Primeira Mão - 07/04/10

TIRADENTES E O NOSSO TÍTULO DE 
CAMPEÕES MUNDIAIS EM IMPOSTOS 

A União está tirando leite de pedra. O brasileiro comum e as empresas de médio e porte, principalmente, estão entre os maiores pagadores de impostos do país. E eles não param de crescer. No ano passado, a arrecadação fechou com 1,15 trilhão de reais. E, só nos primeiros três meses de 2010, já foram arrecadados nada menos que 300 bilhões, quase 15% acima do mesmo período do ano passado. Claro que há algumas verdades, como o ingresso de mais gente pagando imposto mas, na essência, é a carga tributária abusiva, com uma contraprestação de serviços em algumas áreas quase que ridícula, o que torna a violenta carga de impostos. Há melhorias sim mas, na verdade, setores como a saúde, a educação e a segurança pública, por exemplo, não chegam nem perto do mínimo que o governo deveria retribuir ao povo brasileiro pelo pagamento da mais alto taxação do Planeta.

Tiradentes, cada vez que se fala do “impostômetro”, deve dar voltas no túmulo. Ele liderou a Inconfidência Mineira porque os portugueses levavam o que era, na época, considerado um absurdo. Imagine-se agora, quando os impostos são cobrados sobre produtos básicos e onde um caderno paga mais taxas do que qualquer lugar do mundo, embora se discurse dizendo que a educação é prioridade. Não é. Prioridade mesmo é arrancar o máximo de dinheiro do povo, para sustentar uma estrutura de poder, em todos os níveis, que já passou, há décadas, da obesidade mórbida

DIÁLOGO

A pressão dos professores contra o governo estadual não conseguiu perturbar os primeiros dias de administração de João Cahulla. O novo comandante de Rondônia falou em diálogo mas deixou claro que não fará nada que possa afetar o caixa do Estado. O PT emitiu nota pedindo diálogo. Cahulla quer conversar. Pode ser que o assunto ande em direção a uma solução.

TEMA CENTRAL 

Nos primeiros dias da posse de Cahulla, ouve-se muitos comentários otimistas em relação à pré-candidatura dele, com Neodi Carlos de vice. Na Assembléia Legislativa, essa semana, tanto nos gabinetes como nos corredores o tema sucssão estadual era a tônica. E as chances crescentes ee Cahulla também.

GRUPO GOVERNISTA 

A entrada de Neodi no jogo – um nome respeitado e com densidade eleitoral -  é assunto obrigatório em todas as conversas sobre a disputa pelo Palácio Presidente Vargas. Ele abriu mão de uma reeleição certa para atuar na chapa que vai representar seu grupo político. E vem como um nome importante numa composição governista forte.

OPÇÕES DE TIZIU 

O que não está definido ainda é o que acontecerá com o deputado Tiziu Jidalias. Num primeiro momento, era ele o nome para compor a chapa de Cahulla, como vice. As negociações políticas evoluíram para a participação de Neodi. Tiziu agora pode concorrer à Câmara Federal ou ser parceiro de Cassol na disputa pelas vagas ao Senado.

SÓ SONDAGEM 

Não param de ser feitas sondagens entre o eleitorado. Todos os que são chamados de pré-candidatos andam fazendo aquelas pesquisas não oficiais pelo Estado afora. Numa delas, da semana passada, foram ouvidos quase 500 eleitores de Porto Velho. Pelo menos quatro nomes aparecem com destaque.

 FALTA MUITO

O TRE não autoriza pesquisa e por isso os pré-candidatos encomendam apenas sondagens, com a intenção de ter idéia da opinião de hoje do eleitor, mesmo sabendo que até 3 de outubro muita coisa vai mudar. Em Porto Velho, entre vários nomes citados para uma eventual disputa na Assembléia, destacaram-se Carlinhos Camurça, Fernando Prado, Miguel Sena e Euclides Maciel. Entre vários outros.

TUCANATO NACIONAL

Expedito Júnior tem apoios importantes em Rondônia e também fora dele. Sabe-se que a cúpula nacional do PSDB vai apoiar, de todas as formas, as candidaturas que consideram mais fortes nos estados. Expedito,  em terras rondonienses, está neste contexto, segundo o comando nacional tucano.

ASSUNTO PROIBIDO 

Os outros dois candidatos – Confúcio Moura e Eduardo Velverde - continuam firmes em suas pré-campanhas. Apesar dos constantes comentários de que PT e PMDB em nível nacional poderiam tomar outra decisão, nos dois partidos, dentro do Estado, ninguém quer saber sequer analisar essa possibilidade.

CRESCEU RÁPIDO 

Há cerca de três anos, o PSDC começou no Estado pelas mãos do agora muito conhecido Edgar do Boi. Não tinha praticamente nada nem ninguém, no início. Hoje, o partido está forte, já tem 40 pré-candidatos à Assembléia e sonha com três cadeiras. É mole ou quer mais?