Sexta-feira, 10 de setembro de 2010 - 05h55
A PREPOTÊNCIA IMPEDE QUE O CASO
DA RECEITA SEJA LOGO RESOLVIDO
O caso da invasão de privacidade que envolve a filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, poderia ser resolvida com algumas medidas óbvias e práticas, por parte do governo Lula, que acabariam com o problema. Mas a prepotência de alguns membros do poder e sua insistência em não tomar nenhuma posição, para dizer ao país que os que estão no comando do país não têm ligação com o caso, causam espanto e, pior, deixam dúvidas no ar. O que o governo Lula deveria fazer? Primeiro, teria que se desculpar com a filha de Serra e as outras pessoas que tiveram seus sigilos pessoais quebrados ilegalmente na Receita Federal. Depois, teria que demitir do comandante geral da Receita até todos os suspeitos de envolvimento. E teria que vir ao país para dizer, com toda a clareza, que esse tipo de prática é condenável, antidemocrática, ditatorial e que jamais alguém – a começar pelo Presidente da República – aceitaria uma vergonha dessas. Por fim anunciaria, com todas as garantias, que isso jamais se repetirá, porque seriam tomadas todas as medidas necessárias. Simples assim.
Acontece que, mesmo com todas as provas, com todas as denúncias, com tudo o que o país assiste, perplexo, o governo faz de conta que não é com ele. Prefere denunciar que seus opositores estão criando factóides e tentando ganhar a eleição na Justiça. Besteira pura. Se fizesse seu papel, se tomasse as medidas claras e práticas que deveria tomar, teria resolvido logo o problema. Mas é claro que nesse Brasil da fantasia, da impunidade, da negativa de autoria, ninguém, muito menos quem está no poder, toma medidas óbvias. Seria simples demais. E simplificar não é com os governos e nem com os políticos.
DEZ COMÍCIOS
A partir deste sábado, a TV Candelária e suas emissoras afiliadas em todo o Estado farão uma segunda rodada de entrevistas com os cinco candidatos ao Governo do Estado. Eles serão entrevistados no programa Via Sat, da emissora, aos sábados e domingos pela manhã. As entrevistas serão feitas pelos jornalistas Sérgio Pires e Léo Ladeia. Cada programa tem uma hora e meia de duração e, certamente, vale por dez comícios. No mínimo.
SEGUNDO TURNO
O PT aproveitou o último final de semana para dar uma sacudida na candidatura de Eduardo Valverde. Entre as ações, uma grande carreata em Porto Velho. Último entre os principais nomes na disputa, segundo o Ibope, Valverde garante que estará no segundo turno. Ele tem ainda algumas semanas para comprovar seu otimismo.
BUROCRACIA
O embargo das duas grandes obras que o Estado constrói na Capital – o CPA e o Teatro Estadual – vai dar pano prá manga. Questões burocráticas levaram a questão para a Justiça, que determinou a parada dos dois prédios até que todas as exigências de documentação da Prefeitura sejam cumpridas. Tomara que não tenha nenhuma conotação política. Se for só burocracia, é fácil de resolver. Mas se não for...
DEMOROU
Ah, os governos! Há décadas as soluções ou vêm apressadamente, sem qualquer planejamento ou chegam com atraso total. No caso das queimadas, outra vez a medida drástica aparece com algumas semanas de atraso. O Ministério do Meio Ambiente decretou estado de emergência ambiental em vários estados, inclusive Rondônia. Mas só agora?
SEM RESPIRAR
Quando as queimadas estavam no auge, quando Porto Velho e várias outras cidades rondonienses não podiam respirar direito por causa da fumaça, o que se viu foi discurso e ação zero. Agora, que o problema está prestes a ser superado por si mesmo – com a chegada das chuvas e a diminuição considerável dos focos de incêndios – vem o governo com mais uma medida atrasada.
DECISÕES CONFUSAS
Ah, a Justiça! Impressionante a demora e as confusões causadas por constantes e diferentes decisões judiciais na área da política. Na Assembléia Legislativa, por exemplo, Davi Chiquilito ficou menos de dois meses no cargo por decisão de um juiz e saiu por decisão do Tribunal de Justiça. Não há mais segurança legal quando se trata de candidaturas e candidatos.
MAIS GELÉIA
Faltando apenas cinco meses para terminar a atual legislatura, é incrível que só agora haja decisões que tiram um e colocam outro e depois tiram o outro e colocam o um. É uma geléia geral. O eleitor fica pensando se o candidato em que votar, se eleito, tomará posse. E se tomar posse, quanto tempo ficará no cargo.
PIOR NEGÓCIO
Vários órgãos e entidades, à frente o Ministério Público Federal, realizam grande campanha nacional e também em Rondônia, pedindo eleições limpas e o fim da corrupção. O que se espera é que a mobilização continue sempre, até que o brasileiro comum entenda que vender seu voto é o pior negócio da sua vida.
VAMPIROS
Até lá, ainda vamos continuar vendo compradores de consciências vivendo e se alimentando, como vampiros, da vida pública. E do nosso dinheiro. Uma triste tradição das eleições no Brasil que, infelizmente, ainda vai durar longo tempo.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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