Quinta-feira, 6 de maio de 2010 - 06h24
DROGAS, ARMAS E FRONTEIRA LIVRE PARA
O CRIME NO CALDEIRÃO DA INSEGURANÇA
Há algo de muito grave acontecendo em Rondônia, nos últimos tempos, sem que, ao menos até agora, as autoridades possam explicar, até porque talvez até nem estejam entendendo. A violência explodiu nos últimos meses na Capital e suas redondezas, somando-se nada menos que 60 assassinatos nos primeiros quatro meses do ano. Foram 15 por mês, um a cada dois dias. Ao mesmo tempo – e a ligação não pode deixar de ser feita – multiplicou-se o número de presos por tráfico de drogas. Em apenas uma operação de três dias, a Polícia Federal apreendeu mais de 80 quilos de cocaína que passava por Porto Velho. Imagine-se só o quanto ela não apreendeu. A soma de drogas, armas e falta de controle de fronteira é vital para o aumento da violência. Some-se a isso o enorme aumento da população por causa das obras das usinas, acrescente-se um número de policiais que nunca acompanha a expansão urbana; apimente-se com uma legislação que protege bandido e nunca a sociedade e, pronto: estão aí todos os ingredientes que incorporam o caldeirão da extrema violência por que todos passamos.
Há ainda mais: o trânsito chega a um patamar de pânico, com mais de 13 mortos no Estado no último final de semana, mais que o dobro de assassinatos registrados. Estamos de mal a pior, no setor de segurança. Aquilo a que estamos acostumados a assistir da guerra de traficantes, de pessoas mortas nas ruas; de crueldade e violência extrema, que antes só víamos pela TV, está agora batendo à nossa porta. Infelizmente, não é exagero nem drama. É a realidade.
TEM EXPLICAÇÃO
O caos no trânsito tem explicação. É só checar: apenas neste fim de semana 12 motoristas foram presos em flagrante por dirigir embriagado e dois por direção perigosa. Quatro menores foram surpreendidos dirigindo, 51 motoristas foram flagrados dirigindo sem carteira de habilitação e 59 carros foram removidos por estarem com documentação irregular. Os números envolvem pouco mais de mil veículos fiscalizados. Precisa dizer mais?
NA RETRANCA
Há os que falam um pouco mais mas, no geral, todo o mundo está na “retranca” em relação a alianças, acordos fechados ou prestes a fechar e até nominatas de pré-candidatos aos cargos proporcionais de outubro. Ninguém quer abrir o jogo e entregar a tática ao adversário. Como no futebol.
MAIS ESPAÇO
Partidos antes considerados pequenos como o PSDC e o PTN estão pensando alto para este ano. Querem muito mais. O PSB, que tem poucos nomes quentes – como Mauro Nazif e Jesualdo Pires – também está formando uma nominata de peso para disputar as eleições. O PHS diz que lançará Melki Donadon ao governo. O PDT também quer crescer. O PP vem aí com Cassol e companhia. Enfim, todos querem mais espaço na política regional.
PESOS-PESADOS
Dos grandes, PSDB, PMDB e PT estão andando atrás do eleitor. O problema deles baseia-se nas alianças, ainda distantes de serem fechadas. Quem tiver mais partidos médios e pequenos em torno de si, já sai em vantagem. O maior problema está entre peemedebsitas e petistas. Não falam mais a mesma linguagem.
FRENTÃO
Já o grupo ligado ao governador João Cahulla e ao ex-Ivo Cassol está mais próximo de um Frentão. Anuncia-se que pelo menos dez partidos estarão unidos em torno da futura candidatura de Cahulla à reeleição. É mais que um começo promissor...
BASTIDORES
Ouve-se que a volta do ex-governador Ivo Cassol teria pacificado alguns setores mais descontentes na aliança governista. Nos bastidores, não é o que se escuta. Algumas lideranças de partidos da base estão metendo o sarrafo em alguns futuros aliados. Pelos lados da Assembléia, a conversa rola solta.
MIGUEL BATALHA
O caso Miguel Sena deve ter novidades nas próximas horas. O parlamentar, cassado pelo TRE, está buscando salvar seu mandato pelas vias legais, inclusive em Brasília. Miguel está inconformado com o que chamou de perseguição do tribunal rondoniense, que teria, segundo ele, não teria decidido a questão apenas tecnicamente. O assunto ferve nos meios políticos.
DEU UMA ESQUENTADA
A Câmara de Vereadores fervilha. Vários dos atuais edis são pré-candidatos à Assembléia e querem mostrar serviço. Nessa semana, voltou à liderança do Prefeito a petista Epifânia Barbosa. Ele já rebateu críticas da oposição, destacou o trabalho da administração e deixou claro que não vai deixar barato quando tiver que rebater a oposição. Finalmente, alguma emoção na Câmara, até agora pouco mais que pífia.
TEM QUE SER AGORA
A volta da censura, fantasiada sob vários apelidos (inclusive aquele do “controle social”), continua assustando os brasileiros que querem plena democracia e livre direito de opinião. O próprio Judiciário tem sido condescendente com setores que querem manter a imprensa sob seus tacões. A hora de chiar é agora. Quando a coisa chegar ao nível da Venezuela, aí será tarde demais para protestar.
Fonte: Sergio Pires
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