Quarta-feira, 9 de junho de 2010 - 05h35
GAYS E A FAMÍLIA TRADICIONAL: UM
CONFRONTO DE IDEOLOGIAS NAS URNAS
A questão dos gays, da homofobia, da forma como o assunto é tratado pelos evangélicos e o contraste de posições entre dois pré-candidatos ao Senado vai ser um dos temas quentes da campanha eleitoral de outubro. De um lado, a senadora petista Fátima Cleide, que defende os homossexuais, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia. De outro, o ex-deputado federal e líder evangélico Agnaldo Muniz, que disputa uma das duas cadeiras a que Rondônia tem direito no Senado. Será sem dúvida um debate interessante. Os gays avançam no país em termos de direitos e mobilização. Só no último domingo, um público estimado em mais de 3 milhões e 500 mil pessoas participou da Parada Gay em São Paulo, onde houve muito colorido mas também protestos contra a homofobia. Em todo o mundo, os homossexuais já não se escondem no armário e representam cada vez uma faria maior no consumo. Há agências de turismo, por exemplo, especializadas em pacotes para gays no mundo inteiro.
Agnaldo Muniz diz que não é contra os homossexuais. O que ele alega é que Fátima Cleide pretende, com suas posições, calar pastores e padres que, segundo ele, defendem casamentos entre homens e mulheres e a família tradicional. Ao tentar impedir a defesa da família, segundo Agnaldo, Fátima quer impor uma ideologia que vai totalmente contrária à Bíblia e às religiões. Ou seja, na essência, as duas campanhas e as duas ideologias se confrontarão. Será uma discussão no mínimo diferente da mesmice das campanhas. De um lado Fátima, defensora dos gays. De outro Muniz, porta-voz das igrejas. Quem sairá ganhando? As urnas de outubro vão dizer.
NO POPULAR
O ex-governador Ivo Cassol comemora sua alta popularidade. Na Expovel, onde caminhou acompanhado apenas pela sua esposa, dona Ivone e alguns amigos, Cassol foi abraçado, tocado, deu autógrafos e tirou fotos com uma dezena de pessoas em poucos minutos. Não tem o que se queixar da popularidade.
APOSTA
O que não se sabe ainda, de real, é se ele conseguirá transferir seus votos para o pré-candidato João Cahulla. Cassol diz que sim e indica que há pesquisas internas já com números bastante positivos em relação a Cahulla. Aposta que seu candidato estará no segundo turno, em outubro. Resta aguardar para saber a realidade.
NÚMEROS, NÚMEROS...
Das pesquisas internas feitas pelos partidos, os resultados são os mais discrepantes possíveis. Numa, feita pelo PSDB, o pré-candidato Expedito Júnior continua bombando no Estado. Noutra, feita pelo grupo governista, ele teria caído. Não dá para confiar em nenhuma delas. A do Ibope, que tem alguma credibilidade, ainda não foi divulgada.
CARTILHA
PMDB, PT e PC do B já definem seus primeiros nomes para a disputa proporcional de outubro. No PMDB, os nomes já são conhecidos. No PT também. A confirmação do nome do deputado Ribamar Araújo para disputar a reeleição foi positiva. Mesmo discordando do comando do partido, o parlamentar petista tem um mandato de qualidade e não poderia ficar de fora apenas por não rezar na mesma cartilha.
UMA ESTRELA
No PC do B, a única estrela é David Chiquilito. Há alguns outros bons nomes, como o do jornalista Everaldo Fogaça, mas quem deve mesmo puxar votos e quem sabe até levar mais um companheiro de coligação para a Assembléia é o filho do ex-prefeito Chiquilito Erse. Afora isso, muito pouco mais o partidão poderá almejar.
NADA FECHADO
Mais dois partidos entre os grandes – PDT e PSDB – anunciam convenções para o final do mês. Junto com os petistas, os comunistas e os peeemedebistas, os comandos destas duas siglas não têm muito ainda a oficializar, hoje. porque a questão das alianças ainda esta longe de se definir. Os grupos políticos se aproximam mas ainda não fecharam quase nada.
E OS VICES?
Além dos nomes ao governo já definidos, pouco mais andou em relação às eleições do final do ano. Nenhum dos nomes quentes ao governo definiu seu vice, por exemplo. Todos ainda estão conversando, negociando, trocando figurinhas. Mas definir aliança e acordos, mesmo, nada ainda. Mas os pré-acordos estão indo para a reta final. Faltam só alguns dias.
QUEM SE ARRISCA?
O PT e o prefeito Roberto Sobrinho batem na tecla de que Cassol e Expedito continuam juntos e que as divergências são só jogo de cena. Não são. Há sim conflitos sérios que afastaram os dois aliados. Mas como na política tudo é possível, quem já foi parceiro pode voltar a ser. Quem se arrisca a prever o futuro?
PUXÃO DE ORELHA
Um elogio e um puxão de orelhas. O atento leitor desta coluna, Tibúrcio Olau de Almeida Neto, de Ji-Paraná, diz que a coluna faz uma boa análise política. Mas reclama do uso errado de um verbo. O elogio é sempre bem vindo e o puxão de orelha serve para corrigir os erros. O leitor, aliás, tem razão na sua observação.
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