TEMOS UMA GUERRA DIÁRIA, IGNORADA
PELA OMISSÃO ABSURDA DOS QUE DECIDEM
Não houve e não há país que tenha diminuído seus índices de violência sem um combate duro, feroz, diuturno ao crime, desde os mais simples até os cruéis, daqueles que fazem a gente suspeitar que foram cometidos por bestas e não seres humanos. Não houve e nem há país que tenha conseguido recuperar os presos recuperáveis, sem um sistema penitenciário com regime que imponha respeito, tanto de parte das autoridades para com os presos como, principalmente, deles com as autoridades. Não há lugar no mundo em que o criminoso seja tão protegido como no Brasil, onde, por causa da ditadura militar, criaram-se leis de proteção à pessoa, como se delitos políticos tivessem a ver com a violência comum. Com a legislação feita contra os interesses da maioria das pessoas de bem, com um Judiciário que arrasta processos por décadas, com penas leves e possibilidade de que os bandidos estejam de volta às ruas em pouco tempo, não há e nem haverá solução para o que o verdadeiro banho de sangue que está ocorrendo no Brasil. Sob os ouvidos moucos, os olhos cobertos pelo manto da omissão e pela boca cerrada, de quem poderia mudar esse quadro.
Estamos vivendo um tempo de lágrimas e lamentos de milhares de famílias, que choram seus mortos nas ruas, nos assaltos, no trânsito, onde bêbados dirigem impunes; dentro de casa. Estamos vendo policial virar bandido. ONGs que dizem defender os direitos humanos – e a classe dos advogados e a Justiça, como um todo, na sua maioria – unem-se para protestar pelo direito de quem mata, nunca pelo de quem morreu. Todos os finais de semanas, em todos os quadrantes do país, há provas mais que suficientes de que estamos numa guerra social. Nós, os muitos de bem, contra os poucos do mal e seus aliados poderosos. Se não mudar agora, não muda mais. Se não mudar, em breve, todos nós chegaremos a conclusão de que viver do crime é melhor do que ser decente.
VALE TUDO
Dentro de pouco mais de 48 horas, encerra o prazo para filiação partidária a quem quiser disputar a eleição do ano que vem. A correria dos partidos, Estado afora, se acentua. Rasteiras, traições, promessas não cumpridas,troca de camiseta na última hora, fazem parte do ritual político. Se já é assim apenas para definir uma sigla, imagine-se como será, depois da eleição.
SÓ O COMEÇO
O PMDB continua o partido mais forte no Estado. Pode ter candidatura própria em pelo menos 30 dos 52 municípios. Onde não conseguir lançar prefeitura, indicará o vice. Cresceram muito também o PP de Ivo Cassol; o PSDB de Expedito Júnior o PV de Garçon e Luizinho Goebel; o PR de Miguel de Souza. Outras siglas menores perderam lideranças para os grandes. E é só o começo.
NEGOCIAÇÕES
O que houve, como sempre, é uma impressionante caça aos candidatos com potencial, principalmente por parte dos partidos que detêm o poder em várias instâncias. Cargos, portarias, acenos de apoio para a campanha, tirou muitos nomes quente de partidos menores. Foram para o PMDB, PDT, PTB e outros. Deixaram os menores a ver navios.
FORTALECIDO
O PDT, comando no Estado pelo senador Acir Gurgacz e que tem o vice-governador e diretor geral do DETRAN em seu comando, também cresceu. Só um exemplo: numa cidade do interior, o PDT já tem uma nominata de nove pré-candidatos à Câmara Municipal. Todos, segundo um dirigente de partido do Estado, portariados no governo do Estado. Quem pode pode, quem não pode, fica reclamando...
FICARAM OS QUENTES
Embora tenha perdido vários nomes em que estava apostando há bastante tempo, nesta batalha por bons candidatos para 2012, o PSDC, segundo seu presidente Edgar do Boi, não encolheu. Suas principais lideranças (os deputados Neodi Carlos e Glaucione Nery e o suplente Brito do Incra), ficaram onde estão. Mas, como outras siglas menores, o PSDC não cresceu como se esperava, em Rondônia.
NINGUÉM PAGA
“Sou menor e não vai dar em nada”. Frase de um assassino frio, que matou um operário pelas costas. A tragédia que aconteceu em Porto Velho, ocorre todos os dias no país inteiro. Quem criou a lei que protege esses facínoras, só porque ainda não fizeram 18 anos, é que deveriam responder por esses crimes, que autorizaram a ser praticados. Mas é claro, nada vai acontecer com eles. E nem com os assassinos.
TARDE DEMAIS?
Duas da Bolívia: no próximo dia 20, comissão do Senado vai discutir a questão da legalização dos carros brasileiros roubados, que estão sendo “esquentados” pelos nossos vizinhos. Só agora o Senado decidiu entrar no assunto. Só para marcar presença.
LÁ PODE!
E outra: nossas estradas estão em estado de calamidade, no geral. Mas o governo brasileiro doou 420 milhões de dólares par aos bolivianos construírem uma rodovia dentro de reserva indígena. São coisas que a população precisa ficar sabendo, ao menos para ter o direito de se indignar...
PERGUNTINHA
Quanto o balcão de negócios dos partidos nanicos vai render até a eleição municipal do ano que vem?