há mais de duas décadas, Fernando Collor de Mello se elegeu como “caçador de marajás”. Iria combater os casos de servidores públicos e autoridades que ganhavam salários milionários. O contraste dos milionários com o dinheiro público e a grande maioria dos brasileiros, pobres e sem acesso a qualquer mordomia, foi a isca usada por Collor, depois cassado, para chegar à Presidência. Agora, tantos anos depois, sabe-se que os marajás jamais foram caçados. Pelo contrário, eles são cada vez em maior número, usufruindo de uma série de benefícios legais, implantados na vida pública brasileira por irresponsáveis no Congresso e cumpridas pelo Judiciário, que também deveria ajudar a fiscalizar, mas obviamente lava as mãos, porque ele não faz as leis, só as cumpre. Centenas de funcionários federais ganham mais que a Presidente da República, o que é ilegal. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, ganha 43 mil reais, somando o salário e os penduricalhos que a lei lhe dá direito. É empregado da dona Dilma, mas ganha quase duas vezes mais que ela. Isso sem contar um funcionário da Prefeitura de São Paulo, que só como “auxílio gasolina” recebe 47.500 reais.
A revista Época desta semana conta vários casos de marajás que ganham uma fortuna, usando brechas nas leis para encher seus bolsos. É por essas e outras que a maioria dos poderes não quer cumprir a lei de transparência, que manda divulgar quanto ganham todos os servidores públicos, em todos os níveis de governo. Várias ações judiciais estão pingando nos tribunais. Já pensou se os pobres brasileiros descobrem quanto ganham, realmente, nossas autoridades e centenas de funcionários de todos os poderes? Nesse momento em que 300 mil servidores estão em greve por melhores salários, é sempre bom saber que entre eles há uma casta de milionários. No Brasil da vida real, há cada vez mais marajás.
STF E OS 13 REAIS
Quando se fala na lerdeza do Judiciário, o que não se sabe é o volume de casos, muitos deles totalmente insignificantes, que deveriam ter sido decididos na primeira instância e que acabam indo até o Supremo. Um exemplo entre milhares: um homem que roubou um farol de milha, avaliado em 13 reais, teve seu caso indo até o Supremo. Os ministros o condenaram pelo furto, certamente depois de longo tempo perdido com uma besteira dessas.
DOZE CAMARÕES
Mais dois exemplos absurdos, que também chegaram ao Supremo. Um deles é o caso de um pescador que tirou 12 camarões a mais do mar, em Santa Catarina e foi processado. Nesse caso, os ministros o absolveram, depois de longa discussão. Um terceiro:homem roubou uma bermuda e o processo acabou no STF. Essas histórias foram contadas pela jornalista Mônica Bérgamo, em seu blog. Dá prá entender agora porque algumas decisões judiciais demoram até uma década para sair?
ANALFABETOS
Quando se protesta contra erros grosseiros de português, há os que acham exagero. Na propaganda eleitoral gratuita, em Rondônia, os erros crassos nas legendas dos depoimentos dos candidatos são absurdos. Trocar o U pelo L, como em mau ou mal; errar palavras simples, como município, escrevendo munisípio com são apenas alguns exemplos. Não é possível que além de agüentar a mesmice na propaganda eleitoral, a gente ainda tenha que assistir a estes verdadeiros ataques de analfabetismo à língua mãe.
INACREDITÁVEL
Se essa história contada em outras circunstâncias, se poderia considerar uma piada ou pura invenção. Mas é real. MST e movimentos populares foram pedir ajuda ao governador paulista Geraldo Alckmin, para conseguirem apoio na luta pela reforma agrária. Informaram que com o governo federal estão tendo grandes dificuldades. Deu prá entender? Os movimentos criados pelo PT foram pedir ajuda a um tucano de primeira hora. Realmente, esse mundo endoidou!
BOCA NA BOTIJA
Sem dar bola para a legislação, ignorando o bom senso e demonstrando que a população de Rolim de Moura errou feio em elegê-lo vereador, José Messias de Oliveira, o Messias da Pedra, foi preso em flagrante. Comprando voto de uma eleitora pobre, que contou às autoridades que a passagem que usaria tinha sido dada a ela pelo vereador. A partir da suspeita da malandragem, a polícia e as autoridades da Justiça Eleitoral passaram a monitorar o comprador de votos e ele acabou pego com a boca na botija. Para quem ainda acredita que as leis no Brasil são para todos, só se pode esperar punição exemplar. Mas...
GREVE PERIGOSA
Policiais federais e policiais rodoviários estão pressionando o governo em busca de melhores salários e condições de trabalho. Aliás, como o estão fazendo representantes de pelo menos 30 categorias de funcionários da União. Mas, com relação aos policiais, há que se ter cuidado. A forma como eles estão fazendo protestos país afora, caminha numa linha tênue entre o direito à greve e o desrespeito ao governo e ao povo brasileiro. Todos têm direito dereivindicar. Mas algumas categorias, principalmente as que têm a missão de proteger a população, tem que agir com todo o cuidado. Gente armada não pode assustar a quem deve proteger.
PERGUNTINHA
Com o horário eleitoral gratuito, já deu para escolher em quem você vai votar na eleição de 7 de outubro?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)