Domingo, 8 de maio de 2011 - 08h53
UM SERIAL KILLER VIVIA LIVRE, LEVE E
SOLTO NAS RUAS. PROTEGIDO PELA LEI
Não há dramas nem crises sem explicação. Tudo é explicado, às vezes mais facilmente, às vezes com alguma dificuldade. Mas são situações isoladas, que retratam o todo, que podem nos deixar muito claro do porque do assustador aumento da criminalidade em Rondônia, assim como ocorre em cada pedacinho do Brasil. Um caso policial registrado dias atrás, pinçado do grande número de ocorrências violentas, mortes por nada, assassinatos de jovens e tomada das cidades e da área rural por bandidos (enquanto a população trabalhadora se tranca dentro de suas casas), pode dar uma luz óbvia sobre a tragédia da insegurança pública, que se aplaca sobre todos nós. Um homem foi morto num posto de gasolina em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho. Tudo leva a crer que o crime foi por vingança, suspeita a polícia. Mas quem era a vítima? Ninguém menos que um criminoso com várias passagens pela polícia, indiciado por envolvimento em seis homicídios e um latrocínio (quando matou para roubar).
Deu prá entender? Que terra é essa que permite que uma pessoa tão perigosa, que já tirou sete vidas, continue andando livremente nas ruas, até ser morto por alguém da sua turma ou pior que ele? Alguém que mata sete pessoas não é um serial killer? Não deveria estar muito bem trancafiado, para nunca mais sair às ruas e matar? É claro que todos sabemos a resposta exata. A impunidade criminosa que nossa legislação registra em benefício dos bandidos, criada no Congresso e seguida sem qualquer voz de protesto pelo Judiciário, é a essência da tragédia. É o ovo da serpente. Todos lavam as mãos, dizendo que cumprem a lei. Mas ninguém se levanta contra ela, em defesa dos cidadãos de bem. O resto tudo é conversa fiada.
AINDA RESPIRA
O DEM não entrega os pontos. Pelo menos em Rondônia. O presidente regional, ex-governador e prefeito de Ji-Paraná, José Bianco, foi convidado, mas não aceitou mudar para o PSD de Gilberto Kassab. Em Porto Velho, o partido avisa que está se fortalecendo. O presidente municipal, Wagner Luiz Souza, até inaugurou sede nova do DEM na Capital, nesta semana.
POR AQUI, NÃO MUDA
A verdade é que se não se unir ao PSDB de Fernando Henrique, José Serra e Aécio Neves, entre outros, o DEM tende a murchar em todo o país. O PSD de Kassab, já tem dois governadores, dois vices e 41 parlamentares. Quase todos eles desembarcaram do DEM. Por aqui, contudo, o partido garante que não muda...
CLÁUSULA PÉTREA?
Há 646 dias ou 21 meses e meio, o jornal O Estado de São Paulo continua sob censura. Imposta pela Justiça. O Estadão não pode publicar uma linha sequer sobre rolos envolvendo um dos filhos do senador José Sarney. A pergunta é simples: onde está a democracia? E outra: e a plena liberdade de expressão, aquela que é cláusula pétrea da Constituição? Obviamente tudo isso foi para o saco...
CACIQUES
Pelo Brasil inteiro, há ainda outros tipos de censura, como a econômica e a política. Especialistas no assunto lembram que, no Brasil, cerca de 80% dos quase mil jornais diários são de cidades pequenas e dependem de dinheiro público. Essa imprensa está nas mãos dos caciques em cada região e só publicam o que eles mandam.
CONCORRENTES VIBRAM
E a votação do novo Código Florestal fracassou de novo, por imposição de parte de congressistas ligados ao governo, mas orientados por interesses internacionais. Ficou para a semana que vem. Eles estão fazendo de tudo para empurrar o problema com a barriga e tornar o agronegócio, no Brasil, inviável. É tudo o que querem nossos concorrentes pelo mundo afora.
DESESPERO
Em Campo Novo de Rondônia, um pequeno agricultor que ganha pouco mais de 1.600 reais por mês da sua produção de leite, foi multado em 50 mil reais. O homem está desesperado, porque vive da agricultura de subsistência e sua área lhe foi entregue pelo Incra. O caso foi relatado pelo senador Acir Gurgacz, ao comentar os absurdos que estão sendo praticados pelo Ibama contra produtores rondonienses. E do Brasil inteiro.
PRECISA DE GRANA
Os cofres dos governos (federal, estaduais e municipais) estão abarrotados, mas é necessário cada vez mais dinheiro, principalmente para manter e aumentar a obesidade mórbida da máquina pública. Já pagamos mais de 500 bilhões em impostos até o meio desta semana que termina. Muito mais que no ano passado, à essas alturas. E vamos ser cada vez mais “apertados”, porque não é fácil manter estruturas apodrecidas. Precisa de muita grana.
CABEÇAS PARA FORA
Nos próximos dias, alguns confrontos políticos que estão se desenhando começam a colocar as cabeças de fora. Por enquanto, as coisas estão acontecendo apenas nos bastidores. Há casos em que nem a turma do deixa disso e os grandes interesses envolvidos conseguirão segurar a confusão. É esperar para ver.
PERGUNTINHA
Depois do fiasco na Libertadores, ainda vamos continuar achando que temos o melhor futebol do mundo?