O FILME ESTÁ TENDO O FINAL INFELIZ
QUE JÁ ESTAVA PREVISTO HÁ TEMPO
Está chegando às raias do impossível, que a transposição se realize dentro daquilo que Rondônia esperava. Todos os indícios apontavam, desde cedo, que o governo federal não toparia assumir um compromisso que, a valores de hoje, chegaria a mais de 30 milhões de reais todo o mês, apenas ao passar os servidores do ex-Território Federal para sua folha de pagamento. Interpostas todas as dificuldades, colocadas todas as barreiras possíveis ,a União informou que a transposição será feita somente para os servidores contratados até 1987, com pequena chance de estender até 1991 para algumas categorias. Todos os demais estarão excluídos. Pior, porque as más notícias em relação à transposição parecem não ter fim: mesmo transpostos, os funcionários só receberão os valores que ganham hoje do Estado. Não haverá qualquer vantagem financeira. Tudo isso foi dito, com clareza, pela ministra Chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann (foto) tanto a representantes da bancada federal quanto aos sindicalistas que com ela estiveram. Sem sutileza, a ministra ainda avisou: entende a decepção dos servidores rondonienses, mas se eles tentarem alguma medida extrema, como fechar o acesso às obras das usinas do rio Madeira, a Força Nacional de Segurança será acionada.
A decepção geral ainda não foi transmitida com toda a clareza aos interessados. Como é ano eleitoral, há os que ainda tentam dizer que há margem para novas negociações e que ainda poderá ter final feliz.. Não haverá. A decisão está tomada. Como deixou claro desde o início, o governo não vai tratar os nossos servidores como tratou os de outros ex-territórios. Queiramos ou não, tinha razão o senador Ivo Cassol, que quando governador vivia alertando: “a transposição não vai sair nem perto do que a gente quer”. Previu e acertou.
MÃE DINÁ!
Na segunda, todas as candidaturas estão postas, nos 52 municípios rondonienses. A principal disputa será mesmo em Porto Velho, com um mínimo de uma dezena de postulantes à sucessão de Roberto Sobrinho. Podem haver surpresas de última hora, mas a tendência é que os principais nomes já conhecidos, sejam mesmo colocados na disputa do primeiro turno. Lá na frente, quando da segunda etapae decisiva etapa, é que se saberá quem tem mais bala na agulha. Fazer qualquer previsão hoje, sobre quem será o futuro prefeito, nem a Mãe Diná!
SINUCA DE BICO
O senador Valdir Raupp é um dos nomes mais poderosos do PMDB. E é aliado de primeira hora do PT e do governo Dilma Rousseff, como já o fora de Lula. Agora, está numa sinuca de bico, por causa de questões locais. Em Brasília, tem sido pressionado para que o PMDB, em sua cidade, Porto Velho, feche aliança com a petista Fátima Cleide, que encabeçará a chapa. O PMDB indicaria o vice. É isso que Raupp tem ouvido com insistência em encontros políticos em Brasília.
DECISÃO É AMANHÃ
Ocorre que o partido de Raupp, em nível municipal, reafirma que lançará candidatura própria. O nome principal é o do médico José Augusto, que tem apoio dos chamados “peemedebistas históricos”. Mas o alto comando petista – inclusive a pedido de Fátima Cleide - quer que Raupp intervenha no assunto. O poderoso senador rondoniense, contudo, está evitando impor sua autoridade justamente no diretório da capital do seu Estado. É coisa complicada. O PMDB local faz sua convenção amanhã.
CORAÇÃO NA MÃO
A batalha pela Prefeitura da Capital deixa todos os candidatos com o coração na mão, nessa reta final antes do início da campanha. E, ao mesmo tempo, há alguns que estão esquecendo um fato que pode desequilibrar a seu favor: a escolha do marqueteiro, vital hoje em qualquer disputa política. E marqueteiro bom é sempre procurado por muita gente. Por exemplo: Antonio Augusto, que ajudou a eleger e reeleger Roberto Sobrinho, tem sido um dos mais procurados. E não só por candidatos daqui, mas de outros estados também.
HORA DAS DEFINIÇÕES
Ele ainda não decidiu bater o martelo. Assediado por vários candidatos na Capital, o publicitário comentou que o prazo para as decisões está se esgotando, até porque precisa definir se atuará prioritariamente em Porto Velho ou em outras regiões, onde tem sido requisitado com insistência. O que se sabe que ele tem até uma preferência por fazer campanha de um dos novos nomes da política local, mas depende de acertar detalhes que ainda estão indefinidos. Parece que este final de semana será decisivo para o assunto.
BOLSA MOLEZA
Há algumas poucas famílias recebendo até quatro vezes a mais que a média, no Bolsa Família. Nessa turma, é claro, ninguém quer trabalhar. Está na hora do governo rever o programa, que deveria atender apenas famílias em grave estado de pobreza e sem renda, como aliás, acontece com a grande maioria dos casos. Mas, os espertos ganham bem mais, graças ao número de pessoas numa casa, esses poucos não vão querer largar o osso e procurar um serviço. Tem milhões de brasileiros, empregados, que ganham 622 reais por mês, menos os descontos. A minoria que recebe muito tem que ser excluída no programa, urgente.
PERGUNTINHA
Quantos denunciados por sacanagem e corrupção, nos últimos anos, estão agora cumprindo pena de prisão ou devolveram o que roubaram ao erário público?