Primeira Mão - 06/01/10

 

MAIS DENÚNCIAS SOBRE ROOSEVELT,
MAS SEM NENHUMA SOLUÇÃO À VISTA

Só não enxerga quem não quer. A situação do garimpo ilegal na Reserva Roosevelt continua igual e as riquezas de Rondônia seguem para o exterior, enriquecendo alguns poucos e não deixando nem um tostão para o povo rondoniense e nem para o povo brasileiro. Desde 2004 fechada, na reserva continuam entrando tratores e equipamentos, autorizados pelos índios cinta-larga, donos da área. Mais uma vez a revista Veja faz pesadas denúncias sobre o assunto, inclusive afirmando que índios dão dinheiro a policiais corruptos para que eles permitam a entrada ilegal de garimpeiros e dos equipamentos utilizados para o garimpo. É uma vergonha que isso continue acontecendo e que as autoridades responsáveis não tomem medidas urgentes, drásticas, duras, para acabar com esse absurdo. Em Roosevelt se localiza uma das maiores jazidas de diamantes do mundo, de excepcional qualidade e tudo está sendo tomada por contrabandistas. O governador Ivo Cassol propôs, há mais de seis anos, que o garimpo fosse legalizado, que a Caixa Federal recebesse os diamantes e pagasse por eles, retendo a parte dos impostos federais e estaduais. Ninguém o ouviu. Parece que querem mesmo que tudo continue como está. Até que aconteça um novo massacre, como quando foram barbaramente mortos 29 garimpeiros (até hoje ninguém foi sequer acusado pelos crimes). E até que toda a nossa riqueza seja levada embora, deixando-nos só buracos no solo e pobreza sem fim.

É um absurdo e uma falta de vergonha na cara das autoridades, que desrespeitam mais uma vez o povo, verdadeiro proprietário das imensas riquezas minerais que temos em nosso solo.

SURPRESA

A Folha de São Paulo apresentou uma pesquisa que colocou Expedito Júnior como preferido entre os pré-candidatos ao Governo e, para surpresa geral, Natan Donadon como segundo colocado. A pesquisa é do ano passado, quando ainda não precisava ser registrada na Justiça Eleitoral. Donadon não é candidato ao Governo. 


CORRERIA

A corrida pelo governo se intensifica. João Cahulla andou por Porto Velho e foi para o interior, sempre perto do seu maior cabo eleitoral, Ivo Cassol. Expedito Júnior não parou no ano novo. Confúcio Moura também não. Acir Gurgacz já se arregimenta. Eduardo Valverde andou para cima e para baixo, nos feriadões. Outubro vem aí. 

SEM SOLUÇÃO

Não há polícia que controle a violência num país onde as leis protegem os bandidos. A maioria deles já foi presa várias vezes. Passam pelos delegacias e presídios como hóspedes eventuais e voltam às ruas em seguida, para roubar e matar de novo. No Brasil, país da impunidade, é assim que as coisas funcionam. 


ADIANTOU?

Em Rondônia, o governo do Estado diz que gastou mais de 10,5 milhões de reais para melhorar a segurança pública. Nunca foi tão grande o número de presos, nunca tantos casos foram elucidados. E daí? Nada adiantou, porque pouco depois de uma cadeia curta, os mesmos bandidos estão nas ruas de novo. Desse jeito, é dinheiro jogado fora. 

INVERSÃO TOTAL

Não é só aqui que há grande preocupação em proteger criminosos. Na Inglaterra, semanas atrás, um homem conseguiu bater num ladrão com um taco de golfe. Deixou o sujeito todo quebrado, logo depois do bandido ter invadido sua casa, armado, ameaçado a todos e roubado o que pôde. Na Justiça, foi condenado o dono da casa que reagiu. O bandido passou a ser vítima. 

SEM VERGONHA

São duras, duríssimas as denúncias da última edição da revista Veja em relação ao garimpo de diamantes da Reserva Roosevelt. E elas são publicadas de novo. Repetem-se. E não há autoridade que decida investigar e punir os responsáveis pelo que está acontecendo por lá. Parece que todos perderam a vergonha e o respeito pela lei. 


É UM COMEÇO

A Prefeitura da Capital anuncia a contratação dos primeiros 50 agentes de trânsito, aprovados em concurso público em outubro passado. E já estava na hora. Certamente ainda será um número pequeno para cuidar de todo o caótico trânsito que se formou. Mas já é um começo. E tem que dar carta branca para que os agentes apliquem pesadas multas para quem não obedecer as leis. 


DONOS DA RUA

Outra boa iniciativa é a volta do estacionamento rotativo, pago, na área central de Porto Velho. Funcionários de lojas e quem trabalha nos bancos e outros setores estacionam de manhã e só saem à tardinha, usando o estacionamento como se eles fossem de suas casas e não da coletividade. Esta baderna tem que acabar. E parece que a única forma é essa: pagar para estacionar. 


PARAÍSO E LÁGRIMAS

A tragédia que se abateu sobre a belíssima Parati, no Rio de Janeiro, deu ao início do ano um tom de tristeza. São dezenas de mortos, todos atingidos por desmoronamentos de morros depois de chuvas violentas. Culpa não só da natureza mas também de quem autorizou construção de casas e pousadas em áreas de grande risco. 2010 começou com muita tristeza. E logo num lugar paradisíaco.