Domingo, 22 de maio de 2011 - 08h16
APENAS ENCONTROS SOCIAIS, CHEIOS DE
DISCURSOS, RESOLVEM ALGUMA COISA?
Para que servem esses grandes eventos reunindo dezenas de autoridades, para combater a corrupção? Há algum corrupto preso? Entre as centenas de ladrões do dinheiro público, muitos pegos com a boca na botija, alguém devolveu um centavo aos cofres públicos? Qual corrupto que todos conhecemos – eles estão sempre saindo na mídia – está atrás das grades, cumprindo longas penas? Os casos são centenas, mas vamos a um deles, pelo terror que causaram na população: mulheres de prefeitos de duas ou três cidades brasileiras pegavam o dinheiro da merenda escolar, destinado a milhares de crianças. E compravam perfumes, roupas e até uísque. Foi notícia em todo o país e até no exterior. Por favor, alguém aí sabe se estas mulheres estão na cadeia? Se devolveram o que roubaram das crianças pobres?Daqui a dez ou 15 anos, quando o processo contra elas tiver sido concluído, alguém aí vai lembrar o que elas fizeram? E as crianças que deixaram famintas, serão protegidas, ajudadas, apoiadas?
Está na hora de parar com tanta hipocrisia. Criadas por muitos legisladores reconhecidamente corruptos, as leis os protegem, apoiam a impunidade, incentivam a sem vergonhice e a roubalheira. Eventos contra a corrupção só servem para o ego de algumas autoridades, para fazer de conta que o Brasil não aceita e nem admite esse tipo de crime, para falar num país ideal, não no nosso. Enquanto a corrupção e seus crimes hediondos contra a população for tratada, na vida real, como uma coisa normal, ser julgada como algo comum e corriqueiro, como um mal sem solução, não adiantará nada ficar discursando e fazendo encontros oficiais, como se isso adiantasse alguma coisa. Sem cadeia, sem punição dura, sem devolução imediata, com juros, correção e pesadas multas, de tudo o que foi roubado, só restarão os discursos vazios e os encontros que não trazem resultado prático nenhum.
EMPRESARIADO
É no meio empresarial que alguns partidos começam a buscar novos nomes para a disputa de 2012 à Prefeitura de Porto Velho. Há outros já conhecidos, como o do atual vice-prefeito Emerson Castro, destacado membro do mundo dos negócios na área hoteleira. Mas, aos poucos, começam a surgir caras novas na política da Capital do Estado, que poderão entrar com tudo na disputa do ano que vem.
O NOME DA DYDYO
O PMDB, por exemplo, começa a pensar no nome do empresário Robson Dorner, diretor da Refrigerantes Dydyo, como potencial candidato à Prefeitura de Porto Velho. Nesta semana, num conhecido restaurante da cidade, Robson era o convidado de honra de um grupo de conhecidos peemedebistas. O assunto está andando. Uma das dificuldades seria que Robson não é filiado ao partido. Ainda.
DEPENDE DO GRUPO
Embora não fale oficialmente no assunto, o empresário, que comanda um grupo entre os mais conhecidos e respeitados do Estado, estaria propenso a pensar com seriedade sobre o assunto. Dependeria da formação de um grupo forte e de outros quesitos importantes numa disputa deste porte. Ele não é de entrar em alguma batalha para perder...
HOMEM DA SAGA
No empresariado, outro nome que começa a buscar espaço para entrar na corrida ao Palácio Tancredo Neves, é Ivan Rocha, o Ivan da Saga, também nome que se tornou conhecido da população por seu arrojo no setor de vendas de carros e como “garoto-propaganda” da sua empresa. Ele chega para a corrida com o apoio total do ex-governador e atual senador Ivo Cassol.
CONVITES NÃO FALTAM
Ouve-se aqui e ali, a citação de outro nome do empresariado: o de Mário Português, um dos mais conhecidos e competentes comerciantes do Estado. Ele já teria sido sondado por mais de um partido, embora não tenha demonstrado interesse maior no assunto. Mas só o fato de ser lembrado para comandar a cidade que o adotou e que ele adora, já foi uma homenagem.
SALVAÇÃO DOS PREFEITOS
Os prefeitos, que sempre estão sob fogo cerrado por falta de recursos – e que tanto precisam deles para tocar em frente as realizações nas suas comunidades – tiveram grande notícia nesta semana que encerra. O governo Confúcio Moura liberou mais de 27 milhões de reais do Fitha, para obras e investimentos. Uma boa notícia para os alcaides rondonienses. E para suas cidades.
ADEUS À LÍNGUA
“A gente fomos”. “Oi nóis aqui traveiz”. “Os pessoal chegaram”. “Nóis paréci que num presta mais nóis semo gente trabaiadora”. “Os livro tão emprestado”. A partir de agora, segundo o MEC, vale tudo na língua brasileira. E já deve ter gente pensando em criar uma lei para criminalizar quem corrigir os horrores praticados contra a língua portuguesa. Estamos perdidos, mesmo...
AGORA OU NUNCA
Esta próxima terça-feira decisiva, para o Brasil e para Rondônia também. Pode ser a última oportunidade de se votar o novo Código Florestal. Governistas e grupos ligados aos interesses estrangeiros vão fazer de tudo para a lei não passar no Congresso. Mas ainda há esperança que a maioria, com sentimento patriótica, defenda nosso país. E aprove a nova lei.