Domingo, 10 de outubro de 2010 - 07h44
TEM GENTE QUE TORCE PARA QUE O
DEBATE POLÍTICA SEJA SUPERFICIAL
A Revista Veja publicou, pela primeira vez em sua história, uma capa praticamente em branco. A manchete resumia que era esse o retrato das propostas dos dois principais candidatos à Presidência. Segundo a respeitada publicação, nem Dilma Rousseff e nem José Serra sequer passaram perto de grandes temas – e principalmente aqueles considerados polêmicos – preferindo fazer campanhas pífias, de discussões estéreis. A verdade é que as campanhas presidenciais dos últimos tempos perderam muito do brilho que tinham, até pelo distanciamento do eleitorado. O próprio Congresso e também o Judiciário, apertaram de tal forma a legislação que hoje alguns candidatos têm medo de abrir a boca. Podem sofrer pesadas multas e até perder o mandato, se eleitos. Não há debate aprofundado, não há confronto de idéias, não há clima de discussão, não há envolvimento do povo. A paixãofica mesmo só dos mais próximos, que sonham em ficar rondando o poder. Tudo é soft, tudo é superficial, quanto menos se discutir as grandes questões, mais aplausos da lei eleitoral e menos informação ao eleitor.
A campanha entra na reta final e assuntos como mudanças no Código Penal para punições duras a criminosos contumazes; mudança da idade penal para menores; a banda podre da política e da polícia; a devolução de dinheiro roubado dos cofres públicos; a presença do Exército nas regiões de fronteira; o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, com medidas reais e não discursos, nada é discutido com profundidade. Aliás, na maioria dos casos, esses e outros temas sequer são citados. A grande questão agora é se Dilma é ou não a favor do aborto, como se isso fosse uma de vital importância para a vida nacional. Estamos, infelizmente, involuindo ao invés de vermos a evolução política. Aliás, é assim que muita gente na Justiça Eleitoral, no Congresso e no próprio Governo sonham com o Brasil ideal. Quanto menos discutir as coisas, melhor. Para eles, é claro. Não para o país.
VERDADE COMPLICADA
No primeiro final de semana do turno decisivo na disputa pelo Governo, o que se ouve são teses apaixonadas de partidários de um e outro candidato de que a vitória será, obviamente, daquele que o interlocutor está defendendo. A verdade é mais complicada. Será uma disputa renhida, voto a voto e sem qualquer previsão clara. Quem comemora por antecipação pode dar com os burros n´água
.
NO CAMINHO CERTO
João Cahulla e Confúcio Moura estão tendo a postura correta. Suas declarações são de respeito ao adversário, de não subestimar a força do contrário, de anunciar que trabalharão ainda mais duro para vencer. Cada um com suas idéias e aliados, não estão se deixando levar por clima de vitória, sempre vindo de aspones. Os dois sabem: quem não der duro, corre o risco de ficar pelo caminho.
GRUPOS DE PESO
Pesos-pesados de lado a lado nesta campanha mostram a divisão política do Estado. Com Confúcio, estão nomes como Valdir e Marinha Raupp, Eduardo Valverde, Fátima Cleide, Roberto Sobrinho, Mauro Nazif e tantos outros. Com Cahulla estão Ivo Cassol, Valter Araújo (campeão de votos para a Assembléia), Carlos Magno, Lindomar Garçon e muitos dos eleitos para a ALE. Todos na batalha. O que vai dar? Ninguém sabe.
ATÉ QUE ENFIM!
Ainda se pode acreditar no Estado de Direito e em decisões judiciais que fogem à ideologias. A inédita sentença dada por um juiz rondoniense, obrigando os falsos sem terra que se profissionalizaram em invasões a indenizar o dono da fazenda que destruíram, é um alento neste mar de omissões e de falta de posicionamento claro a favor do direito à propriedade. O caso inédito aconteceu em Rondônia.
ESTAVAM IMPUNES
Os criminosos, que incendiaram uma fazenda, derrubaram centenas de hectares de floresta para roubar e vender árvores nobres, queimaram tratores e outros equipamentos e ainda são acusados de matar dois funcionários da propriedade, são de grupos que atacam em várias regiões do Estado. E que até agora estavam impunes.
NOS HOLOFOTES
Ah, os holofotes! Quem não é candidato, quem nunca teve um voto na vida, quem se acha acima do bem e do mal, acaba querendo aparecer mais do que os que estiveram e estão na luta democrática para conquistar o eleitor. Gente assim, munida de ideologia, aproveita esses momentos para tentar ficar à frente das luzes. Depois, desaparece em sua insignificância.
E A DONA DILMA?
Como fará Dilma Rousseff, em relação à eleição de Rondônia? Aparecerá para seguir a decisão do seu partido, o PT, que fechou com Confúcio? Ou ficará isenta, sem se envolver, porque no palanque de Cahulla tem também o apoio dele e do senador eleito Ivo Cassol? Dentro de alguns dias saberemos como a candidata de Lula à Presidência se comportará em relação ao segundo turno no Estado.
OLHO NOS CARGOS
A eleição presidencial não será decidida pelos eleitores de Dilma e José Serra, mas sim pelos que votaram em Marina Silva. Se a maioria pender para Serra, dá o tucano. Se ficar do lado de Dilma, dá ela. O problema é que o PV está querendo negociar cargos num futuro governo. Daí, a coisa complica. A própria Marina já chiou contra esse tipo de negociação.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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