Quinta-feira, 5 de maio de 2011 - 07h02
NO XINGU, QUEM SAIR DA TERRA ESTÁ
PROIBIDO DE VOLTAR. E SAI SEM NADA
Quem não faz parte do time, quem não é de ONG, Cimi ou qualquer dessas entidades que defendem a devolução aos índios das terras que eles tinham nos tempos de Cabral, que tente conseguir alguma informação sobre o grande esquema para tirar centenas de famílias de produtores rurais das terras. Para que elas seja entregues a algumas tribos! Não conseguirá de jeito nenhum...O esquema, para manter-se secreto, sem acesso à informações aos que, por exemplo, podem querer contestar o absurdo, é descentralizar tudo. Ao se pedir alguma informação na Funai, o sujeito é mandado para outra cidade. O argumento: “não, aqui a gente não sabe nada”. No Cimi a mesma coisa. Nas ONGs, nem se fala, até porque muitos de seus membros não falam português e fazem questão de não falar, para não precisar dar explicações. Quando a vítima vê, sua terra foi tomada à força e o governo já mandou a Força Nacional de Segurança, para tratar quem viveu na terra durante anos, produzindo, como se fosse bandido.
Exagero? Não é. Em São Félix do Xingu está acontecendo. Grandes, médios e pequenos proprietários que viviam na área durante longos anos, produzindo grãos e criando gado, perderam tudo. Sob o tacão da Força Nacional de Segurança, são impedidos de tirar qualquer bem ou animal de suas propriedades. Se saírem – só com o que puderem levar, como a roupa do corpo e bens pequenos – nunca mais podem voltar. Não há como recorrer, porque a decisão do governo foi baseada em estudos apresentados pelas entidades que querem a floresta intocada e, não importa se verdadeiros ou não, tais estudos são considerados definitivos. Rondônia que se cuide! Em Porto Velho, Vilhena e Espigão, o que está acontecendo no Pará e já aconteceu no Mato Grosso do Sul, está prestes a se repetir por aqui.
SEM PROCESSO JUDICIAL
"Vivemos na prática uma ditadura ambiental no Pará, onde os empresários são tratados como bandidos, sem qualquer direito a defesa. Nunca antes vimos indústrias sendo desmontadas e levadas embora pela polícia, sem qualquer processo judicial". A frase é do empresário Luís Carlos Tremonte, presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Sudoeste do Pará (Simaspa). Não se ouviu o mesmo de autoridades de Rondônia?
PATROL
Mesmo na temporada de chuvas, mesmo com todas as dificuldades para executar o trabalho, o DER já patrolou mais de mil quilômetros de estradas em Rondônia, segundo o diretor Lúcio Mosquini. Para pouco mais de 100 dias de trabalho, é um resultado muito positivo, que não se pode ignorar. Parece que o Mosquini é um verdadeiro patrol no trabalho, com o perdão da comparação.
NÃO TEM JEITO!
Que hospital aguenta atender, em menos de três dias, mais de 500 novos pacientes? Pois esse é o número de casos graves registrados no João Paulo II, em Porto Velho, só no último final de semana. E praticamente tem sido uma rotina. Nessa média, são 2 mil casos/mês, apenas de sexta a domingo. Daí, compreende-se a crise na saúde pública.
CENTRO DAS ATENÇÕES
Vilhena fica no extremo sul do Estado, mas nesta sexta-feira passa para o centro...das atenções. É que lá se realiza a segunda sessão itinerante da Assembleia Legislativa. Por enquanto os deputados se concentram no encontro de amanhã. A semana que vem, voltam a Porto Velho e para as sessões normais. Que, aliás, têm ficado cada vez mais quentes...
FIM DOS JOGOS
Os Jogos Estudantis de Rondônia (JOER) se realizam há vários anos, desde os tempos do governador Teixeirão. Passou Jerônimo Santana, por Osvaldo Piana, por Valdir Raupp, por José Bianco e foi ainda mais ampliados no governo de Cassol e depois de João Cahulla. Pois os Jogos, assim como são, estão com os dias contados. Terão sua última edição neste ano. O governador Confúcio Moura já anunciou que, do jeito que são realizados, os JOER não se repetirão a partir de 2012.
SEM A VITRINE
Muitos políticos não vão gostar da novidade. A enorme concentração de estudantes – muitos que já votam – e de seus parentes, sempre foi um excelente momento de fazer política, mesmo longe das eleições. Com a decisão de Confúcio, muitos pré-candidatos, candidatos e até atuais detentores de cargos eletivos, hoje, ficarão sem a importante vitrine...
À MÃO ARMADA
Na região de Buritis, um homem do campo, conhecido como Orlando da Condor, arrendou uma fazenda para tentar melhorar sua vida. Foi um sonho em vão. Ele acusa membros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), que vivem na região, de terem atacado a fazendo, fortemente armados. O grupo, segundo denúncia de Orlando, roubou 400 cabeças de gado. Prejuízo dele: 600 mil reais.
POLÍCIA NÃO ENTRA
Como não há policiamento na região e a LCP, que usa táticas de guerrilha, ataca quando e onde quiser, sem ser molestada, a vítima do roubo vai buscar na Justiça indenização do Estado, a quem ele culpa pela falta de segurança na região. Em Buritis, policial não entra onde está a LCP. Lá quem manda é a chamada Liga dos Camponeses Pobres e seu poderoso armamento.