PALMADA OU AGRESSÃO? COMO TRATAR OS
FILHOS QUANDO AS LEIS SÓ LHES DÃO DIREITOS?
Nesta semana, na estreia de um novo programa de rádio, um dos temas colocados na mesa foi o sobre projeto de lei que tramita na Câmara e que pretende punir os pais que dão palmadas em seus filhos. Jornalistas experientes – como Domingues Júnior, Everton Leoni, Beni Andrade e Sérgio Pires – que compõem a bancada do “Papo de Redação”, que vai ao ar todos os dias, ao meio dia, na Rádio Parecis FM (98.1 no dial), travaram uma pesada discussão. Alguns achando que os pais não devem bater mesmo nos filhos, outros achando que uma palmada não faz nenhum mal. Houve quem defendesse o fim de qualquer corretivo físico às crianças, como prevê a lei, mas também quem achasse que, do jeito que as coisas vão, serão os filhos que daqui a pouco começarão a bater nos pais. A polêmica, que dividiu opiniões de poucos num estúdio de rádio, teve também a participação dos ouvintes, a maioria deles também defendendo que os pais não devem dar sequer uma palmada em seus filhos.
O experiente Everton Leoni, um dos homens de imprensa mais respeitados de Rondônia, acha que o corretivo começa com uma palmada e pode terminar com agressões mais graves e até torturas, como se tem conhecimento em vários lugares do país. E aqui em Rondônia também. Beni Andrade se diz contra agressões, mas acha que uma boa palmada não fará nenhum mal. Enfim, é assunto complexo e que divide a sociedade. A verdade é que a legislação atual já dá às crianças e aos menores até proteção exagerada, ao ponto de filhos ameaçarem pais de irem a polícia, denunciar, se forem corrigidos. As leis têm dado aos menores todos os direitos e muito pouco deveres. E quando um segmento da sociedade só tem regalias e nenhum compromisso, podemos, na verdade, estar criando um estereótipo de filho que não tem compromisso com nada. Nem com seus pais, nem com sua família, nem com seu país.
MIGRAÇÃO
O novo PSD de criado por Gilberto Kassab e que em Rondônia será presidido pelo deputado federal Moreira Mendes, começa a ganhar corpo. Nos últimos dias, uma centena de políticos de todo o Estado acenou que vai migrar para a nova sigla. Em Porto Velho, o principal nome será o do deputado José Hermínio Coelho, já lançado como pré-candidato à Prefeitura em 2012.
COMEÇA GRANDE
Vários pré-candidatos à Câmara de Vereadores estão correndo para ingressar no PSD. Amanhã, aliás, é o último dia para fazer isso. Em todo o Estado, a nova sigla – que segundo as más línguas não é de direita, nem de centro, nem de esquerda, muito pelo contrário – arregimentou muitos nomes que estavam acertados com outros partidos. O PSD já nasce grande...
PORTA PARA DENTRO
Já o PT da Capital se reagrupa em silêncio. Conversas, muitas conversas, apenas da porta para dentro. O presidente municipal, Tácito Pereira, está otimista e considera que o partido irá muito forte para 2012. E unido, ao contrário do que muitos adversários têm propagado. Segundo Tácito, a militância petista começa a se mobilizar em breve, tão logo o partido defina o nome do candidato. Que, se fosse hoje, seria Epifânia Barbosa.
CONFRONTO
Há um clima de confronto entre Governo e Assembleia. Nos últimos dias, os deputados de oposição, liderados pelo presidente Valter Araújo, têm refugado projetos do governo, um atrás do outro. Na dança, entrou até um que destinava mais de 5 milhões para a segurança pública. Os parlamentares alegam que o projeto oriundo do Executivo estava incorreto.
QUANDO QUEREM...
Outros seguiram no mesmo caminho, nas últimas semanas. São prova concreta de que há sim, uma distância que se acentua cada vez mais entre os dois poderes. Porque quando querem, quando são aliados e satisfeitos com o governo, os deputados dão um jeito de aprovar tudo, em pouco tempo. Quando partem para uma operação desse tipo, que está ocorrendo agora, é prova de que as coisas estão feias.
PACIÊNCIA NO FIM
A paciência da população começa a se esgotar. Embora, num primeiro momento, a maioria tenha ficado ao lado dos grevistas dos Correios e bancos, que querem melhores salários e condições de trabalho, já se ouve protestos. Principalmente nas agências bancárias, onde os caixas eletrônicos têm deixado muitos clientes na mão. Todos esperam que as paralisações acabem logo.
QUEM SE FERRA?
No caso dos Correios, essa foi a greve de maior duração da história. Chegou ontem ao 24° dia. Quase 1 milhão e meio de correspondências não foram entregues, só em Porto Velho. No país inteiro, esse número pode ser multiplicado por 150 vezes, no mínimo. Finalmente, parece que saiu o acordo e o trabalho começa a voltar ao normal. Mas, mais uma vez, foi a população que se ferrou.
PERGUNTINHA
Se o Conselho Nacional de Justiça não puder mais punir magistrados que agem fora da lei, quem irá nos defender (como diríamos ao Chapolin Colorado)?