Sábado, 7 de agosto de 2010 - 06h40
MORALES, O QUE NÃO SABIA, PODE ATÉ
CHIAR, MAS FRONTEIRA SERÁ CUIDADA
Nossa abandonada fronteira com a Bolívia pode ganhar, em breve, um novo e positivo contorno em termos de segurança. O Senado aprovou e só falta a sanção presidencial para que as Forças Armadas tenham poder de polícia para agir numa área de até 150 quilômetros das fronteiras nacionais. Isso significa um enorme reforço para esta área quase desguarnecida, por onde passam todos os dias centenas de quilos de cocaína produzida na Bolívia e um grande número de armas, inclusive pesadas e de uso exclusivo dos militares. Com a medida, membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica poderão realizar patrulhamento, revista de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves e prisões em flagrante. A autorização também abre a possibilidade de patrulhamento em rios, lagos e no mar também dá poderes às Forças Armadas para coibir o tráfico de drogas.
Como a Lei do Abate, que permite até a derrubada de pequenos aviões utilizados pelo tráfico de drogas assustou os traficantes, eles agora usam as fronteiras por terra, para passar seus produtos ilegais e suas armas. Aí é que entra o novo esquema de patrulhamento de fronteira. Espera-se que o governo brasileiro não abra de novo as pernas para o companheiro Evo Morales, que diz que não sabia que seu país produzia tanta cocaína. Mas que certamente vai chiar quando nossos militares estiverem perto da sua fronteira, embora só com a intenção de combater o crime. Morales,o que não sabia, pode ser um obstáculo para que um novo momento de combate ao narcotráfico e ao tráfico de armas seja implantado na nossa região.
GUERRA REGIONAL
Os tribunais regionais estão guerreando entre si. Em vários estados, como Rio Grande do Sul, Maranhão e Tocantins, as candidaturas estão sendo autorizadas e a Lei Ficha Limpa – que é excelente mas inconstitucional– está sendo ignorada. Mas em Rondônia, os desembargadores mantém a decisão de tirar candidatos por isso. A tendência é que todas as decisões locais sejam modificadas em instância superior.
NÃO DECIDE
A culpa maior dessa confusão toda é do STF. E já tivesse julgado a Lei Ficha Limpa, se tivesse tomado sua posição de guardião da Constituição, os TRE s não estariam perdendo tempo precioso e gastando dinheiro dos cofres públicos com reuniões infindáveis. O Supremo espera o circo pegar fogo, para só depois tomar suas decisões.
MORAL MAS ILEGAL
No próprio Tribunal Superior Eleitoral, há até ministro que defenda a ilegalidade, querendo que uma lei aprovada meses antes do pleito tenha validade imediata. É sempre bom lembrar que a legislação determina que qualquer mudança na eleição só poderá ser feita um ano antes dela. Pode parecer moral e ético, mas é totalmente ilegal.
CORROSÃO
As democracias começam a correr risco é nessas situações. Questões aparentemente boas, positivas para a sociedade, começam a vigorar fora dos parâmetros constitucionais. Sob aplausos de todos. Ora, ao passar uma ilegalidade que é boa para o povo, se está a um passo, muito pequeno, para aprovar outras coisas, antidemocráticas, logo mais adiante. Não se diz que acontecerá, mas que há o risco. Ir contra a Constituição é um primeiro passo para começar a corroer um regime democrático.
DONOS DO PEDAÇO
As ONGs internacionais, que são as verdadeiras donas da Amazônia, conseguem mobilizar a imprensa nacional pelos seus interesses. Nesta semana, o importante jornal britânico The Guardian fez uma longa matéria dizendo que a construção da BR 319, ligando Porto Velho a Manaus, pode destruir a floresta.Na mesma matéria, critica-se a futura existência de oleodutos e gasodutos na região.
CARTILHA FEROZ
Patrocinados por alguns dos grupos econômicos mais poderosos do Planeta, as ONGs conseguem espaço na imprensa para defender suas causas, que não são as nossas, é óbvio. Muitos veículos são pressionados a isso, porque se não o fizerem, podem perder vultosas somas em publicidade. O poder econômico das ONGs é imenso e quem não reza pela cartilha delas, pode se ferrar.
SÓ UMA VERSÃO
Olhem só um trecho da reportagem, se não dá vontade de vomitar com a absurda parcialidade: “a questão para ambientalistas, cientistas e ativistas é se todas essas riquezas podem ser distribuídas mantendo as árvores centenárias da Amazônia de pé. Sua perda contínua levaria a mudanças climáticas e privaria o mundo de seu mais diverso estoque de vida animal e de plantas.”
PRÁ QUE VOTAR?
A Justiça Eleitoral está conseguindo transformar a disputa eleitoral num jogo de freiras. Ninguém, pode atacar, ninguém pode fazer campanha aberta e livre, todos os candidatos são suspeitos e culpados até prova em contrário. Desse jeito, para economizar dinheiro e tempo, seria bom que os eleitos fossem escolhidos nos tribunais. Para que povo, que a Justiça decide tudo?
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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