MUDANÇA DE PLANOS: AO INVÉS DE IR AO
SENADO, NEODI SERÁ O VICE DE CAHULLA
Vale para o período pré-eleitoral a mesma frase que resume a atividade política. Tudo é como nuvens, que uma hora estão de um jeito e outra se tornam completamente diferente. O caso mais recente envolve o presidente da Assembléia de Rondônia, o competente deputado Neodi Carlos. Na semana passada, o agora ex-governador Ivo Cassol confidenciou a vários amigos e a jornalistas que Neodi seria seu companheiro na briga pelas duas vagas ao Senado. Cassol garantiu que estava tudo certo. Dias depois, como as nuvens que trocam de forma e lugar no céu, em instantes, tudo mudou. Neodi agora foi anunciado como candidato a vice-governador na chapa que será liderada pelo atual governador João Cahulla. Como no caso da dobradinha com Cassol Neodi não tinha se pronunciado, ficou a dúvida. Agora, na questão da parceria com Cahulla, o próprio presidente da Assembléia confirmou. Vai mesmo abrir mão de uma reeleição praticamente certa no parlamento estadual para compor a chapa com João Cahula. Tudo deverá ser oficializado entre junho e julho, quando das convenções que oficializarão os nomes na disputa pelo Palácio Presidente Vargas.
O que voltou a ser discutido, ainda, é quem será o parceiro de Cassol para a disputa das vagas ao Senado. Voltou a ser muito comentado o nome do também deputado estadual Tiziu Jidalias. Mas também fala-se no nome do empresário Ivan Souza. Mas nada é definitivo. Como as nuvens, tudo pode mudar de uma hora para outra.
TÁTICA DO CONFRONTO
Na greve dos professores – em parte justa, pela reivindicação salarial mas com a essência baseada na disputa político-partidária – chamou a atenção que dirigentes do Sintero colocaram à frente da manifestação, semana passada, crianças de menos de 15 anos e mulheres. Na tentativa de invasão ilegal do Palácio do governo, a intenção era clara: jogar a polícia contra a opinião pública.
PERGUNTAR NÃO OFENDE
A pergunta que não cala é: o que faziam crianças no meio de uma manifestação raivosa, com clara intenção de causar conflito, feridos e imagens que poderiam colocar a PM como vilã e os invasores ilegais como vítimas? Espera-se o que não aconteceu até agora: que as autoridades responsáveis investiguem e denunciem os culpados.
EXEMPLO DE EFICIÊNCIA
Na profunda mudança do secretariado, agora subordinado ao governador João Cahulla, um nome não mudou: Carlos Canosa, o competente e dedicado responsável pelo apoio à governadoria, assumiu mais uma vez a chefia interina da Casa Civil. Canosa é daqueles servidores do Estado que são de confiança, atuam com responsabilidade e são pessoas sérias. Ele tem sido, aliás, desde o início da atual administração, uma agradável surpresa em todas as frentes que atua.
CRISE À VISTA
Não anda nada pacífico o relacionamento entre o
PT e o PMDB em vários estados brasileiros. A rota de colisão está acontecendo no Rio de Janeiro, em Minas, no Maranhão e, é claro, também em Rondônia, entre outras regiões. Dirigentes peemedebistas destes estados estão pressionando o presidente Lula para intervir. Há até ameaça de retirada de apoio à pré-candidatura de Dilma Roussef. Inclusive pelas terras rondonienses.
PAULEIRA
Na semana passada, um nome histórico do PT andou ligando para amigos e jornalistas, queixando-se de um importante nome do PMDB que estaria espalhando boato pelo Estado que Eduardo Valverde não seria mais pré-candidato ao governo. Do lado do peemedeista em questão também veio a contrapartida com fala dura. Não está fácil a relação das duas grandes siglas da política rondoniense.
OTIMISMO NÃO FALTA
Sobre Confúcio Moura, o pré-candidato do PMDB: ele saiu por cima, aplaudido e cheio de otimismo da Prefeitura de Ariquemes para entrar na corrida pelo governo. Elogios não faltaram. Já no caso de Eduardo Valverde, é notório o otimismo do petista. Ele chegou a confidenciar a um interlocutor, dias desses: “você está falando com o futuro governador de Rondônia”.
VAI CRESCER
João Cahulla começou em alto estilo. Falou bem, preocupou-se em falar em paz, inclusive com seus tradicionais adversários do PT, disse que vai dialogar com o prefeito Roberto Sobrinho porque se preocupa primeiro com a população e não com cores partidárias e disse que dará seguimento ao trabalho de Cassol. Cahulla está com o discurso afinado e sua pré-candidatura tende a crescer bastante, daqui para a frente.
NÃO PÁRA
Do primeiro time de pré-candidatos, quem tem falado menos e agido mais nos últimos dias é
Expedito Júnior. Embasado em sondagens não oficiais que o colocam no momento bem à frente dos seus principais concorrentes, Expedito anda percorrendo o Estado e também falando com otimismo. Não parou um minuto nem durante o feriadão.
Fonte: Sergio Pires
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)