Quarta-feira, 4 de maio de 2011 - 06h45
A HISTÓRIA ENSINA QUE É PRECISO
MOSTRAR FORÇA E COBRAR AS CONTAS
Em 7 de dezembro de 1941, sem aviso prévio ou declaração de guerra, os japoneses atacaram o porto havaiano de Pearl Harbor (foto), colocando os Estados Unidos na Segunda Guerra e transformando-a num conflito mundial. O ataque causou menos de três mil mortes. Em 11 de setembro de 2011, aviões pilotados por suicidas, a mando de Osama Bin Laden, destruíram as torres gêmeas do World Trade Center, em New York, levando a tragédia, pela primeira vez na história, para território americano. Menos de três mil americanos morreram. Na Segunda Guerra, que ainda era um conflito violento, mas travado de forma tradicional, em que os inimigos se conheciam, deu no que deu. Japão, Alemanha e outros aliados foram praticamente destruídos. No caso da “guerra santa” dos fanáticos religiosos, que matam em nome de Alá (o deus deles, que, aliás, só prega a paz e a harmonia), o inimigo não tinha identidade, nem rosto, nem defendia trincheiras ou ideologias, que não fosse a absurda loucura de eliminar civis em nome de confusas crenças, que o Ocidente até hoje não compreende bem.
Os americanos têm sim graves problemas, dentro e fora do seu país. Mas, como povo, são guerreiros e não perdoam. Caçaram Osama Bin Laden como se caça um animal durante uma década. Pelo caminho, destruíram tudo e todos os aliados do terrorista, que encontraram pela frente; mudaram a geopolítica, cometeram muitos erros, perderam muitas vidas, mas jamais desistiram. Descobrir e matar Osama Bin Laden foi um feito simbólico, mas importante. A tal guerra santa vai continuar, mas ao menos os envolvidos vão saber o quanto terão que pagar por seus crimes. Pode-se até não gostar deles, mas têm que se reconhecer que os americanos não se deixam levar pelo medo. Cobram a sua conta.
NUVENS NEGRAS
A coluna já antecipou há semanas atrás sobre a formação de nuvens negras no meio político do Estado. Os indícios já começaram mais fortes e podem chegar agente considerada peso-pesado. Insatisfações, conflitos de interesses, falta de acordos e de diálogo podem mudar o quadro que, hoje é, aparentemente, de calma e tranqüilidade.
SEM RESPOSTAS
Será que o Código Florestal será mesmo votado nesta quarta? Será que pelo menos uma vez os produtores rurais – pequenos, médios e grandes – serão respeitados como uma parte da população vital para o país? Ou vencerá novamente os adeptos da floresta intocada para os brasileiros, mas aberta para interesses estrangeiros? Dentro de pouco tempo saberemos essas respostas.
DECISÃO NO PSDC
Nos próximos dias, o PSDC, um dos partidos que mais cresce no Estado, definirá sua posição em relação ao governo Confúcio Moura. Aliado até agora, embora sem participar do governo, há grande descontentamento na sigla e o presidente Edgar do Boi está sendo pressionado a passar para a oposição. A decisão será anunciada nos próximos dias.
LÁ VÊM ELE!
Nossos vizinhos bolivianos vão criar uma legislação que dá os mesmos direitos à terra do que os têm os seres humanos. Ou seja, a terra não mais servirá às pessoas, mas terá tratamento como se fosse uma pessoa, segundo a idéia maluca de Evo Morales. Indústrias, mineração e exploração de riquezas da terra poderão ser proibidas. O plantio da folha de coca, base para a produção de cocaína, contudo, não terá prejuízos. Continuará sendo incentivada.
RISCO À DEMOCRACIA
Praticamente sem oposição – o que é perigoso para a democracia – o governo Dilma Rouseff apóia a criação do novo PSD, que também será aliado a ela, para corroer o que resta ainda de políticos que não concordam com o governo petista. O único problema que ela terá será conseguir tantos cargos para abrigar todos os parceiros. Pelo jeito, só o que restar do PSDB e do DEM farão oposição. Ninguém mais.
APAGOU A LUZ
Ah, esse pobre país! Estamos falando em Copa do Mundo e Olimpíadas e cada vez mais mostrando como são incompetentes nossos gestores. Para não se falar em má fé. Todos lembram do estádio do Engenhão, no Rio, aquele que poderia ter o dobro do tamanho com a fortuna gasta. Pois por lá o sistema de iluminação já deu mostras de estar podre. E o estádio é novíssimo. Dá prá acreditar numa coisa dessas?
MACRO CRESCIMENTO
Em 40 anos, a população de Rondônia saltou de pouco mais de 100 mil habitantes para perto de 1 milhão de meio. Foi um dos maiores crescimentos demográficos do país. Entre 1970 e 1980, por exemplo, a população rondoniense cresceu quatro vezes. Já éramos mais de 400 mil nos anos 80. A partir daí, segundo dados do IBGE, o aumento populacional foi em média de 100 mil pessoas por ano.
VAI CAIR
Se levarmos em conta que de 2009 para cá, em 2010 e agora, em 2011, chegaram a Rondônia e especialmente para Porto Velho bem mais de 100 mil pessoas, por causa das obras das hidrelétricas do Madeira, se constata que o crescimento populacional do Estado continua muito acima da média nacional. A tendência é que acabe decrescendo a partir de 2015.